Baptiste-Louis Garnier – Wikipédia, a enciclopédia livre
Baptiste-Louis Garnier | |
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Nascimento | Jean-Baptiste-Louis Garnier 4 de março de 1823 Quettreville-sur-Sienne |
Morte | 1 de outubro de 1893 (70 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | França |
Irmão(ã)(s) | François-Hippolyte Garnier, Auguste Désiré Garnier |
Ocupação | editor, livreiro |
Distinções |
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Baptiste-Louis Garnier (Quettreville-sur-Sienne, 4 de março de 1823 – Rio de Janeiro, 1 de outubro de 1893)[1][2] foi um dos principais editores do Brasil da segunda metade do século XIX.[3] Vindo da França, no Rio de Janeiro construiu a Livraria Garnier, que editava seus livros no Brasil e os imprimia em Paris e em Londres.[4] Segundo conta-se, "parece ter sido o primeiro editor brasileiro a encarar a impressão e a edição como atividades completamente diferentes"[5]
Filho do açougueiro fazendeiro Jean Baptiste Garnier (1777-1828) e Madeleine-Cécile Lechevallier, Baptiste-Louis Garnier era o mais novo entre os nove filhos do casal.[6] Sua família era proveniente da península do Cotentin, na Normandia, noroeste da França.[7]. Após ter frequentado a escola em Coutances, trabalhou na Garnier Frères em Paris, livraria dos irmãos mais velhos, Auguste, Hippolyte, e Pierre Garnier, até 1844 quando revolveu se mudar para o Brasil e fundar uma filial no Rio de Janeiro.[8]
Fundada com o nome "Garnier Irmãos", a editora no Brasil passou a adotar a firma "B. L. Garnier" após 1852, e, algumas décadas depois, veio a se tornar a Livraria Garnier.[9]
Seu relacionamento profissional com Machado de Assis, publicando pela primeira vez obras como Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), durou cerca de 20 anos,[10] e ampliou o mercado editorial da época.[11]
No final do século XIX, sua saúde ficou precária e a editora foi ao declínio. A área editorial da Garnier foi fechada em 1934, cedendo à "depressão e ao sucesso" do concorrente José Olympio.[12]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Hallewell, Laurence (2012). O livro no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. ISBN 978-85-314-1365-0
- Leão, Andréa Borges (2007). «A livraria Garnier e a história dos livros infantis no Brasil: gênese e formação de um campo literário (1858-1920)». Revista História da Educação (21): 159–183. ISSN 2236-3459. Consultado em 25 de janeiro de 2021
- Vapereau, Gustave (1858). Dictionnaire universel des contemporains. Paris: Hachette. p. 721
- Granja, Lucia (2013). «Entre homens e livros: contribuições para a história da livraria Garnier no Brasil». Livro [Revista do Nucleo de Estudos do Livro e da Edição]. 3: 41-49
Referências
- ↑ «Baptiste-Louis Garnier - registro de nascimento». Archives Départamentales de La Manche. Consultado em 27 de janeiro de 2021
- ↑ Leão 2007, p. 172.
- ↑ Allan Alvaro Jr Santos, Adolfo Caminha, p.200.
- ↑ Rinaldo de Fernandes,Tripoli Gaudenzi, O Clarim e a oração: cem anos de Os sertões (Geração Editorial, 2002), p.230. ISBN 8575090550
- ↑ Vera Teixeira de Aguiar,Alice Áurea Penteado Martha, Territórios da leitura: da literatura aos leitores (UNESP, 2006), Volume 2004, p.246. ISBN 8598605085
- ↑ Granja 2013, pp. 44-45.
- ↑ Hallewell 2012, p. 221.
- ↑ Hallewell 2012, p. 222.
- ↑ Hallewell 2012, p. 223.
- ↑ ASSIS, Machado de. "Garnier" in A Semana, Gazeta de Notícias, 08/10/1893.
- ↑ Reis, Rutzkaya Queiroz dos. "Machado de Assis e Garnier: o escritor e o editor no processo de consolidação do mercado editorial", p.5. Disponível em http://www.livroehistoriaeditorial.pro.br/pdf/rutzkayaqueiroz.pdf
- ↑ Vera Teixeira de Aguiar,Alice Áurea Penteado Martha, p.247.