Armando Bógus – Wikipédia, a enciclopédia livre
Armando Bógus | |
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Armando Bógus como o Zé das Medalhas de Roque Santeiro. | |
Nome completo | Armando Assad Bógus |
Nascimento | 19 de abril de 1930 São Paulo, SP |
Morte | 2 de maio de 1993 (63 anos) São Paulo, SP |
Causa da morte | Leucemia |
Nacionalidade | brasileiro |
Parentesco | Luis Nassif (primo) |
Cônjuge | Irina Grecco (1959-1977) Elizabeth Nunes Souza (1977-1993) |
Ocupação | ator |
Período de atividade | 1949—1993 |
Principais trabalhos | Zé das Medalhas em Roque Santeiro |
Armando Assad Bógus (São Paulo, 19 de abril de 1930 — São Paulo, 2 de maio de 1993)[1] foi um ator brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Armando Bógus estreou como ator em 1955, com a peça Moral em Concordata, que se transformou no seu primeiro filme em 1959. Na televisão começou na TV Excelsior e, no teatro, destaca-se sua parceria com o diretor Ademar Guerra, participando em peças como Marat/Sade (1967) e na primeira montagem de Hair no Brasil, em 1969. Fundou, com Antunes Filho e Felipe Carone o Pequeno Teatro de Comédia, o PTC, enquanto encenava peças brasileiras.[2] Na televisão, Armando Bógus viveu personagens marcantes da teledramaturgia brasileira e foi um dos atores da primeira versão de Vila Sésamo, primeiro na TV Cultura e depois na Rede Globo, em 1972, ao lado de Sônia Braga, Laerte Morrone e Aracy Balabanian.
Nas novelas, os seus personagens mais marcantes foram: o comerciante Nacib em Gabriela (1975); o austero Estêvão em O Casarão (1976); o médico Daniel em Ciranda de Pedra (1981); Licurgo Cambará na minissérie O Tempo e o Vento (1985); o avarento Zé das Medalhas em Roque Santeiro (1985); o esperto Modesto Pires em Tieta (1989) e o vilão Cândido Alegria, personagem que construiu se inspirando no Fradinho, do Henfil, e no padrão clássico do político mineiro,[2] em Pedra Sobre Pedra (1992), a sua última telenovela.
“ | Se me perguntar qual é o caráter do brasileiro, diria que é um cara que gosta dos Beatles, mas sem exagero. Para estereotipar menos, prefiro usar a intuição.[2] | ” |
Foi casado duas vezes, a primeira com a atriz Irina Grecco, com quem teve um filho.
Armando Bógus estudou no Colégio Marista Arquidiocesano. Na década de 1950, foi expulso de dois colégios de São Paulo por militar em grupos de esquerda.[2] Era primo do jornalista Luís Nassif.
Morreu devido a uma leucemia, tendo ficado internado por dois meses no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, submetendo-se a uma quimioterapia, em 2 de maio de 1993.[3]
Filmografia
[editar | editar código-fonte]Televisão
[editar | editar código-fonte]Ano | Título | Personagem | Emissora |
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1956 | Os Jograis de São Paulo | Declamador | Rede Tupi |
1958 | Grande Teatro Tupi | ||
1959 | Grande Teatro Tupi | ||
Enteatro Tv Tupi | |||
1960 | Grande Teatro Johnnie Walker TV Tupi: Um Certo Sorriso | ||
Grande Teatro Tupi: o Matarás | |||
Grande Teatro Tupi: Os Três Camaradas | |||
Grande Teatro Tupi: Todos Eram Meus Filhos | |||
1961 | Grande Teatro Tupi: O Milagre | ||
Teatro Nove TV Excelsior | TV Excelsior | ||
1962 | Tele-Teatro Brastemp TV Excelsior: Uma Garota do Interior | ||
1962/1963 | Gente como a Gente | TV Record | |
1964 | A Outra Face de Anita | Hugo Castro Brito | Rede Excelsior |
As Solteiras | Luiz Emílio Oliveira | ||
O Pintor e a Florista | Marcos Bastos Lemos | ||
1965 | Os Quatro Filhos | Gérson Rodrigues Paiva | |
1966 | As Minas de Prata | Cristovão Araújo (Dom Cristovão) | |
Redenção | Eduardo Cabral Salles | ||
1968 | Legião dos Esquecidos | Roberto Freitas Amaral | |
1969 | Sangue do Meu Sangue | Maurício Camargo | |
1970-1971 | Convite à Dança | TV Cultura | |
1970 | A Próxima Atração | Paulo de Sá Ramos (Pardal) | Rede Globo |
1972 | Vila Sésamo | Juca (1972-1975) | |
1975 | Gabriela | Nacib Achar Saad | |
1976 | O Casarão | Estevão Bastos | |
1977 | Sem Lenço, sem Documento | Henrique Prazeres (Dr. Henrique) | |
1978 | Pecado Rasgado | Nélio de Assis Mendes | |
1979 | Marron Glacê | Nestor Barros Alcântara | |
1980 | Chega Mais | Nestor (Participação especial no primiro capítulo) | |
Coração Alado | Jorge Gamela Paes (Gamela) | ||
1981 | Ciranda de Pedra | Daniel Freitas (Dr. Daniel) | |
1982 | Final Feliz | Alfredo Marins Rocha | |
Sétimo Sentido | Valério Ribeiro | ||
1982-1986 | Caso Verdade | ||
1983 | Champagne | Farid El Adib | |
Louco Amor | Carlos Sampaio Alves | ||
Quarta Nobre | |||
Sítio do Picapau Amarelo | Rei | ||
1984 | Meu Destino É Pecar | Ele Mesmo (Narrador) | |
Partido Alto | Arthur Alencar Nunes | ||
1985 | O Tempo e o Vento | Licurgo Cambará | |
Roque Santeiro | José Ribamar de Aragão (Zé das Medalhas) | ||
1987 | Expresso Brasil | Nacib / Zé das Medalhas | |
Bambolê | Gabriel Alvarenga Lopes | ||
1988 | Bebê a Bordo | Luís Lima Gonzaga (Liminha) | |
Tarcísio & Glória | Matias | ||
1989 | Tieta | Jorge Modesto Pires (Modesto Pires) | |
1990 | Meu Bem, Meu Mal | Felipe Brandão de Mello | |
1991 | Escolinha do Professor Raimundo/Os trapalhões | Sandoval Quaresma | |
1992 | Pedra sobre Pedra | Cândido Alegria | |
1993 | Sex Appeal | Baltazar Custódio (Baltazar) |
Cinema
[editar | editar código-fonte]Ano | Título | Papel |
---|---|---|
1958 | Macumba na Alta | Pinta |
1959 | Moral em Concordata | Chico |
1968 | Anuska, Manequim e Mulher | amigo de Sabato |
1969 | A Compadecida | João Grilo |
1970 | Parafernália, o Dia da Caça | Paulo[4] |
1978 | Doramundo | Dr. Guizot [5] |
J.J.J., O Amigo do Super-Homem | João Juca Júnior (J.J.J.) | |
O Cortiço | João Romão | |
1980 | Paula - A História de uma Subversiva | Oliveira |
Por um Corpo de Mulher | Vítor | |
Teu Tua | Nelson | |
1982 | Os Campeões | Mário |
Teatro
[editar | editar código-fonte]Ano | Título |
---|---|
1949 | Pif-Paf |
1954 | Chapéu de Palha da Itália |
1954–1956 | Esses Fantasmas |
1956 | Moral em Concordata |
1956–1957 | Ritmos e Cores: Inezita Barroso e os Jograis de São Paulo |
1956/1961 | Recital Os Jograis de São Paulo |
1957 | O Auto da Compadecida |
1957 | Voyage a Trois |
1958–1959 | A Compadecida |
1958–1959 | Alô! 36-5499 |
1959 | Pic-Nic |
1959–1960 | Plantão 21 |
1961 | Fogo na Barba! |
1962 | As Visões de Simone Machard |
1962 | Teatro Nove |
1964–1965 | O Ovo |
1965–1966 | A Megera Domada |
1966 | Oh, Que Delícia de Guerra! |
1966–1967 | Teatro como no Teatro |
1967 | Marat |
1969–1971 | Hair |
1969 | Auto da Compadecida |
1971 | Hair |
1973 | El Grande de Coca-Cola |
1974 | Lulu |
1975–1979 | Bonifácio Milhões |
1976 | Teatro 2 |
1979 | Recital Os Jograis |
1980 | Transaminases |
1986–1987 | Bonifácio Bilhões |
1990 | Mistérios de Curitiba |
Referências
- ↑ «Armando Bógus». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 2 de maio de 2020
- ↑ a b c d Veja, edição 1287, de 12 de maio de 1993)
- ↑ «Bis!: Armando Bógus e seus personagens marcantes na televisão e no teatro». Rede Globo. Consultado em 2 de maio de 2020
- ↑ Cinemateca Brasileira Parafernália, o Dia da Caça [em linha]
- ↑ «Doramundo». Cinemateca Brasileira. Consultado em 7 de julho de 2024
ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Armando Bógus. no IMDb.