Beata Teresa de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Agosto de 2021) |
Teresa de Portugal | |
---|---|
Rainha consorte de Leão | |
Reinado | 1191-1197 |
Rainha titular de Portugal Senhora de Montemor-o-Velho em oposição a Afonso II de Portugal | |
Reinado | 1212-1250 |
Nascimento | 4 de outubro de 1176 |
Coimbra, Reino de Portugal | |
Morte | 18 de junho de 1250 (73 anos) |
Mosteiro de Lorvão, Reino de Portugal | |
Sepultado em | Mosteiro de Lorvão, Reino de Portugal |
Nome completo | Teresa Sanches |
Cônjuge | Afonso IX de Leão |
Descendência | Sancha, Infanta de Leão Fernando Dulce, Infanta de Leão |
Casa | Dinastia de Borgonha (nascimento) Casa de Ivrea (Borgonha) (casamento) |
Pai | Sancho I de Portugal |
Mãe | Dulce de Aragão |
Religião | Cristianismo |
Beata Teresa de Portugal | |
Beatificação | 13 de dezembro de 1705 por Papa Clemente XI |
Festa litúrgica | 20 de junho[1] |
D. Teresa Sanches de Portugal, O.S.B., (Coimbra, 4 de outubro de 1176[2][3] - Lorvão, 18 de junho de 1250[4]) também chamada ao tempo de Tarasia ou Tareja, e mais tarde, a Infanta-Rainha ou Rainha Santa Teresa, era a filha mais velha do rei D. Sancho I de Portugal, e esposa de Afonso IX de Leão.
Rainha de Leão[editar | editar código-fonte]
Teresa foi mãe de três filhos de Afonso (D. Sancha, D. Dulce e D. Fernando), mas devido ao facto de serem primos, o casamento foi declarado inválido; Teresa regressou então a Portugal, ao Lorvão, onde viria a fundar um convento beneditino ao qual se recolheu; pouco tempo mais tarde, transformou o mosteiro em abadia cisterciense, com mais de trezentas freiras.
Querelas com D. Afonso II de Portugal, seu irmão[editar | editar código-fonte]
Por morte de D. Sancho I de Portugal, D. Teresa deveria receber, segundo as disposições testamentárias do pai, o castelo de Montemor-o-Velho, com o resto do termo da vila, e todos os rendimentos aí produzidos, podendo usar o título de rainha enquanto senhora desse mesmo castelo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/bb/Teresa-lorvao.jpg/180px-Teresa-lorvao.jpg)
Isto gerou uma luta com seu irmão D. Afonso II de Portugal, que desejando centralizar o poder, obstou à prossecução do testamento do pai, impedindo a infanta-rainha de receber os títulos e os réditos a que tinha direito - de facto, sendo casada com o rei de Leão, temia Afonso II que esta pudesse passar aos herdeiros o vasto património que o testamento lhe legava, criando assim um problema à soberania do rei de Portugal e dividindo quase o país ao meio.
O testamento previa também terras e castelos para as suas irmãs D. Sancha e D. Mafalda, tendo-se formado um partido de nobres afectos às infantas, liderado pelo infante D. Pedro (que se acolheu a Leão sob a protecção de Teresa e tomou algumas praças transmontanas), mas que acabaria por sair derrotado; só com a morte de Afonso II, o seu filho Sancho II resolveu o problema, concedendo os rendimentos dos castelos às tias, nomeando os seus alcaides de entre os nomes que estas propusessem, pedindo-lhes apenas que renunciassem ao título de rainhas - assim se estabeleceu enfim a paz no reino, em 1223.
Fim da vida[editar | editar código-fonte]
Em 1230, D. Afonso morreu depois de ter tido cinco filhos da sua segunda esposa, Berengária de Castela. Este segundo casamento foi também anulado devido a consanguinidade. Assim, os filhos de ambos os casamentos viriam a disputar a coroa (até porque Afonso deserdara o primogénito do seu segundo casamento, e legara o reino às duas filhas que tivera de D. Teresa). Teresa interveio e permitiu que Fernando III de Castela assumisse o trono leonês.
Após esta querela dinástica, D. Teresa retornou ao Mosteiro de Lorvão e finalmente tomou os votos conventuais após anos de vivência como monja. Aí morreu em 18 de junho de 1250 de causas naturais.
Beatificação[editar | editar código-fonte]
Em 13 de Dezembro de 1705, D. Teresa foi beatificada pelo Papa Clemente XI, através da bula Sollicitudo Pastoralis Offici, juntamente com a sua irmã Sancha.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ «Beatas Irmãs: Teresa, Mafalda e Sancha». Canção Nova. Consultado em 29 de dezembro de 2023
- ↑ Mattoso 2014, p. 334.
- ↑ Rodrigues Oliveira 2010, p. 84.
- ↑ Fernandes Marques 2008, p. 141.
Bibliografía[editar | editar código-fonte]
- Fernandes Marques, Maria Alegria (2008). Estudos sobre a Ordem de Cister em Portugal. Coímbra: Estudos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. ISBN 972-772-019-6
- Mattoso, José (2014). D. Afonso Henriques 2ª ed. Lisboa: Temas e Debates. ISBN 978-972-759-911-0
- Rodrigues Oliveira, Ana (2010). Rainhas medievais de Portugal. Dezassete mulheres, duas dinastias, quatro séculos de História. Lisboa: A esfera dos livros. ISBN 978-989-626-261-7
Precedida por Urraca Lopes de Haro | Rainha-consorte de Leão 1191 — 1197 | Sucedida por Berengária de Castela |