Antissionismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Antissionismo é a oposição política, moral ou religiosa às várias correntes ideológicas incluídas no sionismo, inclusive ao estado judeu, criado com base nesse conceito.
Eventualmente, o termo também é muitas vezes aplicado à oposição política ao governo de Israel, sobretudo se motivada por denúncias de violações sistemáticas de direitos humanos dos palestinos, incluindo crimes de guerra,[1] mas também à negação ao direito de existência do Estado de Israel.
A linha mais forte e numerosa de antissionistas contudo continua a ser a que deriva de Amin al-Husayni, tio de Yasser Arafat, e tido como um grande mentor do antissemitismo muçulmano.[carece de fontes]
Os antissionistas condenam o movimento sionista por ter promovido a compra e ocupação das terras no Mandato Britânico da Palestina, com o objetivo de criar o Estado de Israel, que consideram artificial. O questionamento sobre a definição de Israel como estado judeu ainda suscita controvérsia e oposição entre os antissionistas há mais de sessenta anos,[2] assim como a ocupação da Cisjordânia.[3]
Antissionismo e antissemitismo
[editar | editar código-fonte]Para uma parcela dos sionistas, o antissionismo é uma manifestação antissemita.[carece de fontes] Normalmente quando não se reconhece Israel como um Estado judeu ou se odeia o país por isso[carece de fontes]. Contudo, não significa que todos os que criticam Israel sejam antissemitas.
Muitos judeus são antissionistas.[4][5] Há judeus agnósticos marxistas, como Ralph Shoenman, Michel Warschawski e Norman Finkelstein, como também há os adeptos ao movimento Neturei Karta que se autodenominam antissionistas. Igualmente, alguns proeminentes intelectuais judeus que defendem a desocupação dos territórios palestinos e/ou a eliminação do Estado de Israel são considerados antissemitas por alguns outros judeus e frequentemente são proibidos de entrar em território israelense.[6][7]
Referências
- ↑ «Israel comete violações aos direitos humanos». Human Rights Watch. Consultado em 4 de janeiro de 2024
- ↑ No, anti-Zionism is not anti-semitism. " As an idea, a Jewish homeland was always controversial. As a reality, Israel still is - and it is not anti-Jewish to say so." Por Brian Klug. The Guardian, 3 de dezembro de 2003.
- ↑ Israel’s Contested Identity and the Mediterranean. The territorial-political axis: Eretz Israel versus Medinat Israel, p.8 Arquivado em 10 de junho de 2010, no Wayback Machine., por Raffaella A. Del Sarto. The Hebrew University of Jerusalem. Department of International Relations, 2002.
- ↑ «Mônica Bergamo: Coletivo de judeus defende Lula e diz que petista externou 'o que está no imaginário'». Folha de S.Paulo. 19 de fevereiro de 2024. Consultado em 21 de fevereiro de 2024
- ↑ Anti-Zionism is anti-semitism, por Emanuele Ottolenghi. The Guardian, 29 de novembro de 2003.
- ↑ Edward Alexander e Paul Bogdanor. The Jewish Divide Over Israel: Accusers and Defenders.Transaction Publishers, New Brunswick, New Jersey 2006.
- ↑ “Progressive” Jewish Thought and the New Anti-Semitism Arquivado em 12 de março de 2010, no Wayback Machine., por Alvin H. Rosenfeld. American Jewish Committee, 2006. O documento do American Jewish Committee cita, entre esses judeus antissemitas, o linguista Noam Chomsky, o escritor Joel Kovel, o historiador Norton Mezvinsky, o cientista político Norman Finkelstein, o fundador do International Solidarity Movement, Adam Shapiro, o filósofo e historiador das religiões Daniel Boyarin, o rabino David Weiss Halivni e o teólogo Marc H. Ellis, entre outros.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Norman Finkelstein: Historiador de origem judaica faz crítica ao movimento sionista. Folha de S.Paulo, 15 de janeiro de 2009.
- Zionist Ideology and Propaganda: In Israel, America, and Germany, por Kenneth Lewan, 15 de maio de 2008