Sólido amorfo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Material amorfo ou substância amorfa é a designação dada à estrutura que não têm ordenação espacial a longa distância (em termos atómicos), como os sólidos regulares. É geralmente aceito como o oposto de estrutura cristalina. As substâncias amorfas não possuem estrutura atômica definida.

Algumas substâncias comuns no dia-a-dia são amorfas, como o vidro, o poliestireno e até mesmo o algodão-doce.[1][2]

Materiais amorfos são comumente preparados ao resfriar materiais derretidos. Esse resfriamento reduz a capacidade de mobilidade das moléculas. Materiais como os metais são muito difíceis de serem preparados como rígidos amorfos. A não ser que o material tenha alta resistência à fusão (como cerâmicos) ou baixa energia de cristalização (como os polímeros), a preparação de um sólido amorfo deve ser extremamente rápida.

Materiais amorfos podem existir em estado similar ao da propriedade de deformação da borracha (popularmente poderia se dizer "borrachentos" ou "borrachosos") e estados "vítricos" ou "vítreos".

Os materiais amorfos possuem propriedades únicas. Feitos a partir da rápida solidificação de ligas metálicas (ligas amorfas ou vidros metálicos) apresentam fácil magnetização devida ao fato de seus átomos se encontrarem arranjados de maneira aleatória, facilitando a orientação dos domínios magnéticos. Transformadores usando núcleo de metais amorfos exibem perdas que são 60% a 70% menores que os transformadores convencionais.[3]

Os rígidos amorfos são sólidos que não apresentam ordem estrutural num estado normal, mas somente em dimensões atômicas, com poucas unidades atômicas. Também são chamados de não-cristalinos.

Devido a esta desorganização, a densidade destes sólidos é inferior aos de estrutura cristalina.

Outros rígidos apresentam ordem em seu estado normal, diferentemente dos amorfos, significando que sua estrutura se repete em distâncias bem menores que a de outros sólidos, em relação ao tamanho do sólido.

Exemplos de materiais amorfos: vidro, plástico, vários polímeros e várias substâncias orgânicas que parecem, mas não são cristalinas.

Referências

  1. L.H.van Vlack, Propriedades de Materiais Cerâmicos. Edgard Blücher, São Paulo. 1973.
  2. Mundo Estranho - Qual é o estado físico do vidro? Arquivado em 14 de abril de 2009, no Wayback Machine.
  3. W. B. Castro, B. A. Luciano; Vidros Metálicos: uma nova classe de materiais[ligação inativa]; Revista Eletrônica de Materiais e Processos, v.4.2 (2009)20-25; ISSN 1809-8797
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