A Severa (filme) – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Severa
A Severa (filme)
Portugal Portugal
1930 •  pb •  110 min 
Género drama
Roteiro Leitão de Barros
Elenco Dina Teresa, António Luís Lopes
Idioma português

A Severa (1930) é um filme de José Leitão de Barros, o primeiro filme sonoro produzido em Portugal e realizado por um português. Baseia-se na obra com o mesmo nome do dramaturgo Júlio Dantas.

Estreou no Teatro São Luíz, Lisboa, em 18 de Junho de 1931 e foi um enorme sucesso; esteve mais de 6 meses em cartaz, tendo sido visto por cerca de 200 mil espectadores.[1]

A história desenrola-se no século dezanove e narra as aventuras dum jovem cavaleiro, D. João, Conde de Marialva, cujo amor se divide entre a mítica e insinuante cigana Severa — que a lenda consagrou como fadista desditosa —, e uma fidalga. O enredo, ambientado nas lezírias e nas touradas, baseia-se na obra de Júlio Dantas, ressaltando os costumes populares e aspetos da sociedade de 1848.[1]

"A Severa é sobretudo uma crónica visual de gente triste e desajeitada (…). E que, entre campinos nas lezírias (a soberba abertura do filme), touradas à antiga portuguesa e quase todo o arsenal folclórico, vai desencantar uma tipologia humana, que aceita sem revolta a fatalidade e a miséria e dessa inércia ou desse abandono retira a sua força dramática. É nesse sentido que A Severa foi e é um dos mais admiráveis retratos de Portugal, combinando a pequena maldade com a grande complacência. Poucos imaginários visuais nos restituíram tão bem séculos de existência entre uivos de heroísmo e renúncias inconfessadas".[1]

Ficha técnica

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Ligações externas

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Referências

  1. a b c João Bénard da Costa. «A Severa, de Leitão de Barros». Histórias do Cinema, col. Sínteses da Cultura Portuguesa, Europália 91. Consultado em 31 de julho de 2013. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
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