Copa do Mundo FIFA de 2014 – Wikipédia, a enciclopédia livre
Copa do Mundo FIFA de 2014 | ||||
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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (em português) 2014 FIFA World Cup Brasil 2014 | ||||
Juntos num só ritmo[1] | ||||
Dados | ||||
Participantes | 32 | |||
Organização | FIFA | |||
Anfitrião | Brasil | |||
Período | 12 de junho – 13 de julho | |||
Gol(o)s | 171 | |||
Partidas | 64 | |||
Média | 2,67 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Alemanha (4º título) | |||
Vice-campeão | Argentina | |||
3.º colocado | Países Baixos | |||
4.º colocado | Brasil | |||
Melhor marcador | James Rodríguez – 6 gols | |||
Melhor ataque (fase inicial) | Países Baixos – 10 gols | |||
Melhor defesa (fase inicial) | 1 gol: | |||
Maior goleada (diferença) | Brasil 1–7 Alemanha Estádio Mineirão, Belo Horizonte 8 de julho, Semifinais | |||
Público | 3 429 873 | |||
Média | 53 591,8 pessoas por partida | |||
Premiações | ||||
Melhor jogador (FIFA) | Lionel Messi | |||
Melhor goleiro | Manuel Neuer | |||
Melhor jogador jovem | Paul Pogba | |||
Fair play | Colômbia | |||
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A Copa do Mundo FIFA de 2014 (português brasileiro) ou Campeonato do Mundo da FIFA 2014 (português europeu)[2] foi a vigésima edição deste evento esportivo, um torneio internacional de futebol masculino organizado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), que ocorreu no Brasil, anfitrião da competição pela segunda vez. Com doze cidades-sede, o campeonato começou a ser disputado no dia 12 de junho e terminou em 13 de julho.[3] A edição de 2014 foi a quinta realizada na América do Sul, depois de a Argentina ter sediado o torneio pela última vez no continente em 1978. O Brasil foi a 2.ª e última sede do torneio mundial escolhida através da política de alternância de continentes, que foi iniciada a partir da escolha da África do Sul como a sede da edição anterior.[4]
As seleções nacionais de 31 países avançaram através de competições de qualificação, que começaram em junho de 2011, para participar com o país anfitrião – o Brasil –, no torneio final. Um total de 64 jogos foram jogados em doze cidades de todo o Brasil em estádios novos ou reconstruídos, iniciando o torneio com uma fase de grupos. Pela primeira vez em uma Copa do Mundo, as partidas usaram a tecnologia goal-line.[5] Em 2014, a Federação Portuguesa de Futebol e o Grupo PT (hoje Altice Portugal) o MEO juntou-se á Oi TV para patrocinar os jogos do Portugal no Mundial 2014.[6] No dia 15 de junho, na partida entre França e Honduras, ocorreu o primeiro gol oficial a utilizar o sistema.[7]
Com o país anfitrião, todas as equipes campeãs do mundo desde a primeira Copa do Mundo, em 1930 (Uruguai, Itália, Alemanha, Inglaterra, Argentina, França e Espanha) qualificaram-se para esta competição. Nesta edição, a Alemanha sagrou-se campeã pela quarta vez (a primeira depois da reunificação do país),[8] repetindo suas vitórias nas edições de 1954, 1974 e 1990. Foi a primeira vez que uma seleção europeia conquistou o título no continente americano. As quatro Copas do Mundo anteriores sediadas pela América do Sul foram todas ganhas por seleções sul-americanas, assim como outras três edições sediadas na América do Norte.[9]
De acordo com estatísticas da FIFA, esta foi a Copa mais poluente da história (2,72 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono), mas, ao mesmo tempo, a mais sustentável (os estádios construídos ou modernizados para a Copa adotaram tecnologias para aproveitar a água de chuva, a radiação UV, fontes renováveis de energia e iluminação de baixo consumo energético, entre outras).[10] Em uma conferência realizada na Cidade do Panamá, em setembro de 2014, e organizada pela FIFA, os representantes de 45 federações afiliadas à Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe e à Confederação Sul-Americana de Futebol avaliaram o trabalho realizado na Copa de 2014 como "o melhor futebol já visto na história dos Mundiais".[11]
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Candidatura
[editar | editar código-fonte]Em 3 de junho de 2003, a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) havia anunciado que Argentina, Brasil e Colômbia se candidataram à sede do evento. Em 17 de março de 2006, as confederações da CONMEBOL votaram de forma unânime pela inscrição do Brasil como seu único candidato.[12]
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, disse em 4 de julho de 2006 que, nesse caso, a Copa do Mundo de 2014 provavelmente seria sediada no país. Em 28 de setembro do mesmo ano, ele se encontrou com o então presidente Lula e disse que queria que o país provasse sua capacidade antes de tomar uma decisão.[13]
O dia 7 de fevereiro de 2007 seria a data final para as inscrições, mas a FIFA antecipou o prazo para 18 de dezembro de 2006. No último dia para as inscrições, a Colômbia também se candidatou a sediar a Copa de 2014; mas Blatter não apoiou a candidatura do país, e assim a Colômbia acabou por desistir de sediar o evento.[14]
Em 30 de outubro de 2007 a FIFA ratificou o Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014.[15] A escolha das cidades-sede ficou para o fim de 2008,[16] mas acabou acontecendo em 31 de maio de 2009, nas Bahamas.[17]
Eliminatórias
[editar | editar código-fonte]Trinta e duas seleções participam na competição, e a brasileira não precisou disputar eliminatórias por ser a anfitriã. A distribuição das vagas pelas confederações continentais foi divulgada pelo Comitê Executivo da FIFA em março de 2011, sem alterações em relação à edição anterior. Assim continuaram treze vagas para a UEFA, cinco para a CAF, quatro para a CONMEBOL (sem incluir a vaga brasileira de anfitrião), quatro também para a AFC e três para a CONCACAF. Além disso, a repescagem intercontinental ocorreu entre uma seleção da AFC e da CONMEBOL e outra entre uma da CONCACAF e da OFC, que não possui vaga garantida direta ao mundial.[18]
Sorteio
[editar | editar código-fonte]O sorteio de qualificação para a Copa de 2014 foi realizado no Rio de Janeiro na Marina da Glória em 30 de julho de 2011. O sorteio foi organizado pela Geo Eventos, criada pelas Grupo Globo e pelo Grupo RBS e que também administrou as Fan Fest nas doze cidades-sedes, sob um contrato com a prefeitura carioca e o governo fluminense no valor de 30 milhões de reais,[19] que, segundo as estimativas, custou 15 vezes mais que os sorteios da Copa do Mundo de 2010 (estimado em R$ 2 milhões) sendo tudo pago com dinheiro público. Como país anfitrião, o Brasil se qualifica automaticamente para o torneio.[20][21]
Contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, do presidente da FIFA, Joseph Blatter, do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e de várias autoridades brasileiras e representes das diversas confederações internacionais. A cerimônia foi transmitida ao vivo para todo o mundo e teve como apresentadores o jornalista Tadeu Schmidt e a modelo e apresentadora Fernanda Lima.[22] A estimativa dos organizadores é que 500 milhões de pessoas acompanharam o sorteio dos grupos das eliminatórias.
A cerimônia de sorteio das eliminatórias, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, definiu os grupos e confrontos das qualificações africana, europeia, asiática, oceânica e da CONCACAF.[23]
- AFC: 43 times competiram por 4 vagas diretas para a Copa e 1 vaga para a repescagem intercontinental, que foi disputada em jogos de ida e volta contra o 5º colocado das eliminatórias sul-americanas;
- CAF: 52 times competiram por 5 vagas diretas para a Copa;
- CONCACAF: 35 times competiram por três vagas diretas para a Copa e 1 vaga para a repescagem intercontinental, que foi disputada em jogos de ida e volta contra o vencedor das eliminatórias da Oceania;
- CONMEBOL: 9 times disputaram 4 vagas diretas para a Copa e 1 vaga para a repescagem intercontinental, que foi disputada em jogos de ida e volta contra o 5º colocado das eliminatórias asiáticas. O Brasil estava automaticamente classificado por ser o país sede;
- OFC: 11 times competiram por uma vaga para a repescagem intercontinental, que foi disputada em jogos de ida e volta contra o 4º colocado das eliminatórias da CONCACAF;
- UEFA: 53 times competiram por 13 vagas diretas para a Copa.
Seleções classificadas
[editar | editar código-fonte]Confederação | Seleção | Classificada como | Data em que a classificação foi assegurada | Aparições em Copas do Mundo | Aparições consecutivas | Última aparição | Melhor resultado anterior |
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CONMEBOL (4 vagas + 1 + país-sede) | Brasil | País-sede | 30 de outubro de 2007 | 20 | 20 | 2010 | Campeão (1958, 1962, 1970, 1994, 2002) |
Argentina | Vencedor da fase única | 10 de setembro de 2013 | 16 | 11 | 2010 | Campeão (1978, 1986) | |
Colômbia | 2º lugar na fase única | 11 de outubro de 2013 | 5 | 1 | 1998 | Oitavas-de-final (1990) | |
Chile | 3º lugar na fase única | 15 de outubro de 2013 | 9 | 2 | 2010 | Terceiro lugar (1962) | |
Equador | 4º lugar na fase única | 15 de outubro de 2013 | 3 | 1 | 2006 | Oitavas-de-final (2006) | |
Uruguai | Vencedor da repescagem intercontinental | 20 de novembro de 2013 | 12 | 2 | 2010 | Campeão (1930, 1950) | |
AFC (4 vagas) | Irã | Vencedor do grupo A | 18 de junho de 2013 | 4 | 1 | 2006 | Fase de grupos (1978, 1998, 2006) |
Coreia do Sul | 2º colocado do grupo A | 18 de junho de 2013 | 9 | 8 | 2010 | Quarto lugar (2002) | |
Japão | Vencedor do grupo B | 4 de junho de 2013 | 5 | 5 | 2010 | Oitavas-de-final (2002, 2010) | |
Austrália | 2º colocado do grupo B | 18 de junho de 2013 | 4 | 3 | 2010 | Oitavas-de-final (2006) | |
CAF (5 vagas) | Costa do Marfim | Vencedor da chave A | 16 de novembro de 2013 | 3 | 3 | 2010 | Fase de grupos (2006, 2010) |
Nigéria | Vencedor da chave B | 16 de novembro de 2013 | 5 | 2 | 2010 | Oitavas-de-final (1994, 1998) | |
Camarões | Vencedor da chave C | 17 de novembro de 2013 | 7 | 2 | 2010 | Quartas-de-final (1990) | |
Gana | Vencedor da chave D | 19 de novembro de 2013 | 3 | 3 | 2010 | Quartas-de-final (2010) | |
Argélia | Vencedor da chave E | 19 de novembro de 2013 | 4 | 2 | 2010 | Fase de grupos (1982, 1986, 2010) | |
CONCACAF (3 vagas + 1) | Estados Unidos | Vencedor da quarta fase | 10 de setembro de 2013 | 10 | 7 | 2010 | Terceiro lugar (1930) |
Costa Rica | 2º lugar na quarta fase | 10 de setembro de 2013 | 4 | 1 | 2006 | Oitavas-de-final (1990) | |
Honduras | 3º lugar na quarta fase | 15 de outubro de 2013 | 3 | 2 | 2010 | Fase de grupos (1982, 2010) | |
México | Vencedor da repescagem intercontinental | 20 de novembro de 2013 | 15 | 6 | 2010 | Quartas-de-final (1970, 1986) | |
UEFA (13 vagas) | Bélgica | Vencedor do grupo A | 11 de outubro de 2013 | 12 | 1 | 2002 | Quarto lugar (1986) |
Itália | Vencedor do grupo B | 10 de setembro de 2013 | 18 | 14 | 2010 | Campeão (1934, 1938, 1982, 2006) | |
Alemanha | Vencedor do grupo C | 11 de outubro de 2013 | 18 | 16 | 2010 | Campeão (1954, 1974, 1990) | |
Países Baixos | Vencedor do grupo D | 10 de setembro de 2013 | 10 | 3 | 2010 | Vice-campeão (1974, 1978, 2010) | |
Suíça | Vencedor do grupo E | 11 de outubro de 2013 | 10 | 3 | 2010 | Quartas-de-final (1934, 1938, 1974) | |
Rússia | Vencedor do grupo F | 15 de outubro de 2013 | 10[a] | 1 | 2002 | Quarto lugar (1966)[a] | |
Bósnia e Herzegovina | Vencedor do grupo G | 15 de outubro de 2013 | 1 | 1 | – | Estreante | |
Inglaterra | Vencedor do grupo H | 15 de outubro de 2013 | 14 | 5 | 2010 | Campeão (1966) | |
Espanha | Vencedor do grupo I | 15 de outubro de 2013 | 14 | 10 | 2010 | Campeão (2010) | |
Portugal | Vencedor da repescagem | 19 de novembro de 2013 | 6 | 4 | 2010 | Terceiro lugar (1966) | |
França | Vencedor da repescagem | 19 de novembro de 2013 | 14 | 5 | 2010 | Campeão (1998) | |
Grécia | Vencedor da repescagem | 19 de novembro de 2013 | 3 | 2 | 2010 | Fase de grupos (1994, 2010) | |
Croácia | Vencedor da repescagem | 19 de novembro de 2013 | 4 | 1 | 2006 | Terceiro lugar (1998) |
a. ^ Rússia participou de sete mundiais anteriores como União Soviética (1958–1990).
Sorteio
[editar | editar código-fonte]Foi realizado em 6 de dezembro de 2013, na Costa do Sauípe, Brasil. As 32 seleções classificadas para o estágio final da Copa do Mundo foram divididas em 8 grupos (A, B, C, D, E, F, G e H) de 4 países cada e separadas nos potes de acordo com o ranking da FIFA[24] e suas respectivas confederações.[25] Com exceção das seleções do pote 1, previamente definidas por serem as cabeças de chave, a composição dos demais potes foi divulgada oficialmente pela FIFA a 3 de dezembro.[26]
Pote 1 (cabeças de chave) | Pote 2 (CAF e CONMEBOL) | Pote 3 (AFC e CONCACAF) | Pote 4 (UEFA) |
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Como nos torneios anteriores, a FIFA distribuiu as seleções pelos potes de acordo com a sua condição geográfica e, portanto, as equipes de uma mesma confederação não poderiam ser sorteadas para o mesmo grupo, com exceção das seleções da UEFA, onde foi permitido um máximo de duas equipes dessa confederação por grupo. Devido ao número ímpar de equipes incluídas nos potes geográficos, alguns procedimentos adicionais foram aplicadas no sorteio final para alocar as 32 seleções nos oito grupos.[27]
O sorteio iniciou-se com a escolha da seleção da UEFA do pote 4 que seria alocada no pote 2. A seguir, foram sorteados os cabeças de chave, retirados do pote um, exceto o Brasil que é o cabeça de chave do grupo A, portanto A1. Na sequência, foi sorteado em que grupo, dentre os quatro que possuíam sul-americanos como cabeças de chave (Argentina, Brasil, Colômbia e Uruguai), ficaria a seleção europeia deslocada para o pote 2. Feito isso, foram sorteados as demais seleções do pote 2, o grupo a qual elas pertencem (B ao H) e a posição (2 a 4). A exceção foram as seleções sul-americanas (Chile e Equador) que não poderiam ficar nos grupos encabeçados por sul-americanos. Este mesmo procedimento (sorteio de uma seleção do pote, sorteio do grupo e sorteio da posição) foi realizado para os demais potes – 3 e 4 – mantendo-se o princípio de que em um grupo não poderia haver mais de uma seleção de uma confederação (as exceção foram: a seleção movida para o pote 2 – Itália, que ficou no grupo D – e os grupos que tem cabeça de chave da UEFA – grupos B, E, G e H).[28][29]
Sedes
[editar | editar código-fonte]Dezoito cidades candidataram-se para sediar as partidas da Copa, porém Maceió desistiu, restando dezessete cidades, todas capitais de estados. A FIFA limita o número de cidades-sedes entre oito e dez, entretanto, dada a dimensão continental do país sede, a organização cedeu aos pedidos da CBF e concedeu permissão para que se utilizem 12 sedes no mundial.[30]
Após sucessivos adiamentos, finalmente no dia 31 de maio de 2009 foram anunciadas as sedes oficiais da Copa. A lista eliminou as candidaturas de Belém, Campo Grande, Florianópolis, Goiânia e Rio Branco. Dentre as 12 cidades escolhidas, seis delas receberam também a Copa das Confederações 2013, "evento teste" para a Copa. Uma das sedes, o Recife, construiu um estádio novo para seus jogos em outra cidade de sua região metropolitana, o município de São Lourenço da Mata.[31]
Originalmente, o Estádio do Morumbi em São Paulo estava no projeto, mas por incompatibilidade financeira do projeto, a FIFA retirou o estádio como uma das sedes. O comitê organizador da copa em São Paulo estudava a construção de um novo estádio em Pirituba, zona noroeste da cidade de São Paulo, mas esta opção foi descartada devido ao tempo insuficiente, então o comitê organizador da Copa juntamente com a Prefeitura e o Governo de São Paulo decidiram que o estádio sede em São Paulo fosse o novo estádio do Corinthians em Itaquera.[32] Posteriormente, Salvador anunciou estar na disputa para abrigar o jogo de abertura do evento,[33] além de Brasília e Belo Horizonte.[34]
Em 20 de outubro de 2011, enfim, a FIFA anunciou oficialmente que o estádio de São Paulo seria o palco da abertura do Mundial de 2014.[35] Também conhecido como Itaquerão,[36] o nome oficial do estádio é Arena Corinthians,[37] embora na Copa tenha sido referido pela FIFA como Arena de São Paulo.[38]
O primeiro estádio a ficar pronto para a Copa do Mundo foi o Castelão, em Fortaleza, sendo reinaugurado em 16 de dezembro de 2012.[39] Em seguida foi entregue o Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, em 21 de dezembro de 2012. No dia 5 de abril de 2013, foi a vez da Arena Fonte Nova, em Salvador, ser reinaugurada, seguida pelo Maracanã, no Rio de Janeiro, em 27 de abril, e pelo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, em Brasília, em 18 de maio. Finalmente, em 20 de maio de 2013, foi inaugurada a Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Os seis primeiros estádios entregues foram palco da Copa das Confederações FIFA de 2013. Nas cerimônias de reabertura desses estádios estiveram presentes diversas autoridades governamentais, entre elas a presidente Dilma Rousseff.[40][41][42][43][44] Em maio de 2014, três dos estádios se encontravam incompletos: a Arena Corinthians, entregue para a FIFA ainda em obras; a Arena da Baixada, que teve sua data de entrega postergada após uma greve dos operários; e a Arena Pantanal, usada em um jogo inaugural com apenas metade das cadeiras instalada.[45][46]
Rio de Janeiro, RJ | Brasília, DF | São Paulo, SP | Belo Horizonte, MG |
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Estádio do Maracanã | Estádio Nacional | Arena Corinthians | Estádio Mineirão |
Capacidade: 74 738[47] (reformado) | Capacidade: 69 349[48] (novo) | Capacidade: 62 601[49] (novo) | Capacidade: 58 170[50] (reformado) |
Fortaleza, CE | Porto Alegre, RS | ||
Estádio Castelão | Estádio Beira-Rio | ||
Capacidade: 60 342[51] (reformado) | Capacidade: 43 394[52] (reformado) | ||
Salvador, BA | Recife, PE | ||
Arena Fonte Nova | Arena Pernambuco | ||
Capacidade: 51 900[53] (novo) | Capacidade: 42 610[54] (novo) | ||
Cuiabá, MT | Curitiba, PR | Natal, RN | Manaus, AM |
Arena Pantanal | Arena da Baixada | Arena das Dunas | Arena Amazônia |
Capacidade: 41 112[55] (novo) | Capacidade: 39 631[56] (reformado) | Capacidade: 39 971[57] (novo) | Capacidade: 40 549[58] (novo) |
Sedes de treinamento
[editar | editar código-fonte]Em 31 de janeiro de 2014 a FIFA e o Comitê Organizador Local divulgaram os locais de treinamento das 32 seleções participantes.[59][60]
Convocações
[editar | editar código-fonte]Foram convocados 23 jogadores por seleção, sendo obrigatoriamente três goleiros. No total 736 jogadores foram convocados nas 32 seleções, sendo 96 goleiros.
Amistosos prévios
[editar | editar código-fonte]Todas as seleções marcaram amistosos preparatórios antes da Copa. Algumas seleções jogaram amistosos oficiais e outras optaram por jogos treino.[61]
Arbitragem
[editar | editar código-fonte]Em março de 2013, a FIFA emitiu uma lista com 52 possíveis nomes de árbitros, mais um par de assistentes para cada um, de todas as seis confederações do mundo.[62] Em 14 de janeiro de 2014, foi revelada a lista final, com 25 trios de arbitragem e oito duplas de árbitros de apoio, de 43 países diferentes.[63]
Confederação | Árbitro | Assistente | Apoio (árbitro/assistente) | |
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AFC | Ravshan Irmatov | Abdukhamidullo Rasulov | Bahadyr Kochkarov | Alireza Faghani / Hassan Kamranifar |
Yuichi Nishimura | Toru Sagara | Toshiyuki Nagi | ||
Nawaf Shukralla | Yaser Tulefat | Ebrahim Saleh | ||
Benjamin Williams | Matthew Cream | Hakan Anaz | ||
CAF | Noumandiez Doué | Songuifolo Yeo | Jean-Claude Birumushahu | Néant Alioum / Djibril Camara Daniel Bennett / Aden Marwa |
Bakary Gassama | Evarist Menkouande | Félicien Kabanda | ||
Djamel Haimoudi | Abdelhalk Etchiali | Redouane Achik | ||
CONCACAF | Joel Aguilar | William Torres | Juan Zumba | Roberto Moreno / Eric Boria Walter López / Leonel Leal |
Mark Geiger | Mark Hurd | Joe Fletcher | ||
Marco Rodríguez | Marvin Torrentera | Marcos Quintero | ||
CONMEBOL | Néstor Pitana | Hernán Maidana | Juan Pablo Belatti | Víctor Carrillo / Rodney Aquino |
Sandro Ricci | Emerson de Carvalho | Marcelo Van Gasse | ||
Enrique Osses | Carlos Astroza | Sergio Román | ||
Wilmar Roldán | Humberto Clavijo | Eduardo Díaz | ||
Carlos Vera | Christian Lescano | Byron Romero | ||
OFC | Peter O'Leary | Jan-Hendrik Hintz | Mark Rule | Norbert Hauata |
UEFA | Felix Brych | Stefan Lupp | Mark Borsch | Svein Oddvar Moen / Kim Haglund |
Cüneyt Çakır | Bahattin Duran | Tarık Ongun | ||
Jonas Eriksson | Mathias Clasenius | Daniel Wärnmark | ||
Björn Kuipers | Sander van Roekel | Erwin Zeinstra | ||
Milorad Mažić | Milovan Ristić | Dalibor Djurdjević | ||
Pedro Proença | Bertino Miranda | Tiago Trigo | ||
Nicola Rizzoli | Renato Faverani | Andrea Stefani | ||
Carlos Velasco Carballo | Roberto Alonso Fernández | Juan Carlos Yuste Jiménez | ||
Howard Webb | Mike Mullarkey | Darren Cann |
Fase de grupos
[editar | editar código-fonte]Cerimônia de sorteio
[editar | editar código-fonte]Em 28 de junho de 2012, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke anunciou em reunião com Conselho Organizador Local (COL), a FIFA e o governo brasileiro em Brasília, que o sorteio dos grupos da Copa do Mundo seria feito no resort da Costa do Sauipe em Mata de São João no litoral norte da Bahia em 6 de dezembro de 2013.[64] Os 32 times classificados foram distribuídos em quatro potes. No pote 1, dos cabeças de chave, estiveram o Brasil e as sete equipes mais elevadas no Ranking Mundial da FIFA em outubro de 2013 (evitando dar uma vantagem aos que ainda jogariam as eliminatórias em novembro).[65]
A cerimônia foi realizada em 6 de dezembro e começou com a homenagem ao ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, sendo exibido um rápido vídeo com imagens de Mandela na Copa de 2010 e, depois, foi respeitado um minuto de silêncio.[66]
A presidente Dilma Rousseff, em seu discurso, enalteceu a tradição do futebol brasileiro. Citou que o país é o único a ter participado de todas as edições da Copa de Mundo e o único com cinco títulos mundiais. Citou Pelé, Ronaldo, o treinador Luiz Felipe Scolari e o coordenador Carlos Alberto Parreira, porém cometeu alguns deslizes ao afirmar que seria a primeira edição com a participação de todos os ex-campeões (o que aconteceu nas edições de 2010 — com os sete campeões até então — em 1986 e em 1990; nesta edição tivemos a participação de oito campeões, esse sim fato inédito) e "rebaixou" Parreira a auxiliar de Felipão.[67]
“ | Essa será a Copa das Copas, uma Copa para ninguém esquecer. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer o Brasil, um país multicultural e empreendedor. Um Brasil que enfrentou o desafio de acabar com a miséria e criar oportunidades para todos. Será uma grande Copa. (...) Temos uma nova seleção forte, cheia de novos craques geniais. Tenho muita razão para estar otimista, como torcedora, com a Seleção. | ” |
— A presidente Dilma Rousseff no seu discurso[67]. |
A seguir, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, endossou o discurso nacionalista de Dilma e falou que já era momento da Copa voltar ao Brasil (fato ocorrido na edição de 1950).[67]
“ | Era mais do que hora de a Copa do Mundo voltar para o Brasil, que organizou pela última (e única) vez em 1950. De lá para cá, a seleção brasileira ganhou cinco vezes. É justo com esse país multicultural, que vive muito o futebol. É muito bom voltar aqui. Por isso, vamos dar ao futebol o seu devido valor, no campo e fora dele. Nós temos lembrar que esse grande humanista (Nelson Mandela) disse que o esporte serve para conectar as pessoas. Eu quero fazer um apelo ao povo brasileiro: vamos todos juntos, porque essa Copa do Mundo é para vocês. | ” |
— Joseph Blatter[67]. |
Depois foi a vez dos shows de Alcione, Emicida, Vanessa da Mata, Alexandre Pires e uma apresentação da Companhia de Dança Deborah Colker.[68]
O sorteio dos grupos foi coordenado pelo secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke. Após o sorteio, a cantora Margareth Menezes encerrou a cerimônia.[68]
Equipes classificadas para as oitavas-de-final | |
Equipes eliminadas na primeira fase |
Grupo A[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 2014 – Grupo A
Grupo B[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 2014 – Grupo B
Fonte: FIFA
Grupo C[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 2014 – Grupo C
Fonte: FIFA
Grupo D[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 2014 – Grupo D
Fonte: FIFA
| Grupo E[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 2014 – Grupo E
Fonte: FIFA
Grupo F[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 2014 – Grupo F
Fonte: FIFA
Grupo G[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 2014 – Grupo G
Fonte: FIFA
Grupo H[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 2014 – Grupo H
Fonte: FIFA
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Fase final
[editar | editar código-fonte]Esquema
[editar | editar código-fonte]Oitavas de final | Quartas de final | Semifinais | Final | |||||||||||
28 de junho – Belo Horizonte | ||||||||||||||
Brasil (pen) | 1 (3) | |||||||||||||
4 de julho – Fortaleza | ||||||||||||||
Chile | 1 (2) | |||||||||||||
Brasil | 2 | |||||||||||||
28 de junho – Rio de Janeiro | ||||||||||||||
Colômbia | 1 | |||||||||||||
Colômbia | 2 | |||||||||||||
8 de julho – Belo Horizonte | ||||||||||||||
Uruguai | 0 | |||||||||||||
Brasil | 1 | |||||||||||||
30 de junho – Brasília | ||||||||||||||
Alemanha | 7 | |||||||||||||
França | 2 | |||||||||||||
4 de julho – Rio de Janeiro | ||||||||||||||
Nigéria | 0 | |||||||||||||
França | 0 | |||||||||||||
30 de junho – Porto Alegre | ||||||||||||||
Alemanha | 1 | |||||||||||||
Alemanha (pro) | 2 | |||||||||||||
13 de julho – Rio de Janeiro | ||||||||||||||
Argélia | 1 | |||||||||||||
Alemanha (pro) | 1 | |||||||||||||
29 de junho – Fortaleza | ||||||||||||||
Argentina | 0 | |||||||||||||
Países Baixos | 2 | |||||||||||||
5 de julho – Salvador | ||||||||||||||
México | 1 | |||||||||||||
Países Baixos (pen) | 0 (4) | |||||||||||||
29 de junho – Recife | ||||||||||||||
Costa Rica | 0 (3) | |||||||||||||
Costa Rica (pen) | 1 (5) | |||||||||||||
9 de julho – São Paulo | ||||||||||||||
Grécia | 1 (3) | |||||||||||||
Países Baixos | 0 (2) | |||||||||||||
1 de julho – São Paulo | ||||||||||||||
Argentina (pen) | 0 (4) | Terceiro lugar | ||||||||||||
Argentina (pro) | 1 | |||||||||||||
5 de julho – Brasília | 12 de julho – Brasília | |||||||||||||
Suíça | 0 | |||||||||||||
Argentina | 1 | Brasil | 0 | |||||||||||
1 de julho – Salvador | ||||||||||||||
Bélgica | 0 | Países Baixos | 3 | |||||||||||
Bélgica (pro) | 2 | |||||||||||||
Estados Unidos | 1 | |||||||||||||
Oitavas de final
[editar | editar código-fonte]28 de junho | Brasil | 1 – 1 (pro) | Chile | Estádio Mineirão, Belo Horizonte |
13:00 | David Luiz 18' | Relatório | Sánchez 32' | Público: 57 714 Árbitro: ENG Howard Webb |
Penalidades | |||
David Luiz Willian Marcelo Hulk Neymar | 3 – 2 | Pinilla Sánchez Aránguiz Díaz Jara |
28 de junho | Colômbia | 2 – 0 | Uruguai | Maracanã, Rio de Janeiro |
17:00 | Rodríguez 28', 50' | Relatório | Público: 73 804 Árbitro: NED Björn Kuipers |
29 de junho | Países Baixos | 2 – 1 | México | Estádio Castelão, Fortaleza |
13:00 | Sneijder 88' Huntelaar 90+4' (pen.) | Relatório | dos Santos 48' | Público: 58 817 Árbitro: POR Pedro Proença |
29 de junho | Costa Rica | 1 – 1 (pro) | Grécia | Arena Pernambuco, Recife |
17:00 | Ruiz 52' | Relatório | Papastathopoulos 90+1' | Público: 41 242 Árbitro: AUS Benjamin Williams |
Penalidades | |||
Borges Ruiz González Campbell Umaña | 5 – 3 | Mitroglou Christodoulopoulos Holebas Gekas |
30 de junho | França | 2 – 0 | Nigéria | Estádio Nacional, Brasília |
13:00 | Pogba 79' Yobo 90+2' | Relatório | Público: 67 882 Árbitro: USA Mark Geiger |
30 de junho | Alemanha | 2 – 1 (pro) | Argélia | Estádio Beira-Rio, Porto Alegre |
17:00 | Schürrle 92' Özil 120' | Relatório | Djabou 120+1' | Público: 43 063 Árbitro: BRA Sandro Ricci |
1 de julho | Argentina | 1 – 0 (pro) | Suíça | Arena de São Paulo, São Paulo |
13:00 | Di María 118' | Relatório | Público: 63 255 Árbitro: SWE Jonas Eriksson |
1 de julho | Bélgica | 2 – 1 (pro) | Estados Unidos | Arena Fonte Nova, Salvador |
17:00 | De Bruyne 93' Lukaku 105' | Relatório | Green 107' | Público: 51 227 Árbitro: ALG Djamel Haimoudi |
Quartas de final
[editar | editar código-fonte]4 de julho | França | 0 – 1 | Alemanha | Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro |
13:00 | Relatório | Hummels 13' | Público: 74 240 Árbitro: ARG Néstor Pitana |
4 de julho | Brasil | 2 – 1 | Colômbia | Estádio Castelão, Fortaleza |
17:00 | Thiago Silva 7' David Luiz 69' | Relatório | Rodríguez 80' (pen.) | Público: 60 342 Árbitro: ESP Carlos Velasco Carballo |
5 de julho | Argentina | 1 – 0 | Bélgica | Estádio Nacional, Brasília |
13:00 | Higuaín 8' | Relatório | Público: 68 551 Árbitro: ITA Nicola Rizzoli |
5 de julho | Países Baixos | 0 – 0 (pro) | Costa Rica | Arena Fonte Nova, Salvador |
17:00 | Relatório | Público: 51 179 Árbitro: UZB Ravshan Irmatov |
Penalidades | |||
Van Persie Robben Sneijder Kuyt | 4 – 3 | Borges Ruiz González Bolaños Umaña |
Semi-finais
[editar | editar código-fonte]- Mineiraço
O jogo das semifinais entre Brasil e Alemanha, realizado no dia 8 de julho, ficou marcado pela esmagadora derrota sofrida pela Seleção Brasileira de Futebol contra a Seleção Alemã de Futebol. A vitória alemã, por expressivos 7–1, é considerada um dos resultados mais notáveis da história do futebol.[69][70]
A partida ocorreu no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, e o termo Mineiraço surgiu por comparação com o Maracanaço, o outro desastre da Seleção Brasileira de Futebol na Copa de 1950 no Brasil.[71] Foi a maior derrota sofrida pelo Brasil, juntamente com a derrota de 6–0 contra o Uruguai no Campeonato Sul-Americano de 1920.[72][73]
Foi a pior derrota da história do Brasil em Copas. A anterior havia sido de 3–0, para a França, na final da Copa de 1998. Foi a pior derrota de um anfitrião em todos os mundiais, superando um 5–2 imposto pelo próprio Brasil, contra a Suécia, pela decisão da Copa de 1958.[74] Desde a Copa de 1974, um time não marcava cinco gols no primeiro tempo de um jogo de Copa (Iugoslávia 9–0 Zaire e Haiti 0–7 Polônia).[74]
8 de julho | Brasil | 1 – 7 | Alemanha | Estádio Mineirão, Belo Horizonte |
17:00 | Oscar |