American dollar princess – Wikipédia, a enciclopédia livre

American dollar princesses (da esquerda para a direita): Jennie Jerome, Mary Curzon, Consuelo Vanderbilt e Nancy Astor.

American dollar princess (em português: Princesa do dólar americano) era um termo utilizado para referir-se a herdeiras estadunidenses que, na segunda metade do século XIX e início do século XX, casaram com famílias nobres europeias e trocaram suas fortunas pelo prestígio que um título de nobreza proporcionava.

Essas personagens eram predominantemente provenientes de famílias com "dinheiro novo" (novos ricos), cujos patriarcas exerciam funções como industriais, banqueiros, advogados, especuladores da bolsa, corretores de imóveis ou fazendeiros.[1]

De acordo com Titled Americans (1915), 454 casamentos ocorreram entre herdeiras estadunidenses e aristocratas europeus entre as décadas de 1870 e 1915[2], e a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos relatou em um guia de referências que 1/3 dos membros da Câmara dos Lordes do Reino Unido estavam casados com uma American dollar princess.[2]

O termo tornou-se popular na mídia contemporânea e aparece, por exemplo, na ficção Tregarthen (1896) de Georgina Norway[3], no romance The Buccaneers (1938) de Edith Wharton[4] e na série de televisão The Gilded Age (2022--).

No século XXI, o termo foi ressignificado e também passou a englobar mulheres estadunidenses de uma classe média alta educadas em instituições de prestígio que casaram com membros da aristocracia global, por exemplo: a ativista Sarah Antonia Butler, casada com o príncipe Zeid Ra'ad Al Hussein da Jordânia[5]; e a atriz Olivia Wilde, casada com o príncipe e diretor de cinema italiano Tao Ruspoli.[6] Mais recentemente, a atriz Meghan Markle, casada com o Duque de Sussex, foi descrita como uma American dollar princess.[7]

Meghan Markle

Exemplos notáveis

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Referências

  1. Bryk, William (9 de agosto de 2005). «The Father of the Four Hundred». The New York Sun. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  2. a b c d e Saelee, Mike (12 de abril de 2023). «Research Guides: Dollar Princesses: Topics in Chronicling America: Introduction». guides.loc.gov (em inglês) 
  3. Norway, G. (1896). Tregarthen. Londres: Hurst and Blackett 
  4. a b Henderson, Amy. "Amy Henderson: “Downton Abbey” and the Dollar Princesses" (em inglês). Smithsonian. Consultado em 12 de abril de 2023.
  5. Harper's Bazaar (ed.). «11 American Women Who Became Princesses» 
  6. «Olivia Wilde – Biography». Yahoo! Movies. Consultado em 17 de novembro de 2008. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2009 
  7. https://www.telegraph.co.uk/women/life/aristocracy-shunned-transatlantic-dollar-princesses-came-meghan/
  8. Shields, Pamela (15 de outubro de 2009). Hertfordshire Secrets & Spies (em inglês). [S.l.]: Amberley Publishing Limited. ISBN 978-1-4456-2872-1 
  9. a b «Alice Heine». 64 Parishes 
  10. "How American 'Dollar Princesses' Invaded British High Society". HISTORY (2023). Consultado em 14 de setembro de 2023.
  11. Kahan 2009, p. 71.
  12. Tamagne, Forence A History of Homosexuality in Europe, Vol. I, Algora Pub, 2004, ISBN 0875863566, p15
  13. «ADAF — Individual Lectures: Dressed in Diamonds: American Princesses and Gilded Age Fashion Kevin L. Jones, Fashion Institute of Design and Merchandising Museum». adafca.org. 12 de abril de 2023 
  14. "THE AMERICAN DOLLAR PRINCESS IN GREECE". Current Opinion: 78 v. 1888.
  15. “DOLLAR PRINCESSES”
  16. Meet the Hong Kong-raised Princess of Greece: Marie-Chantal Miller is the daughter of DFS billionaire Robert Miller, interned for Andy Warhol and married Prince Pavlos