Assurnasirpal II – Wikipédia, a enciclopédia livre
Assurnasirpal II | |
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Rei da Assíria Rei dos Quatro Cantos do Mundo Glorioso Rei das Terras Rei de Todos os Povos | |
Detalhe da estela de Assurnasirpal II no Museu Britânico. | |
Rei do Império Neoassírio | |
Reinado | 884 - 859 a.C. |
Antecessor(a) | Tuculti-Ninurta II |
Sucessor(a) | Salmanaser III |
Cônjuge | Mulissu-Mucanixateninua |
Dinastia | Adasida |
Pai | Tuculti-Ninurta II |
Filho(s) | Salmanaser III |
Assurnasirpal ou Assurnasirabal II (em acádio: Aššur-nāṣir-apli; lit. "Assur é o protetor do herdeiro")[1] foi o rei do Império Neoassírio, sendo filho de Tuculti-Ninurta II, seu antecessor. Havia governado de 884 a 859 a.C..
Reinado
[editar | editar código-fonte]Construções
[editar | editar código-fonte]Assurnasirpal escolheu Ninrude (o antigo Calú) como sua capital. A cidade, cercada por uma parede de tijolos de barro, cobria quase 900 acres ao longo do rio Tigre, no norte do Iraque. Uma cidadela fortificada de cerca de cinquenta acres com templos, edifícios públicos e monumentos dominaram esta paisagem urbana. Em sua cidadela, ele construiu seu próprio palácio, hoje chamado de Palácio Noroeste, que foi completa por volta de 860 a.C..[2]
Campanhas e outros feitos
[editar | editar código-fonte]Quando subiu ao trono em 884 a.C., Assurnasirpal teve que atender às revoltas que eclodiram em todo o império.[3] No leste, ele no início de seu reinado esfolou publicamente o governador rebelde de Nistum em Arbela (atual Irbil, Iraque) e, após breves expedições em 881 - 880 a.C., não houve mais problemas lá.[4]
Já no norte, Assurnasirpal frustrou a pressão aramaica sobre a cidade assíria de Dandamusa, invadindo a fortaleza rebelde de Quinabu e devastando a terra de Nairi (Armênia). Ele organizou uma nova província assíria de Tussã para controlar a fronteira e nela recebeu homenagem do ex-oponente de seu pai, Amebali. Em 879 a.C., no entanto, as tribos nas colinas Cassiari se revoltaram e assassinaram Amebali. A vingança assíria foi rápida e implacável. Por fim, no oeste, o rei assírio subjugou os arameus, extraindo submissão do poderoso estado de Bite-Adini, e posteriormente marchou sem oposição até o mar Mediterrâneo por meio de Carquemis e do rio Orontes, recebendo tributos ao longo do caminho e das cidades da Fenícia.[4]
Ele fortificou e fortaleceu suas fronteiras e depois as expandiu por meio de campanhas que encheram o tesouro real de saques. Tendo assegurado seu império, Assurnasirpal voltou a manter o foco para sua capital em Assur, que ele renovou (como também fez com Nínive e muitas outras cidades durante seu reinado). Assur estava entre as cidades mais prósperas da Assíria e fora a capital do Império Assírio desde o reinado de Adadenirari I (r. 1307–1275 a.C.).[3]
Referências
- ↑ Machado, José Pedro. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, verbete "Assurnasirabal".
- ↑ Cohen & Kangas 2010, p. 47.
- ↑ a b Mark 2014.
- ↑ a b Editores 2000.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Cohen, Ada; Kangas, Steven E. (2010). Assyrian Reliefs from the Palace of Ashurnasirpal II: A Cultural Biography. Nova Hampshire: UPNE
- Mark, Joshua J. (17 de julho de 2014). «The Banquet Stele of Ashurnasirpal II». Enciclopédia da Antiga História. Consultado em 31 de dezembro de 2020
- Editores (12 de janeiro de 2000). «Ashurnasirpal II». Britânica Online. Consultado em 1 de janeiro de 2021