Boeing AH-64 Apache – Wikipédia, a enciclopédia livre
AH-64 Apache | |
---|---|
Descrição | |
Tipo / Missão | Helicóptero de ataque ao solo |
País de origem | Estados Unidos |
Fabricante | McDonnell Douglas (agora Boeing IDS) |
Período de produção | 1975–presente |
Quantidade produzida | 2 400 (2020)[1] |
Custo unitário | AH-64A: US$20 milhões (2007) AH-64D: US$65 milhões (2010) AH-64E: US$35,5 milhões (AF2014) |
Primeiro voo em | 30 de setembro de 1975 (49 anos) |
Introduzido em | abril de 1986 |
Variantes | AgustaWestland Apache |
Tripulação | Dois (piloto e co-piloto / artilheiro) |
Especificações (Modelo: AH-64A/D) | |
Dimensões | |
Comprimento | 17,53 m (57,5 ft) |
Altura | 3,87 m (12,7 ft) |
Área do(s) rotor(es) | 168,11 m² (1 810 ft²) |
Diâmetro do(s) rotor(es) | 14,63 m (48,0 ft) |
Peso(s) | |
Peso vazio | 5 165 kg (11 400 lb) |
Peso carregado | 8 000 kg (17 600 lb) |
Peso máx. de decolagem | 10 433 kg (23 000 lb) |
Propulsão | |
Motor(es) | 2 x turboshafts General Electric T700-GE-701 |
Potência (por motor) | 1 690 hp (1 260 kW) |
Performance | |
Velocidade máxima | 293 km/h (158 kn) |
Velocidade de cruzeiro | 265 km/h (143 kn) |
Alcance bélico | 480 km (298 mi) |
Alcance (MTOW) | 1 900 km (1 180 mi) |
Teto máximo | 6 400 m (21 000 ft) |
Razão de subida | 12,7 m/s |
Aviônica | |
Tipo(s) de radar(es) | Lockheed Martin / Northrop Grumman AN/APG-78 Longbow fire-control radar (AH-64D/E) |
Armamentos | |
Metralhadoras / Canhões | Metralhadora automática de corrente de 30mm Boeing M230 |
Foguetes | Hydra 70 (rockets); CRV7 70mm (rockets, Westland WAH-64) |
Mísseis | AGM-114D Longbow Hellfire, AIM-92 Stinger, AIM-9 Sidewinder |
Notas | |
O AH-64 Apache da Boeing IDS é o principal helicóptero de ataque do Exército dos Estados Unidos, sucessor do AH-1 Cobra. Este é considerado atualmente o melhor helicóptero de ataque do mundo, sendo empregado em diversos ambientes hostis e com elevadas taxas de sucesso em suas missões.
O Exército americano emitiu um pedido de propostas (RFP) em 1972 para um helicóptero avançado de ataque (Advanced Attack Helicopter, abreviadamente AAH). De uma lista inicial de 5 fabricantes, apenas a divisão de aeronáutica Toolco Aircraft Division da Hughes Aircraft (mais tarde Hughes Helicopters) e a Bell foram seleccionadas como finalistas. O modelo 97/YAH-64 da Hughes foi preferido em detrimento do modelo 409/YAH-63 da Bell, em 1976. O primeiro voo pelo protótipo ocorreu em 1977 embora só em 1982 tenha sido assinado o contrato. Em 1983 o primeiro helicóptero de produção foi construído nos hangares da Hughes em Mesa, Arizona. Em 1984 a Hughes Helicopters foi adquirida pela McDonnell Douglas por US$ 500 000 000. Esta tornou-se da Boeing Helicopters após a fusão da McDonnel Douglas e a Boeing em 1996.
Dois modelos do AH-64 destacam-se no Exército dos Estados Unidos: o AH-64A e o AH-64D. As variantes B e C chegaram a ser produzidas mas nunca entraram ao serviço. Várias variantes foram concebidas a partir dos modelos A e D para exportação. O Westland WAH-64 britânico é baseado no AH-64D, inserindo bastantes melhorias.
Construído para enfrentar o ambiente hostil das linhas da frente, pode operar durante o dia ou noite em condições atmosféricas adversas, mediante a utilização do sistema de capacete integrado e ecrã. O Apache está também equipado com tecnologia de ponta na aviónica e electrónica, como o Target Acquisition Designation Sight, Pilot Night Vision System (TADS/PNVS, que em português se traduz para Designação de Registo Visual e Aquisição de Alvo,Sistema de Visão Noturna), contramedidas passivas de infravermelhos Buraco Negro (Black Hole) e outras, como GPS.
O custo original para o AH-64A ronda os 14,5 milhões de dólares. Em Setembro de 2003, a Grécia encomendou 12 AH-64D num total de US$ 675 milhões (presumivelmente incluindo suporte e armamento), indicante um preço bruto para o AH-64D de US$ 56,25 milhões. Singapura adquiriu um total de 20 AH-64D Longbow Apache em duas fases entre 1999 e 2001. Além dos EUA, Grécia e Singapura também usam o Apache o Japão, Holanda, Reino Unido, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrain, Israel e Jordânia
O modelo avançado, o AH-64D Apache Longbow, está equipado com uma suite de sensores e armamento melhorados. A melhoria de destaque deste modelo sobre a variante A é o Longbow Fire Control Radar, instalado sobre o rotor principal. A posição elevada da redoma permite a detecção e ataque por míssil a alvos localizados atrás de obstáculos (como terreno, árvores ou edifícios). Para além disso, um modem integrado com a suite de sensores permite a esta variante D a partilha dos dados com outros AH-64D e AH-64A que não dispõe de linha-de-vista para o alvo. Desta forma, um grupo de Apaches pode atacar múltiplos alvos apenas exibindo a redoma de um Apache modelo D.
Visão Geral
[editar | editar código-fonte]O AH-64 Apache possui um rotor principal de quatro pás e um rotor de cauda de quatro pás.[2] A tripulação senta em conjunto, com o piloto sentado atrás e acima do co-piloto / artilheiro.[3]
Operações
[editar | editar código-fonte]Os Apache AH-64 e AH-64D desempenharam um papel fundamental nas guerras do Médio Oriente, incluindo a Guerra do Golfo, Afeganistão, e a Invasão do Iraque em 2003. Os Apache mostraram a sua excelência na caça a tanques destruindo centenas de veículos blindados (na maioria do Exército do Iraque).
Relatórios recentes indicam que este helicóptero possui vulnerabilidades: das unidades utilizadas no Afeganistão em 2001/2002, 80% foram danificados severamente por fogo terrestre. Estes números podem dever-se ao fato de que o Apache é tipicamente colocado ao serviço o mais próximo possível da ameaça. O Apache está cotado, contudo, como o mais sobrevivente de todos os helicópteros militares. A vasta maioria de helicópteros que foram severamente atingidos puderam continuar as suas missões e retornar às suas bases.
A Força Aérea Israelense (FAI) utiliza Apaches como plataformas de alta tecnologia para realizar ataques de precisão com mísseis guiados contra alvos inimigos. O AH-64A atacou e destruiu dezenas de postos avançados do Hezbollah no Líbano durante a década de 1990, atacando em várias condições atmosféricas, quer de dia quer de noite. Durante a Intifada, a FAI utilizou Apaches para atacar palestinos, como Ahmed Yassin e Adnan al-Ghoul com mísseis guiados.
Operadores
[editar | editar código-fonte]- Egito
- Grécia
- Índia
- Indonésia
- Israel
- Japão
- Kuwait
- Países Baixos
- Catar
- Arábia Saudita
- Singapura
- Coreia do Sul
- República da China (Taiwan)
- Emirados Árabes Unidos
- Reino Unido
- Estados Unidos
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Verdict Media (17 de abril de 2020). «US Army takes delivery of 500th Boeing AH-64E Apache Helicopter». www.airforce-technology.com. Consultado em 18 de abril de 2020. Cópia arquivada em 18 de abril de 2020
- ↑ Hudson, Joel B. (2 de abril de 1997). «Attack Helicopter Operations» (PDF). Department of the Army. p. 166
- ↑ Donald 2004, pp. 110–11.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Página de Janes sobre o AH-64
- Apache AH-64 Peten (Website da Força Aérea Israelita)
- Apache AH-64 despenhado/atingido sobre a Albânia, durante a Guerra do Kosovo
- Clip sobre um combate de metralhadora durante a Guerra do Golfo