Baleia-bicuda-de-bahamonde – Wikipédia, a enciclopédia livre

Baleia-bicuda-de-bahamonde
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Infraordem: Cetacea
Família: Ziphiidae
Gênero: Mesoplodon
Espécies:
M. traversii
Nome binomial
Mesoplodon traversii
(Gray, 1874)
Sinónimos
  • Dolichodon traversii Gray, 1874
  • Mesoplodon bahamondi Reyes, van Waerebeek, Cárdenas and Yáñez, 1995

A baleia-bicuda-de-bahamonde (Mesoplodon traversii) é um cetáceo da família dos zifiídeos (Ziphiidae) encontrado no oceano Pacífico.[2]

Existem somente cinco espécimes conhecidos, todos do sul do Oceano Pacífico: quatro vieram da Nova Zelândia e um do Chile. Embora os registros até o momento sejam todos de águas temperadas quentes, a espécie pode ser mais amplamente distribuída.[3] É atualmente considerada a espécie de cetáceo mais rara do mundo.[4]

Excelente mergulhadora, a M. traversii alimenta-se de lulas e peixes pequenos, tem dentes e um focinho semelhante ao dos golfinhos, daí o seu nome comum.

É particularmente difícil distinguir entre diferentes espécies de baleias-de-bico usando apenas caracteres morfológicos externos. Descrições tradicionais focam na posição e no formato dos dentes de machos maduros; no entanto, esse não é um caráter diagnóstico útil para fêmeas e juvenis, pois os dentes não irrompem. O diagnóstico de espécies usando padrões de cores também é problemático devido à sua rápida deterioração após óbito. Consequentemente, nas últimas duas décadas, uma ênfase maior foi colocada em informações genéticas para complementar dados morfométricos e registros fotográficos.[4]

A M. traversii distingue-se pelo seu melão proeminente e pela coloração cinza-escura ou preta do rostro. Também tem um tapa-olho escuro, barriga branca e nadadeiras escuras.[4]

Exemplares achados

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Os seus vestígios limitavam-se a alguns ossos – uma mandíbula encontrada em 1872 e dois crânios em 1950 e 1986. Os escassos ossos que se conheciam dela tinham sido descobertos sobretudo na Nova Zelândia: a mandíbula no arquipélago das Chatham e um dos crânios na ilha Branca. No Chile, na ilha Robinson Crusoe, encontrou-se o segundo crânio em 1986.

Em dezembro de 2010 foram encontrados na praia de Opape, Nova Zelândia, 2 exemplares, uma baleia adulta, com 5,3 metros de comprimento, e a sua cria, um macho de 3,5 metros. Ao início foram identificados erradamente como M. grayi mas o ADN revelou que os dois exemplares pertenciam à espécie M. traversii.

Mãe e cria acabaram por morrer, mas os investigadores conseguiram fazer a primeira descrição completa desta espécie. Os esqueletos dos dois animais descobertos foram levados para o Museu de Nova Zelândia Te Papa Tongarewa, em Wellington, para mais estudos morfológicos.[5]

  • MEAD, J. G.; BROWNELL, R. L. (2005). Order Cetacea. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.) Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3ª edição. Baltimore: Johns Hopkins University Press. p. 723-743.

Referências

  1. Pitman, R.L.; Taylor, B.L. (2020). «Mesoplodon traversii». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2020: e.T41760A50383956. doi:10.2305/IUCN.UK.2020-3.RLTS.T41760A50383956.enAcessível livremente. Consultado em 11 de novembro de 2021 
  2. «Mesoplodon traversii (Gray, 1874)». WoRMS - World Register of Marine Species (em inglês). Consultado em 15 de setembro de 2024 
  3. Pitman, R.L. & Taylor, B.L. (23 de agosto de 2020). «Mesoplodon traversii: e.T41760A50383956». IUCN. The IUCN Red List of Threatened Species 2020 (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2020-3.rlts.t41760a50383956.en. Consultado em 15 de setembro de 2024 
  4. a b c Thompson, Kirsten; Baker, C. Scott; van Helden, Anton; Patel, Selina; Millar, Craig; Constantine, Rochelle (novembro de 2012). «The world's rarest whale». Current Biology (21): R905–R906. ISSN 0960-9822. doi:10.1016/j.cub.2012.08.055. Consultado em 15 de setembro de 2024 
  5. «A baleia mais rara do mundo deu à costa e foi vista pela primeira vez» 
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