Arquimandrita – Wikipédia, a enciclopédia livre

O Patriarca Melquita-Católico Gregório III (centro da foto) com alguns arquimandritas visitando o Santuário de Caravaggio, Itália em 11 de setembro 2008.

Arquimandrita (grego: ἀρχιμανδρίτης - archimandrìtis) é um título dado pelas Igrejas orientais, sejam elas ortodoxas ou católicas, aos hegúmenos, ou aos sacerdotes celibatários que sejam dignos de honra pelos seus serviços prestados (os sacerdotes casados podem receber o título de arcipreste). O equivalente latino, em relação quando é dado para tais presbíteros celibatários, poderia ser o título de monsenhor.

Etimologicamente, significa Superior do Mosteiro (de ἀρχη (arkhè), "maior", ou "archon", "governante", e μάνδρα (mándra), "clausura" ou "redil", denotando "mosteiro").[1].

A dignidade eclesiástica de arquimandrita é dada com o rito da quirotesia (equivalente no Ocidente à bênção abacial) diretamente do Patriarca, pelas suas mãos (ou de um seu delegado).[2]

Na sua origem, referia-se ao abade superior que um bispo apontava para supervisionar outros abades ou mosteiros, ou a um abade de um mosteiro notório. Por isso, hoje este título é apenas dado aos presbíteros "monásticos", ou seja, celibatários.

Igrejas Católicas Orientais

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Nas Igrejas orientais católicas, o arquimandrita usa o mesmo chapéu dos bispos (epanokalimáfion) e usa uma cruz peitoral (stavrophoros - "portador da cruz").

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Na Divina Comédia, Dante Alighieri chama de Arquimandrita São Francisco de Assis.

  • Plank, Peter; "Archimandrite", em Fahlbusch, Erwin, Encyclopedia of Christianity, 1, Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, p. 118, ISBN 0802824137 (em inglês)
  • Dictionnaire d'archéologie chrétienne et de liturgie (em francês)

Referências

  1. Valentin L. Janin, « Les monastères dans la ville médiévale russe : le cas de Novgorod, Xe-XVe siècles », in Moines et monastères dans les sociétés de rite grec et latin, sous la direction de Jean-Loup Lemaître, Michel Dmitriev et Pierre Gonneau, École pratique des hautes études, IVe section, sciences historiques et philologiques, V, Hautes études médiévales et modernes, 76, Droz, Genève, 1996, p. 225.
  2. Evgeni. E. Goloubinski, Istoria russkoï Tserkvi (Histária da Igreja russa), Moscova, 1880-1911, I, 2, p. 593 et suiv.
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