Pósitron – Wikipédia, a enciclopédia livre
Pósitron | |
O primeiro pósitron identificado. | |
Composição: | Partícula elementar |
Grupo: | Lepton |
Símbolo(s): | β+, e+ |
Antipartícula: | Elétron |
Teorizada: | Paul Dirac (1928) |
Descoberta: | Carl D. Anderson (1932) |
Carga elétrica: | +1 e |
Spin: | 1⁄2 |
O pósitron (português brasileiro) ou positrão (português europeu) é a antipartícula do elétron, também denominada antielétron (português brasileiro) ou antielectrão (português europeu).
Apresenta carga +1 e spin 1/2, e sua massa é a mesma do elétron. Quando o pósitron é aniquilado com um elétron, as massas de ambos são totalmente transformadas em fótons (radiação gama) ou outras partículas.
O pósitron pode ser gerado por decaimento radiativo do tipo emissão beta ou pela interação de fótons de alta energia, 1,022 MeV, com matéria. Esse processo é denominado processo elétron-pósitron, sendo ambos gerados a partir da energia de fótons.
A existência de pósitrons foi postulada pela primeira vez em 1928 por Paul Dirac.[1] Em 1932, o pósitron foi observado por Carl David Anderson (prêmio Nobel de física de 1936 pela descoberta), que lhe deu o nome. Anderson também sugeriu, sem sucesso, substituir o nome elétron para negatron.
Positrônio
[editar | editar código-fonte]Positrônio é o sistema formado por um pósitron e um elétron, formando um átomo exótico.[2] Ele foi previsto pelo cientista croata Stjepan Mohorovičić em 1934,[3] ou por Carl Anderson em 1932,[4] e descoberto por Martin Deutsch em 1951.[4]
O pósitron na ficção
[editar | editar código-fonte]A mais famosa aplicação do pósitron na ficção foi criada por Isaac Asimov em robôs: cérebro positrónico. Provavelmente utilizou o termo pósitron, partícula recentemente descoberta, quando escrevia sobre robôs. Talvez, em homenagem a Asimov, os androides da série Jornada nas estrelas Data, seu irmão Lore, a filha Lal , e outros foram criados com cérebros positrónicos.
Produção artificial
[editar | editar código-fonte]Físicos do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, usaram um laser curto e ultraintenso para irradiar um alvo de ouro de um milímetro de espessura e produzir mais de 100 bilhões de pósitrons.[5] A produção laboratorial atualmente significativa de feixes de elétrons e pósitrons de 5 MeV permite a investigação de múltiplas características, como como diferentes elementos reagem a interações ou impactos de pósitrons de 5 MeV, como a energia é transferida para partículas e o efeito de choque das explosões de raios gama (GRBs).[6]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ P. A. M. Dirac. «On the quantum theory of the electron» (PDF). Consultado em 16 de julho de 2010. Arquivado do original (PDF) em 16 de maio de 2005
- ↑ Antimatéria Arquivado em 27 de agosto de 2009, no Wayback Machine., site do Departamento de Física Nuclear do Instituto de Física da Universidade de São Paulo
- ↑ Mohorovičić, S. (1934). «Möglichkeit neuer Elemente und ihre Bedeutung für die Astrophysik». Astronomische Nachrichten. 253. 94 páginas. doi:10.1002/asna.19342530402
- ↑ a b «Martin Deutsch, MIT physicist who discovered positronium, dies at 85» (Nota de imprensa). MIT. 2002
- ↑ Bland, E. (1 de dezembro de 2008). «Laser technique produces bevy of antimatter». NBC News. Consultado em 6 de abril de 2016.
The LLNL scientists created the positrons by shooting the lab's high-powered Titan laser onto a one-millimeter-thick piece of gold.
- ↑ https://lasers.llnl.gov/workshops/user_group_2012/docs/7.3_chen.pdf Lab production of 5MeV positron-electron beams