Andaluzia – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: "Andaluz" redireciona para este artigo. Para a região histórica, veja Al-Andalus. Para outros significados, veja Andaluz (desambiguação).
Espanha Andaluzia

Andalucía

 
  Comunidade autónoma  
Vista da Alhambra, em Granada
Vista da Alhambra, em Granada
Vista da Alhambra, em Granada
Símbolos
Bandeira de Andaluzia
Bandeira
Brasão de armas de Andaluzia
Brasão de armas
Hino "La bandera blanca y verde"
"A bandeira branca e verde"
Lema Andalucía por sí, para España y la humanidad
(Andaluzia por si, para Espanha e para a humanidade)
Gentílico andaluz[1]
Localização
Coordenadas
Administração
Capital Sevilha
Presidente Juan Manuel Moreno Bonilla (PP)
Características geográficas
Área total 87 268 § km²
População total (2023) 8 538 376 hab.
Densidade 97,84 hab./km²
Outras informações
Províncias Almeria, Cádis, Córdova, Granada, Huelva, Xaém, Málaga, Sevilha
Idioma oficial castelhano
Estatuto de autonomia 11 de janeiro de 1982
ISO 3166-2 AN
Congresso
Senado
61 assentos
40 assentos
Sítio juntadeandalucia.es
§ 17,2% da área total de Espanha

A Andaluzia[1] (em castelhano: Andalucía) é uma comunidade autônoma da Espanha, localizada na parte meridional do país. É limitada, a oeste, por Portugal (regiões do Alentejo e Algarve); a norte pela Estremadura e Castela-Mancha, a este pela Múrcia; e a sul por Gibraltar, pelo oceano Atlântico e mar Mediterrâneo, numa costa com cerca de 910 quilômetros. A sua capital é a cidade de Sevilha, onde tem, a sua sede, a Junta da Andaluzia, enquanto que o Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia tem a sua sede na cidade de Granada.

O seu nome provém de Al-Andalus, nome que os muçulmanos davam à Península Ibérica no século VIII. É a segunda maior comunidade autônoma espanhola e a mais populosa. Tornou-se comunidade autônoma em 1982. Segundo o seu estatuto autonômico, possui a condição de "nacionalidade histórica". O gentílico correspondente é andaluz.[1]

A sua origem remonta à Pré-história: o primeiro povoamento da Andaluzia data do período paleolítico. Por volta de 1000 a.C., estabeleceram-se diversos povos na região, entre eles os fenícios, gregos e cartagineses. Reino de Tartesso foi o nome pelo qual os gregos denominaram a região que tinha, por linha central, o vale do rio Tartesso, que depois os romanos chamaram Bétis e os árabes Guadalquivir. No século VI a.C., Tartesso desapareceu abruptamente e, quando os romanos chegaram lá, o reino já não existia mais. Os cartagineses abandonaram a região quando Cartago foi derrotada pelos romanos na Segunda Guerra Púnica.

Os romanos dominaram a região e lhe deram o nome de Bética, ficando ali até as invasões dos vândalos e visigodos. Na época do domínio romano, a região era rica e exportava vinho e, principalmente, azeite. Enquanto os vândalos permaneceram por pouco tempo na região, os visigodos fundaram um reino que durou até a chegada dos muçulmanos oriundos do Norte da África e do Próximo Oriente.

Em 711, os árabes invadiram a região, num domínio que durou oito séculos e que deixou marcas na população e na cultura da Andaluzia. Estabeleceram um emirado com capital em Córdova que se tornou independente de Damasco no ano de 929. Este período foi de grande prosperidade sociocultural. A agricultura desenvolveu-se muito, tal como as indústrias naval, de papel, do vidro, dos tecidos e da cerâmica. Provavelmente o nome Andaluzia seria uma denominação dos árabes relacionada aos vândalos.

Durante o século XI, o califado debilitou-se em guerras civis, sendo a região conquistada pelos Reis Católicos, facto conhecido como a conquista de Granada, em 1492. A presença árabe na região pode ser constatada por vários monumentos — como as fortalezas de Alhambra e mesquitas como a de Córdova —, assim como no vocabulário, com palavras incorporadas ao léxico espanhol.

A gênese da cultura andaluza moderna pode ser rastreada até a última fase da Reconquista e os dois séculos que se seguiram (séculos XIII a XVII), quando houve uma maior adoção do catolicismo pela população. As outras religiões que haviam sido encontradas na região durante os sete ou oito séculos anteriores declinaram, nomeadamente o islã sunita e o judaísmo sefardita, principalmente devido a política de conversão forçada da Inquisição espanhola. Também coincidiu com a chegada dos ciganos em meados do século XV, que também contribuíram para a cultura da Andaluzia moderna. A Andaluzia foi fortemente reassentada por castelhanos, leoneses e outros povos das regiões do centro e norte da Espanha, e é hoje, talvez, a região mais fervorosa do país.

Depois da conquista castelhana, o território da atual Andaluzia estava ocupado por quatro reinos: Sevilha, Córdova, Xaém e Granada. Porém, na época o termo "Andaluzia" só designava os reinos de Xaém, Sevilha e Córdova. O que é conhecido como território atual só se formou após a Guerra das Alpujarras, de 1570–1572, quando ocorreu a total expulsão dos mouriscos da região. Primeiro, os mouriscos (espanhóis descendentes de muçulmanos) se dispersaram pelo Reino de Castela, sendo depois totalmente expulsos da Península Ibérica em 1609. A expulsão foi levada a cabo durante 7 anos, até 1616. Nessa data terminou a existência dos mouriscos na Espanha, que foram expulsos ou transladados. A grande maioria dos que foram expulsos se estabeleceram na parte ocidental do Império Otomano e em Marrocos.

Já outros decidiram emigrar para as colônias espanholas nas Américas junto com outros espanhóis.

Os andaluzes formaram o principal componente da imigração colonial espanhola em certas partes do Império Espanhol nas Américas e Ásia, e foram também o maior grupo na colonização das ilhas Canárias. Os andaluzes e os seus descendentes predominaram nas ilhas Canárias (Espanha), nas ilhas do Caribe (Porto Rico, República Dominicana) e Guatemala, Costa Rica, Panamá, a costa caribenha da Colômbia (conhecida como Nova Granada durante a época colonial) e na Venezuela. Também foram predominantes na região do Rio da Prata (Argentina e Uruguai) e nas áreas costeiras do Chile. Na Ásia, os andaluzes predominaram na população espanhola das Filipinas, evidenciado pelo forte componente andaluz dos colonizadores espanhóis desta nação, ainda que estivessem sob a supervisão colonial do vice-rei da Nova Espanha (México).

A campanha de expansão castelhana na América durante o século XVI causou um período de esplendor na Andaluzia ocidental, especialmente em Huelva, Sevilha e Cádis, por causa da sua localização como porta de saída para a América. Granada, pelo contrário, tinha seus interesses no Mediterrâneo. No século XVIII, algumas partes da Andaluzia foram repovoadas por povos vindos de diversos outros países europeus e da região atualmente conhecida como Espanha.

Até o século XIX, a Andaluzia viveu um período dourado, porém, a Guerra pela Independência Espanhola (Guerra Peninsular) e a independência das colônias espanholas foram fatais. Várias revoltas surgiram no território da Andaluzia, entre eles o bandoleirismo (quadrilhas que atacavam viajantes). A grave crise econômica conduziu aos andaluzes a apoiar a revolução de 1868 ("la Gloriosa" ou "la Setembrina") que acabou por destronar a rainha Isabel II. A Primeira República Espanhola fracassa, a monarquia é restituída, assumindo Afonso XII, filho de Isabel II.

Em 1883, é aprovada a Constituição Federal de Antequera, que foi um intento falido por dotar a Andaluzia de um estado independente que se integraria voluntariamente como estado federal em uma federação hispânica. Foi fruto das convulsões vividas desde a revolução de 1868. É neste momento que muitos situam o nascimento do nacionalismo andaluz.

Com apoio do rei Afonso XIII, o general Primo de Rivera inicia uma ditadura na Espanha que durou de 1923 a 1930, mas foi só com a proclamação da Segunda República Espanhola que se tentou resolver alguns problemas da Andaluzia, como o analfabetismo e a reforma agrária. Em 1939 após a Guerra Civil Espanhola, o general Francisco Franco assumiu o poder e os pequenos avanços feitos a favor da reforma agrária se perderam. Houve avanços na região com desenvolvimento da indústria, turismo e transporte. Com a morte de Franco, a Espanha institui o regime de monarquia parlamentarista e começou uma transição para a democracia.

Em 1980, a Andaluzia adquiriu sua condição atual de comunidade autônoma espanhola e começou uma lenta recuperação. Em 1992, inaugurou-se o trem de alta velocidade entre Sevilha e Madri e se celebrou a Exposição Universal de Sevilha.

É a segunda maior comunidade autônoma espanhola em extensão territorial, perdendo apenas para Castela e Leão.

A região é influenciada por um clima temperado mediterrânico cujas características variam conforme o relevo. Na Costa do Sol, é o mediterrânico subtropical, com temperaturas amenas no inverno e não muito elevadas no verão. No vale do Guadalquivir, ocorrem os verões mais quentes de toda a Europa, com a média das temperaturas máximas a excederem os 35 °C e nas áreas mais quentes a chegarem aos 37 °C.[2] A área de Almeria é a mais árida de toda a Europa e, nas montanhas, a temperatura é muito baixa no Inverno, sendo acompanhada de precipitação abundante em forma de neve.

Porto da Ragua, na Serra Nevada

Compreende três unidades fundamentais:

O maior rio da Andaluzia é o Guadalquivir (657 km), que nasce na serra de Cazorla (Xaém), passa pelas cidades de Córdova e Sevilha, e desemboca em Sanlúcar de Barrameda, em Cádis).

Outros rios importantes são o Guadiana, o Odiel-Tinto, o Rio Genil e o Guadalete-Barbate.



Religião na Andaluzia (2019)[3]

  Católicos (76.5%)
  Indiferentes (9.1%)
  Ateus (6.7%)
  Agnósticos (5.4%)
  Outros (1.8%)
  Não responderam (0.5%)

A Andaluzia é a primeira comunidade autónoma espanhola em população, que em 2023 era de 8 538 376 habitantes. A população concentra-se sobretudo nas capitais provínciais e na costa, pelo que o nível de urbanização da Andaluzia é bastante alto — metade da população andaluza reside nas 26 cidades com mais de 50 000 habitantes. Em termos de população, é importante demarcar as seguintes áreas (em 2006):

A cidade mais populosa da Andaluzia é Sevilha, com 704 414 habitantes, seguida por Málaga (560 631 habitantes), Córdova (322 867 habitantes), Granada (237 929 habitantes) e Jerez de la Frontera (206 274 habitantes). A Andaluzia concentra a atual população cigana na Espanha, que é calculada entre 500 mil e 800 mil indivíduos, população esta com grande influência na criação[necessário esclarecer] de um dos principais elementos da cultura espanhola contemporânea: o flamenco.[4][5]

No que toca às crenças religiosas, de acordo com um inquérito do Centro de Investigações Sociológicas (CIS), realizado em outubro de 2019, a grande maioria da população andaluza segue o Catolicismo (76,5%), ainda que na sua maior parte não sejam praticantes. Mais de um quinto dos andaluzes não possui religião (21,2%), distribuídos por indiferentes (9,1%), ateus (6,7%) e agnósticos (5,4%). Menos de 2% da população seguem outras religiões.[6]

Cidades mais populosas

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Municípios máis populosos da Andaluzia (2022)[7]

Sevilha
Sevilha
Málaga
Málaga
Córdova
Córdova
Granada
Granada
Xerez da Fronteira
Xerez da Fronteira

Município Província População Município Província População

Almeria
Almeria
Huelva
Huelva
Marbelha
Marbelha
Dos Hermanas
Dos Hermanas
Algeciras
Algeciras

1 Sevilha Sevilha 681 998   16 Imagem:Bandera de El Puerto de Santa María (Cádiz).svg Porto de Santa Maria Cádis 89 435
2 Málaga Málaga 579 076   17 Imagem:Flag of El Ejido Spain.svg El Ejido Almeria 87 500
3 Imagem:Flag of Córdoba, Spain.svg Córdova Córdova 319 515   18 Imagem:Flag of Chiclana de la Frontera Spain.svg Chiclana da Fronteira Cádis 87 493
4 Granada Granada 228 682   19 Imagem:Bandera de Vélez-Málaga.svg Vélez-Málaga Málaga 83 899
5 Xerez da Fronteira Cádis 212 730   20 Imagem:Fuengirola flag.svg Fuengirola Málaga 83 226
6 Imagem:Bandera de Almería.svg Almeria Almeria 199 237   21 Imagem:Bandera de Alcalá de Guadaíra (Sevilla).svg Alcalá de Guadaíra Sevilha 75 917
7 Imagem:Marbella Spain.svg Marbelha Málaga 150 725   22 Imagem:Bandera estepona.PNG Estepona Málaga 74 493
8 Imagem:Flag of the City of Huelva (official).PNG Huelva Huelva 141 854   23 Imagem:Bandera de Benalmádena.svg Benalmádena Málaga 73 160
9 Dos Hermanas Sevilha 137 561   24 Imagem:Bandera de Sanlúcar de Barrameda.svg Sanlúcar de Barrameda Cádis 69 727
10 Imagem:Flag maritime algeciras.svg Algeciras Cádis 122 368   25 Imagem:Bandera de Torremolinos (Málaga).svg Torremolinos Málaga 68 819
11 Imagem:Bandera de Cádiz.svg Cádis Cádis 113 066   26 Imagem:Flag of La Linea de la Concepcion.jpg La Línea de la Concepción Cádis 63 271
12 Xaém Xaém 111 669   27 Imagem:Bandera de Motril.svg Motril Granada 58 798
13 Imagem:Bandera de Roquetas de Mar.svg Roquetas de Mar Almeria 102 881   28 Imagem:Bandera de Linares.svg Linares Xaém 55 729
14 Imagem:Bandera de San Fernando (Cádiz).svg San Fernando Cádis 94 120   29 Imagem:Bandera Utrera.svg Utrera Sevilha 51 402
15 Imagem:Bandera de Mijas (Málaga).svg Mijas Málaga 89 502   30 Rincón de la Victoria Málaga 50 569

O seu Estatuto de Autonomia estabelece que o governo da região é a Junta da Andaluzia, o Parlamento da Andaluzia e o Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia. O órgão executivo é o Conselho de Governo da Andaluzia e o Parlamento elege 109 deputados.

Divisão política-administrativa

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A Andaluzia adquiriu sua autonomia em 1980 após recorrer ao artigo 151 da Constituição espanhola de 1978.

A comunidade da Andaluzia divide-se em oito províncias (atualmente são 50 províncias espanholas), segundo o Decreto de 1833 de División Provincial, planejada por Javier de Burgos. Estas províncias, por sua vez, dividem-se em 774 municípios. As províncias são as seguintes:

  • Almeria (635 850 habitantes, 102 municípios)
  • Cádis (1 194 062 habitantes, 44 municípios)
  • Córdova (788 287 habitantes, 75 municípios)
  • Granada (876 184 habitantes, 170 municípios)
  • Huelva (492 174 habitantes, 79 municípios)
  • Xaém (662 751 habitantes, 97 municípios)
  • Málaga (1 491 287 habitantes, 102 municípios)
  • Sevilha (1 835 077 habitantes, 105 municípios)
Fazenda na Andaluzia

A Andaluzia é rica em recursos minerais como carvão, chumbo, cobre, ferro, quartzo, prata, mármore e também exporta sal a partir de Cádis e Huelva. Os recursos pesqueiros estão quase esgotados e a indústria está pouco desenvolvida, excetuando a do turismo, que é a mais rentável. É forte sobretudo na produção de azeite (70% do total), arroz, fruta, trigo, plantas industriais e na produção de gado. Os vinhos finos de xerez são muito famosos e com alta qualidade. O comércio está muito desenvolvido e ocupa mais de 50% da população ativa.

Situada ao sul da Espanha, em uma das regiões mais quentes e com várias praias, a Andaluzia proporciona turismo de sol e praia. A sua costa é dividida na Costa da Luz (Huelva e Cádis), banhada pelo oceano Atlântico; na Costa do Sol (parte de Cádis e Málaga); na Costa Tropical (Granada e parte de Almería); e na Costa de Almeria, banhadas pelo mar Mediterrâneo. O turismo cultural mais conhecido é o de Alhambra, em Granada; a Giralda; e a Catedral de Santa Maria, que é a maior catedral da Espanha, em Sevilha, além da mesquita de Córdova. A tourada e o flamenco também atraem muitos turistas ao Sul da Espanha além de algumas outras catedrais, igrejas, castelos e fortalezas.

O comércio exterior faz-se por via marítima através dos portos de Cádis, Málaga, Algeciras, Huelva e Sevilha. As auto-estradas asseguram a sua acessibilidade ao resto do país. Através da linha ferroviária de alta velocidade — AVE —, a Andaluzia estabelece ligação direta com o centro do território e num breve futuro, com toda a Europa. Os aeroportos de Málaga e de Sevilha concentram 70% do tráfego aéreo. Em Sevilha, o |metro é uma realidade desde 2009, e também está sendo construído em Málaga e em Granada.

Referências

  1. a b c «Dicionário de Gentílicos e Topónimos». portaldalinguaportuguesa.org. Consultado em 10 de julho de 2021 
  2. Meteorología, Agencia Estatal de. «Valores climatológicos normales - Agencia Estatal de Meteorología - AEMET. Gobierno de España». www.aemet.es (em espanhol). Consultado em 19 de fevereiro de 2024 
  3. "CIS – Centro de Investigaciones Sociológicas. Macrobarómetro de Outubro de 2019
  4. Presseurop. Disponível em http://www.presseurop.eu/pt/content/article/332281-o-pais-dos-ciganos-felizes. Acesso em 13 de abril de 2014.
  5. Flamenco (origem). Disponível em http://www.carmenromero.com.br/origem.html. Acesso em 13 de abril de 2014.
  6. CIS - Centro de Investigaciones Sociológicas. Macrobarómetro de Octubre 2019. Disponível em http://www.cis.es/cis/export/sites/default/-Ficheiros/Marginales/3260_3279/3263/Marginales/es3263mar_Andalucia.pdf. Acesso em 23 de abril de 2020.
  7. «Cifras oficiais de população resultantes da revisão do Padrão municipal a 1 de janeiro». Consultado em 7 de janeiro de 2023 

Ligações externas

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