Arco de Galiano – Wikipédia, a enciclopédia livre
Arco de Galiano | |
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Arco de Galiano, Roma | |
Informações gerais | |
Tipo | Arco |
Construção | Construído durante a era augusta, reedificado em 262 d.C. |
Promotor | desconhecido (reedificado por Marcus Aurelius Victor) |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | Região V - Esquílias |
Coordenadas | 41° 53′ 45″ N, 12° 30′ 05″ L |
Arco de Galiano |
O Arco de Galiano (em latim: Arcus Gallieni) é o nome dado à Porta Esquilina, um antigo arco romano e entrada da muralha Serviana de Roma, Itália. É um dos poucos monumentos que restam do século III. Foi aqui que as antigas estradas romanas Via Labicana e Via Tiburtina começaram. Os dois portões laterais foram destruídos em 1447.
História
[editar | editar código-fonte]O arco foi reconstruído em estilo monumental no período de Augusto.[1] A intenção inicial não seria a de construir um arco triunfal, mas sim um arco com função de porta de entrada na muralha da cidade República Romana de Roma. [2] Em 262, o equestre (Marcus) Aurelius Victor,[3] membro da casa imperial, reedificou o arco ao imperador Galiano e à sua esposa, Salonina, substituindo a inscrição original.[2] O propósito da reedificação foi equilibrar a publicidade negativa que o imperador Galiano ganhou fruto dos vários impasses que o Império sofreu durante o seu reinado.[2]
Localização
[editar | editar código-fonte]O arco ainda continua erguido na Via San Vito, o antigo Clivus Suburanus - a sequência, a Via S. Martino ai Monti, segue o curso do antigo Argileto, a estrada principal para o Fórum Romano.
Já no período de Augusto, a Porta Esquilina foi considerada incluída no Fórum Esquilino, que incluía o mercado denominado Macelo de Lívia (em latim: Macellum Liviae). Quando os edifícios foram abandonados no final da Idade Antiga, a diaconia e o mosteiro de San Vito ficaram encarregues dos mesmos, conforme registado no Itinerário de Einsiedeln. É nesta igreja que agora repousam os restos do arco.
Arquitetura
[editar | editar código-fonte]O único arco sobrevivente é feito de travertino, com 8,80 metros de altura, 7,30 metros de largura e 3,50 metros de profundidade. É suportado por pilares com 1,40 metros de largura e 3,50 metros de profundidade. Fora desses pilares, encontram-se duas pilastras com a mesma profundidade, tendo, por cima, capitéis coríntios. Os pilares sustentam um entablamento horizontal de 2 metros de altura e que contém uma inscrição dedicatória na arquitrave. Em cada lado do arco existe uma cornija simples por baixo da sua mola. Um desenho do século XV mostra pequenos arcos laterais.[4] Estes arcos pedestres foram demolidos durante o esse mesmo século.[5]
Inscrições
[editar | editar código-fonte]Inscrição original em Latim | Tradução em Português |
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Estas duas linhas sobreviventes representam o fim de uma inscrição.[6] O grande espaço em branco retangular acima deles tinha lajes de mármore fixadas, com o início da inscrição - os orifícios perfurados para as fixações de metal das lajes ainda são visíveis atualmente. A parte que faltava na inscrição provavelmente chamaria o imperador Valeriano, pai de Galiano, que foi capturado pelos persas do Império Sassânida em 260 d.C.[5]
Referências
- ↑ Thein, Alexander. "Porta Esquilina" em Digital Augustan Rome.
- ↑ a b c Southern, Patricia (2015). The Roman Empire from Severus to Constantine. [S.l.]: Routledge. 136 páginas. ISBN 978-1317496946
- ↑ Mennen, Inge. "Power and Status in the Roman Empire, AD 193-284" no Volume 12 de The Impact of Empire, Koninklijke Brill, Leiden, Países Baixos, 2011. Página 230.
- ↑ «LacusCurtius • Arches of Ancient Rome (Platner & Ashby, 1929)». penelope.uchicago.edu (em inglês). Consultado em 31 de dezembro de 2017
- ↑ a b Claridge, Amanda (2010). Rome: An Oxford Archaeological Guide (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. 335 páginas. ISBN 9780199546831
- ↑ CIL VI.1106; ILS 548
Fontes
[editar | editar código-fonte]- Corpus Inscriptiorum Latinarum VI.1106