Alberto VII da Áustria – Wikipédia, a enciclopédia livre

Alberto VII da Áustria
Alberto VII da Áustria
Cardeal Alberto de Áustria, por Peter Paul Rubens
Nascimento 13 de novembro de 1559
Wiener Neustadt
Morte 13 de julho de 1621 (61 anos)
Cidade de Bruxelas
Sepultamento Catedral de São Miguel e Santa Gudula
Cidadania Arquiducado da Áustria
Progenitores
Cônjuge Isabel Clara Eugênia da Espanha, Isabel Clara Eugênia da Espanha
Filho(a)(s) Anna Mauritia von Habsburg, Philipp von Habsburg, Albrecht von Habsburg
Irmão(ã)(s) Ana de Áustria, Isabel da Áustria, Margarida da Áustria, Rodolfo II do Sacro Império Romano-Germânico, Maximiliano III, Arquiduque da Áustria, Venceslau da Áustria, Matias do Sacro Império Romano-Germânico, Ernesto, Arquiduque da Áustria
Ocupação militar, governante
Distinções
  • Padrinho de Promoção da Escola Especial Militar de Saint-Cyr
Título Arquiduque da Áustria, Duke of Brabant
Religião Igreja Católica


Alberto de Áustria
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo-emérito de Toledo
Alberto VII da Áustria
Atividade eclesiástica
Diocese Arquidiocese de Toledo
Nomeação 7 de novembro de 1594
Predecessor Dom Gaspar de Quiroga y Vela
Sucessor Dom Garcia de Loaysa Giron
Mandato 1594 - 1598
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 7 de novembro de 1594
Nomeado arcebispo 7 de novembro de 1594
Cardinalato
Criação 3 de março de 1577
por Papa Gregório XIII
Ordem Cardeal-diácono (1580-1598)
Título Santa Cruz em Jerusalém (1580-1598) renunciou[1]
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Wiener Neustadt
15 de novembro de 1559
Morte Bruxelas
13 de julho de 1621 (61 anos)
Progenitores Mãe: Maria de Habsburgo
Pai: Maximiliano II do Sacro Império Romano-Germânico
Funções exercidas - Arcebispo-coadjutor de Toledo (1594)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Alberto Ernesto de Habsburgo, simplesmente conhecido como Alberto de Áustria (Wiener Neustadt, 15 de novembro de 1559 - Bruxelas, 13 de julho de 1621),[2] dito o Pio, foi cardeal, arquiduque de Áustria, Governador dos Países Baixos Espanhóis, Prior do Crato na Ordem Soberana e Militar de Malta e Vice-Rei de Portugal.[1]

Era filho do imperador Maximiliano II (por sua vez filho de Fernando I e sobrinho de Carlos V), e da sua mulher Maria de Espanha (filha de Carlos V e irmã de Filipe II de Espanha).[3]

Último filho varão de Maximiliano, foi destinado à vida religiosa, tendo sido feito cardeal da Igreja Católica em 3 de março de 1577.[3] O seu tio, Filipe II nomeou-o Vice-Rei de Portugal em 11 de fevereiro de 1583 (cargo que exerceu durante dez anos), para substituir o Duque de Alba, que falecera em dezembro do ano anterior e, a seguir, Arcebispo de Toledo (1584-1598).[3] Em 1595, foi nomeado Governador dos Países Baixos Espanhóis; em 1598, renunciou ao celibato para poder contrair matrimónio, após dispensa papal, com a sua prima co-irmã Isabel Clara Eugénia, filha do seu tio Filipe II, tendo-se tornado ambos soberanos nominais dos Países Baixos Espanhóis (congregando os títulos de Duques de Brabante, Guéldria, Limburgo, Luxemburgo, e Condes de Artois, Borgonha, Flandres, Hainaut e Namur).

Deste enlace nasceram três filhos, todos mortos em tenra idade, muito provavelmente devido à consanguinidade dos seus pais:

  • Filipe (1605)
  • Alberto (1607)
  • Ana Maurícia (1609)

Alberto e Isabel fixaram a sua corte em Bruxelas, tendo acolhido sob a sua protecção alguns dos artistas mais importantes do seu tempo, como Peter Paul Rubens (designado pintor oficial da sua corte em 1609), o qual pintou vários retratos dos soberanos, e Brueghel.

Ao nível do conflito com os Países Baixos (a Guerra dos Oitenta Anos), saiu derrotado na Batalha de Nieuwpoort (1600), mas conseguiu assediar com sucesso a cidade de Ostend, após um cerco de três anos (1601-1604). Em face disso, Alberto firmou com Maurício de Nassau uma trégua de doze anos (1609-1621).

Ao falecer em 1621, sem herdeiros legítimos, os Países Baixos retornaram ao controle da Coroa Espanhola.

Precedido por
Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel,
3.º Duque de Alba
Armorial das Espanhas
2.º Vice-Rei de Portugal

11 de fevereiro de 1583 - 5 de julho de 1593
Sucedido por
Conselho de Regência
Precedido por
Gaspar de Quiroga y Vela
Brasão cardinalício
Arcebispo de Toledo

1584 - 1598
Sucedido por
García Loaysa y Girón
Precedido por
Pedro Enríquez de Acevedo
Governador dos Países Baixos Espanhóis
1598 - 1621
(com Isabel Clara Eugénia)
Sucedido por
Isabel Clara Eugénia


Referências

  1. a b Guilelmus van Gulik and Conradus Eubel, Hierarchia catholica medii et recentioris aevi Volumen tertium, editio altera (ed. L. Schmitz-Kallenberg) (Monasterii 1923), p. 45.
  2. Marek, Miroslav. «Complete Genealogy of the House of Habsburg». Genealogy.EU 
  3. a b c Luc Duerloo, Luc (29 de abril de 2016). Dynasty and Piety:Archduke Albert (1598-1621) and Habsburg Political Culture in an Age of Religious Wars. Londres: Routledge. ISBN 9781315578354 
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