Abdalá I da Jordânia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Abdalá I | |
---|---|
Emir da Transjordânia | |
Reinado | 1 de abril de 1921 a 25 de maio de 1946 |
Rei da Jordânia | |
Reinado | 25 de maio de 1946 a 20 de julho de 1951 |
Coroação | 25 de maio de 1946 |
Sucessor(a) | Talal |
Nascimento | fevereiro de 1882 |
Meca, Império Otomano | |
Morte | 20 de julho de 1951 (69 anos) |
Mesquita de Al-Aqsa, Jerusalém, Israel | |
Sepultado em | Mausoléu Real, Palácio de Ragadã, Amã, Jordânia |
Nome completo | Abedalá ibne Alhuceine |
Consorte | Musbah bint Nasser |
Suzdil Canum Nada binte Omã | |
Descendência |
|
Casa | Haxemita |
Pai | Huceine ibne Ali, Xarife de Meca |
Mãe | Abedia binte Abedalá |
Religião | Sunismo |
Abdalá I[1] nascido Abdalá ibne Huceine (em árabe: عبد الله الأول بن الحسين; romaniz.: Abd Allāh ibn al-Husain; Meca, fevereiro de 1882 – Jerusalém, 20 de julho de 1951) foi o Emir da Transjordânia de 1921 até sua elevação a reino em 1946, com ele continuando a reinar como Rei da Jordânia até seu assassinato. Era o segundo filho de Huceine ibne Ali, Xarife de Meca, e sua primeira esposa Abedia binte Abdalá.
Entre cerca de 1891 e 1908 viveu em Constantinopla. Em 1912 regressou a esta cidade quando foi eleito representante de Meca no parlamento, função que desempenhou até 1914. Junto com o seu pai e o seu irmão Faiçal participou da Revolta Árabe contra o domínio otomano. Com o fim do Império Otomano, os ingleses confiam a Abedalá a região da Transjordânia em 1921, tornando-o Emir da região.[2] Por Transjordânia entendia-se toda a área a este do Rio Jordão até ao Iraque, sendo este último território governado pelo seu irmão Faiçal.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Abdalá manteve-se ao lado dos Aliados no Médio Oriente, ajudando a impedir um golpe de estado no Iraque pró-Eixo liderado por Raxide Algailani. Como recompensa, os Ingleses fizeram de Abedalá rei da Transjordânia em Maio de 1946. Em 1948, um congresso árabe em Jerusalém declarou-o rei da Palestina, mas não foi reconhecido como tal por nenhuma potência internacional. Perante estas circunstâncias Abdalá contentou-se por ser monarca do Reino Haxemita da Jordânia, que incluía uma parte do território da Palestina a oeste do Jordão. No cenário regional saliente-se que em 1948 tinha sido declarado o estado de Israel, tendo Abdalá mantido contactos secretos com Moshe Dayan que visavam dividir a Cisjordânia entre Israel e a Jordânia.
Abdalá foi assassinado na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, por um nacionalista árabe em 1951, que lhe censurava a aceitação da divisão da Palestina com Israel. Com ele encontrava-se o seu neto Huceine, que se tornaria rei da Jordânia meses depois, dado que o seu filho Talal sofria de esquizofrenia.
Ver também
[editar | editar código-fonte]
Precedido por — | Rei da Jordânia 1949-1951 | Sucedido por Talal da Jordânia |
Referências
- ↑ Verbo: Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. 1. Lisboa: Editorial Verbo. 1963. p. 49
- ↑ «O Guarda-Costas de Amir Abdullah's Bodyguard em Camelos, de Uniforme Vermelho, Verde e Branco, Mais Longe, à Esquerda». World Digital Library. Abril de 1921. Consultado em 14 de julho de 2013
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Alves, Adalberto (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. Lisboa: Leya. ISBN 9722721798
- PALMER, Alan - Who's Who in World Politics. Routledge, 1996. ISBN 0-415-13162-6