Çatalhüyük – Wikipédia, a enciclopédia livre


Çatalhüyük 

Escavações na área sul de Çatalhöyük

Critérios (ii)(iv)
Referência 1405 en fr es
País Turquia
Coordenadas 37° 40' N 32° 49' 41" E{{#coordinates:}}: não pode ter mais do que uma etiqueta primária por página
 Turquia
Histórico de inscrição
Inscrição 2012

Nome usado na lista do Património Mundial

Reconstituição do interior de uma típica casa de Çatalhüyük.

Çatalhüyük (pronuncia-se ʧɑtɑl højyk), Çatal Hüyük, Çatalhöyük, ou Çatalhoyük, foi um assentamento neolítico muito grande na Anatólia, datada de cerca de 6700 a.C. Mostra um estágio cultural refinado, com casas de tijolos crus nas quais se entrava pelo teto, possivelmente por uma escada de madeira. O trânsito entre as casas se fazia por cima destas, já que não havia ruas entre elas.

As casas tinham plataformas para dormir, sentar ou trabalhar, e um fogão. As áreas eram divididas em plataformas, separando as partes limpas (que parecem ter sido usadas para dormir, sentar, armazenar e preparar alimentos) das partes sujas.

Os mortos eram enterrados dentro da própria casa em posição fetal, sob plataformas que talvez fossem usadas como cama.

Além da cerâmica, há várias camadas de murais superpostas dentro das casas, alguns deles figurativos e outros em forma de padrões repetidos. Há muitas esculturas, em osso ou modeladas, algumas representando uma figura feminina cujo significado é discutido pelos arqueólogos: seria talvez uma deusa, ou uma imagem para propiciar a fecundidade.

Um aspecto muito marcante de Çatalhöyük são as estatuetas femininas. O arqueólogo Mellaart, que primeiro iniciou as escavações, argumenta que estas estatuetas confeccionadas de maneira cuidadosa, cravadas do mármore, rocha azul e marrom, xisto, calcita, basalto, alabastro e argila representam a idealização de uma divindade feminina ou a Deusa mãe. Embora houvesse divindade masculina, estatuetas femininas são em número muitas vezes maior do que as masculinas, as quais sequer parecem ter alguma importância.[1] As imagens de touro representavam o masculino em reverência Deusa-Mãe, pois que os seus chifres eram relacionados a Lua que é subordinada ao Sol, símbolo da Grande Deusa[2]. Até hoje 18 níveis foram identificados. Estas estatuetas achadas nas áreas de Mellaart parecem ser santuários. Um destes, que ficou conhecido como Cibele da Anatólia, uma suntuosa deusa sentada num trono e ladeada por duas leoas, foi encontrada num compartimento de estocagem de grãos, o qual para Mellaart sugere uma maneira de proteger a colheita ou o suprimento de alimentos.[3]

Referências

  1. Mellaart (1967), p. 181
  2. Campbell, Joseph; Acker, Tonia Van. Deusas: OS MISTÉRIOS DO DIVINO FEMININO. [S.l.]: PALAS ATHENA 
  3. Mellaart (1967), p. 180
  • Mellaart, James (1967). Catal Huyuk: A Neolithic Town in Anatolia. [S.l.]: McGraw-Hill 

Ligações externas

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