Adília de Albuquerque Moraes – Wikipédia, a enciclopédia livre

Adília de Albuquerque Moraes
Nascimento 12 de dezembro de 1874
Icó
Morte 2 de novembro de 1942 (67 anos)
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Ocupação educadora, escritora, pedagoga

Adília Coelho de Albuquerque, Adília de Luna Freire ou Adília de Albuquerque Moraes (Icó, 12 de dezembro de 18742 de novembro de 1942) foi uma escritora, educadora e feminista brasileira.

Nascida em 12 de dezembro de 1874, em Icó, município do Ceará, era filha de Maria Leontina Coelho de Albuquerque e de José Pinto Coelho de Albuquerque, um político cearense. Publicou artigos na imprensa cearense sob o nome de Adília Coelho de Albuquerque e Adília Pinto Coelho de Albuquerque. Com o primeiro casamento, passou a se chamar Adília de Luna Freire.[1]

I Congresso Internacional Feminista, no Rio de Janeiro.

Ficou viúva aos 19 anos e dedicou-se aos estudos na Escola Normal do Ceará. Sua participação na imprensa cearense começa ainda na fase estudantil, quando publica uma crônica no jornal A República. Formou-se em 1902 e prestou concurso para professora de português na mesma escola, onde passou a lecionar. Mais tarde, exerceu a função de inspetora federal do ensino.[2]

Casou-se em 1910 com Tancredo Moraes, um escritor e advogado, adotando o sobrenome e passando a se chamar Adília de Albuquerque Moraes. Mudaram-se para o bairro da Praia do Peixe, nome pelo qual Adília organizou um movimento para alterar para Praia de Iracema, em homenagem à protagonista do romance de José de Alencar, cujo nome se mantém até hoje.[2]

Utilizou a imprensa como forma de disseminação das ideais de direitos políticos e sociais às mulheres, tendo representado o Ceará no I Congresso Internacional Feminista, realizado pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, no Rio de Janeiro.[1]

Uma de suas frases mais famosas é:

[...] Abrem-se agora, para nós, mulheres as portas até então vedadas do recinto dos Parlamentos, onde penetraremos, em breve, com o denodo e coragem necessários para "defendermo-nos, a nós mesmos, ao nosso lar, e melhoramos as condições de vida e crenças pela instituição de leis sadias. [...]
— Adília de Albuquerque Moraes,

 Jornal O Povo, 21 de novembro de 1932.[2]

Aposentou-se da carreira de professora em 1924. Escreveu crônicas e artigos para diversos jornais, como como A República, Correio do Ceará, Gazeta de Notícias, Unitário, O Estado, O Nordeste, A Razão, Ceará lustrado e O Povo. Em 1934, ingressou no Partido Liberal Evolucionista do Ceará, tentando concorrer à Câmara Federal e à Assembleia Constituinte do Ceará.[2]

Adília morreu em 2 de novembro de 1942, no Rio de Janeiro, aos 67 anos.[1]

Referências

  1. a b c SCHUMAHER, Maria Aparecida (2000). Dicionário Mulheres do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar 
  2. a b c d ALMEIDA, Gildênia Moura de Araújo. Mulheres beletristas e educadoras: Francisca Clotilde na sociedade cearense – de 1826 a 1935. 2012. Tese (Doutorado em Educação Brasileira) – Programa de Pós- Graduação em Educação Brasileira, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará.