Autumn Leaves – Wikipédia, a enciclopédia livre
Autumn Leaves | |
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Cartaz promocional do filme | |
No Brasil | Folhas Mortas |
Em Portugal | Folhas de Outono |
Estados Unidos 1956 • p&b • 106 min | |
Gênero | drama psicológico |
Direção | Robert Aldrich |
Produção | William Goetz |
Roteiro | Jean Rouverol (não-creditada) Hugo Butler (não-creditado) Lewis Meltzer Robert Blees Jack Jevne |
Elenco | Joan Crawford |
Música | Hans J. Salter Morris Stoloff |
Cinematografia | Charles Lang |
Direção de arte | Bill Glasgow William Flannery |
Figurino | Jean Louis |
Edição | Michael Luciano |
Companhia(s) produtora(s) | Columbia Pictures |
Distribuição | Columbia Pictures |
Lançamento |
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Idioma | inglês |
Orçamento | US$ 765.000[2] |
Receita | US$ 1.1 milhão[3] |
Autumn Leaves (bra: Folhas Mortas; prt: Folhas de Outono)[4][5][6] é um filme estadunidense de 1956, do gênero drama psicológico, dirigido por Robert Aldrich, estrelado por Joan Crawford, e co-estrelado por Cliff Robertson. O roteiro foi escrito por Jean Rouverol e Hugo Butler, embora tenha sido creditado a Lewis Meltzer, Robert Blees e Jack Jevne (servindo de fachada), já que Rouverol e Butler estavam na lista negra de Hollywood na época do lançamento do filme.[1]
A trama retrata a história de uma mulher que se apaixona por um homem mais jovem com graves problemas mentais.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Millicent "Milly" Wetherby (Joan Crawford) é uma mulher de meia-idade cuja vida carece de amor e afeição. Os dias solitários de Milly mudam quando ela conhece Burt Hanson (Cliff Robertson), um rapaz mais jovem e carismático. Depois que Burt a conquista e pede sua mão em casamento, Milly começa a desconfiar que ele talvez sofra de algum transtorno mental sério. A vida da mulher começa a ficar ainda mais complicada quando Virginia Hanson (Vera Miles), uma mulher que alega ser a primeira esposa de Burt, aparece.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Joan Crawford como Millicent "Milly" Wetherby
- Cliff Robertson como Burt Hanson
- Vera Miles como Virginia Hanson
- Lorne Greene como Sr. Hanson
- Ruth Donnelly como Liz Eckhart
- Shepperd Strudwick como Dr. Malcolm Couzzens
- Selmer Jackson como Sr. Wetherby
- Maxine Cooper como Enfermeira Evans
- Marjorie Bennett como Garçonete
- Frank Gerstle como Sr. Ramsey
- Leonard Mudie como Coronel Hillyer
- Maurice Manson como Sr. Masterson
- Boh Hopkins como Mesário
Produção
[editar | editar código-fonte]O título de produção original do filme foi "The Way We Are".[1] Robert Aldrich o desenvolveu originalmente para sua própria empresa, a Associates and Aldrich, e foi anunciado em julho de 1954, baseado em um roteiro original de Jack Jevne.[7]
Aldrich contratou Joan Crawford para o papel principal e vendeu os direitos de exibição para William Goetz, que possuía um contrato com a Columbia Pictures. As filmagens começaram em 25 de agosto de 1955.[8]
Música
[editar | editar código-fonte]O título foi alterado para capitalizar o sucesso da canção popular "Autumn Leaves", cantada por Nat King Cole. A personagem de Crawford gosta da música, mas a canção não é identificada pelo nome no roteiro. A interpretação de Cole é usada na sequência de abertura e nos créditos finais do filme.[1]
O título original da música é "Les feuilles mortes", com melodia de Joseph Kosma e letra de Jacques Prévert. A letra da versão inglesa foi escrita pelo compositor estadunidense Johnny Mercer em 1949. A canção foi apresentada por Yves Montand no longa-metragem francês "Les Portes de la Nuit" (1946).[1]
Recepção
[editar | editar código-fonte]Embora Bosley Crowther tenha criticado negativamente o filme em sua crítica para o The New York Times (chamando-o de "conto sombrio"),[9] Lawrence J. Quirk, em sua crítica para o Motion Picture Herald; e William Zinsser, em sua crítica para o New York Herald Tribune, comentaram favoravelmente sobre o filme. "Autumn Leaves" foi um modesto sucesso de bilheteria, principalmente entre as fãs mulheres de Crawford.[10]
Joan gostou muito do filme, considerando-o o "melhor filme de mulher mais velha/homem mais jovem já feito", e acrescentou: "Tudo deu certo em Autumn Leaves. O elenco era perfeito, o roteiro era bom e acho que Bob [Aldrich] lidou bem com tudo. Eu realmente acho que Cliff fez um trabalho estupendo; outro ator cuspiria suas falas e mastigaria o cenário, mas ele evitou essa armadilha. Acho que o filme como um todo foi muito melhor do que alguns dos filmes românticos que fiz no passado […] mas, de alguma forma, nunca se tornou muito conhecido. Foi eclipsado pelo filme que fiz com Bette Davis".[11]
O filme cresceu entre os fãs de Aldrich desde sua estreia em 1956, e agora é considerado um dos melhores filmes do diretor. Dan Callahan, da Slant Magazine, escreveu: "Todos os primeiros trabalhos de Aldrich são intrigantes, mas Autumn Leaves é sua joia secreta. Hoje em dia, o filme é considerado camp por causa de sua estrela, Joan Crawford, mas Aldrich traz definições claras para este filme feminino. A colisão de seu estilo valentão com o material novelesco cria um filme que nunca perde sua tensão nauseante".[12]
Crawford e Aldrich anunciaram planos para fazer outro filme juntos, "Storm in the Sun", mas os planos não foram para frente depois que Aldrich teve um desentendimento com a Columbia.[13] No entanto, os dois trabalharam juntos novamente em "What Ever Happened to Baby Jane?" (1962).
Prêmios e indicações
[editar | editar código-fonte]Ano | Cerimônia | Categoria | Indicado | Resultado | Ref. |
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1956 | Festival Internacional de Cinema de Berlim | Urso de Prata de melhor diretor | Robert Aldrich | Venceu | [14] |
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Ewald Filho, Rubens – Dicionário de Cineastas – 3ª. Edição – 2002 – Companhia Editora Nacional ISBN 85-04-00088-5
- Harbach, Estevão Rainer – Guia de Filmes 2000 – Grafiven: Gráfica e Editora Venezuela
Referências
- ↑ a b c d e «The First 100 Years 1893–1993: Autumn Leaves (1956)». American Film Institute Catalog. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Alain Silver and James Ursini, Whatever Happened to Robert Aldrich?, Limelight, 1995 p. 244
- ↑ 'The Top Box-Office Hits of 1956', Variety Weekly, 2 de janeiro de 1957
- ↑ «Folhas Mortas (1956)». 65anosdecinema. Consultado em 26 de outubro de 2022. Arquivado do original em 26 de setembro de 2011
- ↑ «Folhas Mortas (1956)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ «Folhas de Outono (1956)». Portugal: Público. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Weiler, A. H. (4 de julho de 1954). «RANDOM OBSERVATIONS ON PEOPLE AND PICTURES: Story of Gen. Billy Mitchell Planned By Wayne-Fellows — Other Matters». The New York Times. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Pryor, Thomas M. (7 de agosto de 1955). «HOLLYWOOD CANVAS: Aldrich and Sinatra in Full Throttle –Debate — Science-Fiction Derby». The New York Times. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Crowther, Bosley (2 de agosto de 1956). «Screen: A New Agonizer; Joan Crawford Stars in 'Autumn Leaves'». The New York Times. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Quirk, Lawrence J. (outubro de 1970) [1968]. The Films of Joan Crawford. Col: Film Books. [S.l.]: Lyle Stuart, Inc. ISBN 978-0806503417
- ↑ Lawrence J. Quirk; William Schoell (2002). Joan Crawford: The Essential Biography. [S.l.]: University Press of Kentucky. ISBN 978-0-8131-2254-0
- ↑ Callahan, Dan (16 de junho de 2004). «Review: Autumn Leaves». Slant Magazine. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Pryor, Thomas M. (16 de dezembro de 1955). «INGRID BERGMAN TO DO 'ANASTASIA'; Actress Signed by Zanuck for Film to Be Made in Austria and Paris». The New York Times. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ «6th Berlin International Film Festival: Prize Winners». berlinale.de. Consultado em 18 de abril de 2023. Arquivado do original em 15 de outubro de 2013