André Dreyfus – Wikipédia, a enciclopédia livre
André Dreyfus | |
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Conhecido(a) por | ajudou a fundar as bases da biologia brasileira |
Nascimento | 5 de julho de 1897 Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil |
Morte | 16 de fevereiro de 1952 (54 anos) São Paulo, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro |
Instituições | |
Campo(s) | biologia, genética |
André Dreyfus (Pelotas, 5 de julho de 1897 — São Paulo, 16 de fevereiro de 1952) foi um médico e biólogo brasileiro. Dreyfus é considerado um dos fundadores da genética no Brasil.
Biografia
[editar | editar código-fonte]André Dreyfus nasceu em Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 1897. Seus pais, franceses, viajaram para o Brasil fugindo da Guerra Franco-Prussiana, em 1870. [1][2]
Vida acadêmica
[editar | editar código-fonte]Em 1922, André Dreyfus mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro, onde começou seus estudos de medicina na Faculdade de Medicina. Transferiu-se para São Paulo em 1927, assumindo o cargo de assistente na Faculdade de Medicina.[1][2][3]
Dreyfus foi um dos membros do grupo que criou a Universidade de São Paulo, tornando-se mais tarde diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) de 1943 a 1947. Como diretor da FFCL conseguiu a contratação de professores estrangeiros e recursos para os departamentos da faculdade.[1][2]
Recebeu na FFCL diversos cientistas do Brasil e do exterior, que contribuíram para o desenvolvimento de seu laboratório. Junto a Theodosius Dobzhansky e outros professores, como Krug e Harry M. Miller Jr., da Fundação Rockefeller, Dreyfus foi um dos primeiros responsáveis pelo desenvolvimento da genética moderna no Brasil.[1][2][3]
Dias antes de sua morte proferiu um discurso que resume o seu espírito e suas contribuições para o desenvolvimento da ciência no Brasil:
“ | A minha saúde está precária e sei que logo deverei morrer. Não produzi tantos trabalhos científicos como gostaria, mas morrerei tranqüilo porque sei que contribuí para a formação de muita gente, assim como para a criação das condições necessárias para as pesquisas científicas dos meus sucessores.[3] | ” |
Atualmente, o edifício de Genética e Biologia Evolutiva da Universidade de São Paulo chama-se André Dreyfus, em sua homenagem.[4]
Morte
[editar | editar código-fonte]André morreu em 16 de fevereiro de 1952, aos 54 anos, na capital paulista, devido a complicações causadas por hipertensão arterial.[1] Em 1949, uma hemorragia na retina prejudicou parte de sua visão.[1] Seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.[1]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e f g «André Dreyfus» (PDF). Consultado em 1 de março de 2012
- ↑ a b c d Dayana de Oliveira Formiga (ed.). «A escola tropical de genética brasileira». Ciência e Cultura. Consultado em 7 de agosto de 2019
- ↑ a b c Antonio Brito da Cunha (1994). «Perfis de Mestres: André Dreyfus». São Paulo. Estudos Avançados. 8 (22). ISSN 0103-4014. Consultado em 16 de Março de 2012
- ↑ Universidade de São Paulo (ed.). «Cadeira de Biologia Geral». Instituto de Biociências. Consultado em 7 de agosto de 2019