Abdel Fattah al-Burhan – Wikipédia, a enciclopédia livre
Abdel Fattah al-Burhan عبد الفتاح البرهان | |
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Abdel Fattah al-Burhan عبد الفتاح البرهان | |
Presidente do Conselho de Soberania de Transição | |
No cargo | |
Período | 21 de agosto de 2019 a atualidade |
Antecessor(a) | Ahmed Awad Ibn Auf |
Presidente do Conselho Militar de Transição | |
Período | 12 de abril de 2019 a 21 de agosto de 2019 |
Antecessor(a) | Ahmed Awad Ibn Auf |
Sucessor(a) | Cargo abolido |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1960 (60/61 anos) Mudiriyah, Sudão |
Partido | Independente |
Serviço militar | |
Lealdade | Sudão |
Graduação | General |
Unidade | Forças Armadas do Sudão |
Abdel Fattah Abdelrahman Burhan (árabe : عبد الفتاح عبد الرحمن البرهان) (Mudiriyah, 1960) é um político e tenente geral sudanês que é Presidente do Conselho Soberano do Sudão desde 2019 e foi também presidente interino do Sudão de 12 de abril de 2019 a agosto do mesmo ano. após o então presidente, Ahmed Awad Ibn Auf, renunciar e passar seu cargo.[1]
Em 2021, ele liderou um Golpe de Estado e tomou o poder do país.
Golpe de Estado
[editar | editar código-fonte]Em 25 de outubro de 2021, Abdel Fattah al-Burhan declarou Estado de Emergência no Sudão após dissolver o conselho civil-militar conjunto que comandava o país e mandar prender o primeiro-ministro Abdalla Hamdok e outros funcionários do Conselho Soberano.[2][3][4][5]
Hamdok, que foi preso por se recusar a apoiar o Golpe de Estado, é um economista e diplomata que trabalhou para a ONU e que havia sido nomeado primeiro-ministro para liderar um governo interino após a derrubada do ditador Omar al-Bashir. No entanto, ele sempre enfrentou rejeição de parte das Forças Militares, tanto que em 21 de setembro, segundo a VOA, as forças leais a al-Bashir tentaram tomar o poder, mas a tentativa de Golpe foi controlada.[2][3][4][5]
A prisão do primeiro-ministro levou milhares de pessoas, a maioria jovens adultos, às ruas para protestar contra as "detenções pelo exército de membros do governo sudanês", conforme a VOA. Houve tiros e alguns manifestantes queimaram pneus, enquanto as manifestações aconteciam na capital Cartum e nas cidades de Atbara, Wad Madani e Port Sudan, relata a BBC.[2][3][4][5]
No dia do Golpe de Estado, os serviços de internet e de radiodifusão foram cortados, relata a VOA, e segundo a BBC, forças militares e paramilitares foram enviadas para Cartum, onde fecharam acessos, como ruas e pontes, e também interditaram o aeroporto internacional.[2][3][4][5]
Eleições estavam marcadas para acontecer em 2021[2][3][4][5]
Reações internacionais
[editar | editar código-fonte]O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a ação militar e pediu a imediata liberação de Hamdok e outras autoridades presas. A Casa Branca, a União Europeia e a Liga Árabe também expressaram desagrado com o Golpe. [2][3][4][5]
Referências
- ↑ «Sudão. Awad Ibn Auf abandona liderança do Conselho de Transição e nomeia Abdel Burhan como seu sucessor». Observador. Consultado em 19 de abril de 2019
- ↑ a b c d e f «Sudan General Declares State of Emergency in Coup Attempt». VOA (em inglês). Consultado em 26 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e f «Sudan coup: Military dissolves civilian government and arrests leaders». BBC News (em inglês). 25 de outubro de 2021. Consultado em 26 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e f «Sudão enfrenta mais um golpe militar anunciado». G1. Consultado em 26 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e f Español, Marc (25 de outubro de 2021). «Exército do Sudão dá golpe de Estado e dissolve Governo de transição». El País Brasil. Consultado em 26 de outubro de 2021