Ação Nacional Popular – Wikipédia, a enciclopédia livre
Acção Nacional Popular | |
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Líder | Marcello Caetano |
Fundador | Marcello Caetano |
Fundação | Fevereiro de 1970 |
Dissolução | 25 de Abril de 1974 |
Sede | Lisboa, Portugal |
Ideologia | Nacionalismo português Marcellismo Conservadorismo Conservadorismo social Conservadorismo nacional Liberalismo económico |
Espectro político | Direita |
Religião | Catolicismo |
Antecessor | União Nacional |
A Ação Nacional Popular (ANP) foi uma organização política portuguesa do final do regime ditatorial do Estado Novo.
A ANP resultou da redenominação e reorganização da União Nacional, por decisão tomada pelo último congresso desta organização política, realizado em Fevereiro de 1970, no Estoril, sendo já Marcello Caetano o Presidente do Conselho de Ministros de Portugal.
Natureza
[editar | editar código-fonte]Os seus Estatutos[1] definiram-na como uma «associação cívica destinada a promover a participação dos cidadãos no estudo dos problemas da Nação Portuguesa e a prática das soluções mais condizentes com os princípios fundamentais que professa.»
Tratava-se, na realidade, de um partido único, como organização com carácter permanente que era, num contexto em que era proibida a constituição de partidos políticos e que à oposição apenas eram permitidas algumas formas extremamente limitadas de organização, sem liberdade de expressão e objecto de controlo pela polícia política, em períodos de escassas semanas imediatamente anteriores às eleições para a Assembleia Nacional.
Congressos
[editar | editar código-fonte]A Acção Nacional Popular realizou um único congresso, em Maio de 1973, em Tomar.
Comissão Executiva
[editar | editar código-fonte]Foram presidentes da comissão executiva da Acção Nacional Popular, Melo e Castro[2] e Elmano Alves (1972-1974).[3]
Dissolução
[editar | editar código-fonte]Na sequência da Revolução de 25 de Abril, a Acção Nacional Popular foi dissolvida pelo Decreto-Lei n.º 172/74, de 25 de abril[4], tendo a sua liquidação sido regulada pelo Decreto n.º 283/74, de 26 de junho[5].
Através do Decreto-Lei n.º 436/75, de 16 de agosto[6], foram fixadas as regras para a dissolução da Companhia Nacional Editora, S. A. R. L., que era detida na quase totalidade pela Ação Nacional Popular.
Resultados Eleitorais
[editar | editar código-fonte]Eleições legislativas
[editar | editar código-fonte]Data | Líder | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status | Notas |
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1973 | Marcelo Caetano | 1 393 294 | 100,0 (1.º) | 12,0 | 150 / 150 | 20 | Governo |
Eleições presidenciais
[editar | editar código-fonte]Data | Candidato | % | +/- | Colégio Eleitoral | +/- | Status |
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1972 | Américo Tomás | 92,1 (1.º) | 5,6 | 616 / 645 | 60 | Eleito |
Ver também
[editar | editar código-fonte]Fontes
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ Aprovados, ao abrigo do artigo 2.° do Decreto-Lei n° 39 660, de 20 de maio de 1954, por despacho, de 30 de Agosto de 1970, do Ministro do Interior, e de 17 de Setembro de 1970, do Ministro do Ultramar (cf. Diário do Governo, III Série, n.° 250 de 28 de outubro de 1970).
- ↑ Cf. Melo e Castro no dicionário parlamentar.
- ↑ Cf. O último presidente do partido único.
- ↑ Decreto-Lei n.º 172/74, de 25 de abril.
- ↑ Decreto n.º 283/74, de 26 de junho.
- ↑ Decreto-Lei n.º 436/75, de 16 de agosto.