Ángel Labruna – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ángel Labruna
Ángel Labruna
Informações pessoais
Nome completo Ángel Amadeo Labruna
Data de nasc. 28 de setembro de 1918
Local de nasc. Buenos Aires, Argentina
Nacionalidade argentino
Morto em 20 de setembro de 1983 (64 anos)
Local da morte Buenos Aires, Argentina
Altura 1,74 m
Apelido Angelito, El Artillero,
El goleador, El Feo
Informações profissionais
Posição Atacante
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1939–1959
1960–1961
1961
1961
River Plate
Rampla Juniors
Platense
Rangers de Talca
jogos (golos)
Seleção nacional
1942–1958 Argentina
Times/clubes que treinou
1968–1970
1971-1972
1973
1974
1975–1981
River Plate
Rosário Central
Racing Club
Talleres
River Plate
La Máquina do River Plate na década de 1950.
Da esquerda para a direita: Muñoz, Moreno, Pedernera, Labruna e Loustau.

Ángel Amadeo Labruna (Buenos Aires, 28 de setembro de 1918 — Buenos Aires, 20 de setembro de 1983) foi um futebolista e treinador argentino. Com 295 gols marcados em jogos oficiais, Labruna é a 2ª maior artilheiro de todos os tempos do Campeonato Argentino de Futebol, atrás do paraguaio Arsenio Erico.[1] Labruna também fez parte da célebre ofensiva do River Plate, apelidada de La Máquina.

É considerado um dos melhores futebolistas sul-americanos de todos os tempos.[2]

Labruna iniciou a sua carreira profissional em 1939, no River Plate. Fez parte da geração vitoriosa dos Millonarios na década de 1950, alcunha da de La Máquina, formada, além dele, por Juan Carlos Muñoz, José Manuel Moreno, Adolfo Pedernera e Félix Loustau. Foi campeão argentino com o river nos anos de 1941, 1942, 1945, 1947, 1952, 1953, 1955, 1956 e 1957 e é o maior artilheiro da história do clube com 387 gols em 527 jogos oficialmente.

Em vinte anos de River, Angelito disputou 726 partidas e marcou 509 gols entre jogos oficiais e amistosos, tornando-se uma lenda para os torcedores millonarios.

Depois do River

[editar | editar código-fonte]

Após dizer adeus ao River Plate, em 1959, Labruna foi contratado pelo inexpressivo Rampla Juniors do Uruguai. Aos 42 anos de idade, ele ainda teve tempo de disputar 16 partidas e marcar três gols - um número considerável, levando-se em conta a idade avançada do atacante. Depois da experiência no Uruguai, Angelito decidiu retornar ao seu país, em 1961.

Depois de disputar apenas duas partidas pelo Platense, Labruna se aposentou aos 43 anos, atuando em cinco jogos pelo Rangers de Talca.

Pós-aposentadoria

[editar | editar código-fonte]

Com a aposentadoria, Labruna passou a exercer cargos administrativos no River Plate, o seu "clube de coração", onde chegou a ser treinador, na década de 1970. Com ele no comando, Los Millonarios chegaram à final da Libertadores de 1976, mas acabariam capitulando diante do Cruzeiro.

Treinou também o Rosário Central, o Racing Club e o Talleres.

Seleção Argentina

[editar | editar código-fonte]

Labruna formou parte daquela que é considerada uma das maiores gerações de futebolistas da Seleção Argentina, tetracampeã da Copa América nos anos 40.[3] No entanto, Labruna apenas atuou na edição de 1946, por preferir se casar em 1945 e por ter contraído hepatite em 1947.[4] Quando esteve à disposição, foi titular e vice-artilheiro da conquista invicta no Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1946. Ainda conquistaria o Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1955, que marcou a volta da Seleção Argentina após boicotar a competição entre 1949 e 1953.

A Argentina também boicotou as Copa do Mundo FIFA de 1950 e Copa do Mundo FIFA de 1954.[5] A chance de Labruna disputar uma edição aconteceu apenas na Copa do Mundo FIFA de 1958, aos 39 anos. Labruna foi titular em duas partidas. Uma delas, a vexatória goleada por 6 a 1 contra a Tchecoslováquia. A má forma física do envelhecido time argentino chamou a atenção na competição. O irlandês Jimmy McIlroy descreveu a Seleção Argentina em 1958 como: "um monte de homens gordinhos com barriga, sorrindo para nós e apontando e acenando para garotas no meio da multidão".José Ramos Delgado culpou o boicote às competições internacionais pela má forma do selecionado: "Nós estávamos acostumados a jogar bem devagar, e eles eram rápidos".[6]

A vitória da Argentina no Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1957, na qual derrotaram por 3 a 0 o time brasileiro que no ano seguinte seria campeão do mundo, contribuiu ainda mais para cegar a Seleção Argentina diante do progresso alcançado na Europa.[7]

Apesar da despedida melancólica, com 39 anos, Labruna é o único membro da formação ofensiva clássica da La Máquina a ter disputado uma Copa do Mundo FIFA.

River Plate
Argentina

Referências

  1. «A 30 AÑOS DE LA MUERTE DE LABRUNA, EL MÁS GRANDE ÍDOLO DEL CLUB». Clarin. 9 de fevereiro de 2002. Consultado em 26 de julho de 2019 
  2. «IFFHS HISTORY : SOUTH AMERICA – PLAYER OF THE CENTURY (1900-1999)». IFFHS. 9 de fevereiro de 2002. Consultado em 26 de julho de 2019 
  3. «Pedernera, engrenagem da Argentina que poderia ter dominado o mundo nos anos 40». Trivela. 9 de fevereiro de 2002. Consultado em 26 de julho de 2019 
  4. «Os 100 anos de Ángel Labruna, o homem que foi o River Plate por toda a sua vida». Trivela. 9 de fevereiro de 2002. Consultado em 26 de julho de 2019 
  5. «Desistência argentina na Copa de 1950 causou décadas de ressaca». Terra. 9 de fevereiro de 2002. Consultado em 26 de julho de 2019 
  6. Wilson, Jonathan. Inverting The Pyramid: The History of Soccer Tactics. [S.l.: s.n.] p. 188. ISBN 978-8569214083 
  7. «Desistência argentina na Copa de 1950 causou décadas de ressaca». ESPN. 9 de fevereiro de 2002. Consultado em 26 de julho de 2019 
Bandeira de ArgentinaSoccer icon Este artigo sobre um futebolista argentino é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.