Banco Sulbrasileiro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Banco Sulbrasileiro
Razão social Banco Sul Brasileiro S/A
Atividade Serviços financeiros
Fundação 1972
Destino Fundiu-se com o Banco Habitasul
Encerramento 1985
Sede Brasil Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Área(s) servida(s) Em todas as agências do Brasil
Produtos Banco
Antecessora(s) Banco da Província
Banco Nacional do Comércio
Banco Industrial e Comercial do Sul
Sucessora(s) Banco Meridional
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O Banco Sul Brasileiro S/A foi criado em 1972 com a fusão do Banco Nacional do Comércio (Banmercio), Banco da Província e do Banco Industrial e Comercial do Sul (Sulbanco)[1][2] sob pressão do governo estadual[3].

Após a fusão, um dos primeiros problemas foi designar os dirigentes da nova instituição - a diretoria executiva foi composta por 11 membros: presidente, vice e três diretores originários do Banmércio, quatro do Sulbanco, um do Banco da Província, somente um não ligado a nenhuma instituição.[3] Os diretores do Banmércio, o primeiro a ser controlado pelo Montepio da Família Militar, apesar do menor capital passaram a ocupar os postos-chave.[3] Outro problema foi a superposição de agências, o fechamento de algumas, levou à concentração excessiva de pessoal em outras, o que não foi resolvido por diversos anos.[3]

Nos dez anos seguintes o banco procurou se expandir pelo Brasil, enquanto eram fechadas 55 agências no Rio Grande do Sul, São Paulo recebia 37, o Rio 10, Minas Gerais 12, Santa Catarina e Paraná 5 agências cada e outros estados 23, atingindo no final de 1982, 379 agências, 37 a mais do que no momento da fusão.[3] Nos anos seguintes, até a intervenção, o número de agências permaneceu estável.[3]

O banco possuía uma série de ineficiências: era ruim na captação de recursos, em 1981 era a sétima maior rede de agências do país, mas o 15° em depósitos; tinha baixa rentabilidade; um ativo permanente muito grande; baixa produtividade; carteira de crédito de baixa qualidade; etc.[3]

No início de 1984 iniciou negociações para unir forças com o Grupo Habitasul e mais tarde com o Grupo Brasilinvest, de Mário Garnero, porém essas não progrediram.[3]

Em 7 de fevereiro de 1985 o Sulbrasileiro sofreu intervenção do Banco Central do Brasil por problemas de liquidez [3]

Neste mesmo período, junto com a "quebra" do Sulbrasileiro, outros bancos também tiveram problemas de liquidez e sofreram intervenção, liquidação extrajudicial ou incorporação. São exemplos, além do Habitasul e Brasilinvest que haviam tentado se fundir com o Sulbrasileiro [3], o Banco Auxiliar de São Paulo, Banco de Comércio e Industria do Estado de São Paulo (Comind), Banco Maisonnave, entre outros.

Por pressão dos políticos gaúchos, em maio do mesmo ano a União criou o Banco Meridional do Brasil S/A, com a desapropriação das ações do Sulbrasileiro por meio de decreto-lei federal e outras providências.

Como parte do patrimônio, o Banco Meridional recebeu do Sulbrasileiro cerca de 15 mil itens, incluindo 5 mil terrenos em dez praias, 80 a 90 mil hectares de propriedades rurais.[3]

Referências

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