Álvaro Mendes – Wikipédia, a enciclopédia livre
Álvaro Alberto Ferreira Mendes Júnior é um economista, escritor, professor universitário[1] e influencer católico brasileiro. Doutor em ciência econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais[2], Mendes tornou-se conhecido por sua atuação como presidente do Centro Dom Bosco[3] - organização da qual foi um dos fundadores[4] - por seu ativismo virtual em defesa da doutrina católica pré-Concílio Vaticano II,[5] bem como de pautas caras ao conservadorismo político.[6]
Opondo-se ao laicismo,[7] à ideologia LGBT [8] e de gênero,[9] à militância política de esquerda,[10] ao feminismo,[9] às Campanhas da Fraternidade pretéritas[11] e aos movimentos e organizações que advogam a descriminalização do aborto,[3] defendendo, além disso, a implantação, no Brasil, do reinado social de Cristo pela paulatina recristianização das instituições,[3] Mendes ofereceu apoio crítico ao então presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, elegendo-o como mal menor em referência a seu oponente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.[3] Na ocasião, o economista fora um dos responsáveis pela convocação de um rosário público na cidade de Aparecida do Norte, em súplica contra a vitória política do comunismo, supostamente consubstanciada no candidato petista.[12] O ato foi amplamente noticiado pelos veículos de mídia, e o então presidente da República chegou a confirmar sua participação no evento,[13] o que não se concretizou em virtude das críticas pela suposta instrumentalização do discurso religioso em torno de sua candidatura.[12]
A convocação, por meios virtuais, de atos públicos em defesa de pautas caras à doutrina católica é, aliás, traço característico do atuação de Mendes frente ao Centro Dom Bosco, [9] havendo registro da organização de atos pela conversão das abortistas[14] e pela conversão dos protestantes à fé católica.[7] Em tempos recentes, o economista tem se dedicado, também, à produção midiática, tendo protagonizado o documentário Comunhão na mão, o triunfo da desobediência, em que advoga pela retorno da prática de receber o sacramento eucarístico em posição genuflexa e na boca.[15]
Referências
- ↑ Universidade Federal de Minas. Pesquisa associa consumo da maconha a desempenho acadêmico e condição social: Desenvolvida no Cedeplar, tese aborda aspectos como as preferências quanto à legalização da 'Cannabis sativa'. Publicado em 8 ago. 2018. Acesso em 18 jun. 2024.
- ↑ Rigueira Jr., I. Cannabis na academia. In: Boletim UFMG. Acesso em 18 jun. 2024.
- ↑ a b c d Gama (2021, online)
- ↑ Anastacio (2023, p. 44)
- ↑ Anástacio (2023, p. 46)
- ↑ Anastácio (2023, p. 53)
- ↑ a b Assad, P. Como um grupo ultraconservador atrai militantes. Disponível em <oglobo.globo.com>. Acesso em 18 jun. 2024
- ↑ (Nagamine (2023, online)
- ↑ a b c Anástacio (2023, p. 58)
- ↑ Ib. idem
- ↑ Klein, C. “Ascensão de Bolsonaro acirrou contradições”. Disponível em <valor.globo.com>. Acesso em 18 jun. 2024
- ↑ a b Sobrinho, W. P. et al. Quem são os católicos que queriam rezar o terço com Bolsonaro em Aparecida. Disponível em <uol.com.br>. Acesso em 18 jun. 2024
- ↑ Eboli, E.Por voto católico, Bolsonaro vai rezar terço com uma hora de duração. Disponível <metropoles.com>. Acesso em 18 jun. 2024.
- ↑ Ib. idem
- ↑ Pires, L. C. Divinas migalhas: documentário expõe a crise de fé no fundamento da civilização. Disponível em <gazetadopovo.com.br>. Acesso em 18 jun. 2024
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Anastácio, A. Centro Dom Bosco: Uma análise do (neo)conservadorismo católico-brasileiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado) – Escola de Filosofia, Letras e Humanas. Guarulhos: Universidade Federal de São Paulo, 2023.
- Gama, V. A. O Centro Dom Bosco e a atuação política da nova direita católica. ANPUH-Brasil. 31º Simpósio Nacional de História: Rio de Janeiro, 2021.
- Nagamine, R. et al. Da homofobia à democracia: coalizões em disputa no caso Maurício. Horizontes Antropológicos [Online], 65, 2023. Posto online no dia 13 março 2023. Acesso em 18 jun. 2024.