Alexândrio – Wikipédia, a enciclopédia livre
Alexândrio Sartaba | |
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Localização atual | |
Coordenadas | 32° 05′ 45″ N, 35° 27′ 41″ L |
Região | Judeia |
Província | Província de Jericó |
Região | Cisjordânia |
Dados históricos | |
Fundação | 1º milênio a.C. |
Abandono | Cerca de 70 d.C. |
Período/era | Helenístico ao Império Romano |
Alexândrio (em latim: Alexandrium), também conhecido pelo nome de Sartaba, foi uma fortificação construída pela dinastia dos Asmoneus,[1] localizado no topo de uma montanha entre as cidades de Bete-Seã e Jerusalém, perto do Vale do Jordão.[2] Provavelmente recebeu este nome em uma homenagem ao rei da Judeia, Alexandre Janeu (104 a.C. - 77 a.C.).
História
[editar | editar código-fonte]Alexândrio foi construído pela dinastia dos Asmoneus perto da fronteira com Samaria, para receber um destacamento militar e abrigar presos políticos.[3] O historiador Flávio Josefo descreveu o forte como parte de um plano de fortificação das fronteiras da Judeia, juntamente com os fortes de Maquero e Hircano. Mais tarde foi mencionado durante a conquista da Judeia pelo general Pompeu. Em 64 a.C. o rei Aristóbulo II foi para Alexândrio com a intenção de resistir ao ataque dos romanos, mas Pompeu, que após conquistar as cidades de Pella e Bete-Seã, atacou e tomou a fortaleza, em seguida continuou em direção a Coreæ.[4]
Em 57 a.C., Alexander Asmoneu iniciou o restauro da fortaleza e pouco tempo depois de fugir de uma batalha nos arredores de Jerusalém, abrigou-se na fortaleza com um exército de 4.500 homens. Mais tarde, o governador da Síria, Aulo Gabínio atacou o forte onde o destruiu parcialmente.[5][6]
Alexândrio foi restaurada novamente por ordem de Herodes, o Grande, uma tarefa que ele atribuiu a seu irmão Pheroras. Herodes deu-lhe a característica de um Palácio no deserto, semelhante aos construídos em Massada, Heródio e Maquero. Herodes usou a fortaleza como uma prisão para seus oponentes políticos. Em 30 a.C., Herodes manteve sua esposa Mariana e sua mãe Alexandra presa neste palácio, que também foi o local do enterro de Alexandre e Aristóbulo, filhos Herodes executados na cidade de Sebastia em 7 a.C..[2]
A fortaleza foi finalmente destruída nos motins que ocorreram durante o governo dos imperadores Vespasiano e Tito.[7][8]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Josefo, Flavio (1895). Josephus,"William Whiston, The Works of Flavius Josephus". Nova York: ed. John E. Beardsley
- Rocca, Samuel (2008). "The Forts of Judaea 168 BC – AD 73". Oxford: Osprey Publishing. ISBN 9781846031717
Referências
- ↑ Josephus, Antiquities of the Jews 13:417
- ↑ a b Rocca 2008, p. 30-32.
- ↑ Rocca 2008, p. 12.
- ↑ Flávio Josefo "Antiguidades Judaicas",p.48
- ↑ Apiano "De Bellum Civile" II, 24-59
- ↑ Flávio Josefo, "A Guerra dos Judeus" I, 6
- ↑ K. Baedeker, "Palästina und Syrien", 3d ed.,1880, p. 169
- ↑ Krauss, Samuel. «ALEXANDRIUM». JewishEncyclopedia.com. Consultado em 7 de maio de 2011
Ligação externa
[editar | editar código-fonte]- Jewish Encyclopedia, Alexandrium