Arquimandrita – Wikipédia, a enciclopédia livre
Arquimandrita (grego: ἀρχιμανδρίτης - archimandrìtis) é um título dado pelas Igrejas orientais, sejam elas ortodoxas ou católicas, aos hegúmenos, ou aos sacerdotes celibatários que sejam dignos de honra pelos seus serviços prestados (os sacerdotes casados podem receber o título de arcipreste). O equivalente latino, em relação quando é dado para tais presbíteros celibatários, poderia ser o título de monsenhor.
Etimologicamente, significa Superior do Mosteiro (de ἀρχη (arkhè), "maior", ou "archon", "governante", e μάνδρα (mándra), "clausura" ou "redil", denotando "mosteiro").[1].
A dignidade eclesiástica de arquimandrita é dada com o rito da quirotesia (equivalente no Ocidente à bênção abacial) diretamente do Patriarca, pelas suas mãos (ou de um seu delegado).[2]
Origem
[editar | editar código-fonte]Na sua origem, referia-se ao abade superior que um bispo apontava para supervisionar outros abades ou mosteiros, ou a um abade de um mosteiro notório. Por isso, hoje este título é apenas dado aos presbíteros "monásticos", ou seja, celibatários.
Igrejas Católicas Orientais
[editar | editar código-fonte]Nas Igrejas orientais católicas, o arquimandrita usa o mesmo chapéu dos bispos (epanokalimáfion) e usa uma cruz peitoral (stavrophoros - "portador da cruz").
Curiosidades
[editar | editar código-fonte]Na Divina Comédia, Dante Alighieri chama de Arquimandrita São Francisco de Assis.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Plank, Peter; "Archimandrite", em Fahlbusch, Erwin, Encyclopedia of Christianity, 1, Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, p. 118, ISBN 0802824137 (em inglês)
- Dictionnaire d'archéologie chrétienne et de liturgie (em francês)
Referências
- ↑ Valentin L. Janin, « Les monastères dans la ville médiévale russe : le cas de Novgorod, Xe-XVe siècles », in Moines et monastères dans les sociétés de rite grec et latin, sous la direction de Jean-Loup Lemaître, Michel Dmitriev et Pierre Gonneau, École pratique des hautes études, IVe section, sciences historiques et philologiques, V, Hautes études médiévales et modernes, 76, Droz, Genève, 1996, p. 225.
- ↑ Evgeni. E. Goloubinski, Istoria russkoï Tserkvi (Histária da Igreja russa), Moscova, 1880-1911, I, 2, p. 593 et suiv.