Buscapé – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para o artigo de pirotecnia, veja Busca-pé. Para a companhia, e não o site, veja Buscapé Company.
Buscapé
Proprietário(s) Mosaico Tecnologia ao Consumidor
Gênero comércio eletrônico
País de origem Brasil
Idioma(s) português brasileiro
Lançamento 1999
Endereço eletrônico https://www.buscape.com.br/

Buscapé é uma plataforma de comércio eletrônico brasileiro. O Buscapé funciona como um assistente de compras, para que os consumidores pesquisem produtos, preços, promoções e lojas.

O Buscapé pertence à Mosaico Tecnologia ao Consumidor, que também é dona de outras plataformas de e-commerce.

1998-1999: início

[editar | editar código-fonte]

Em 1998, após tentar comprar uma impressora pela internet, o estudante de Engenharia Elétrica Rodrigo Borges percebeu que, no Brasil, não existia um site ou programa dedicado à busca e comparação de preços. Ele, então, se juntou aos colegas Romero Rodrigues, Ronaldo Morita e Mario Letelier, todos da Universidade de São Paulo, para tentar resolver esse problema.

Um ano depois, em 1999, eles lançaram o Buscapé, com um investimento de R$ 4.800. No início, os desenvolvedores tiveram dificuldades para conseguir os preços dos produtos com as lojas físicas, que resistiam a passar os valores. Logo, o site atingiu um número razoável de usuários e cadastrou 30 empresas de e-commerce[1].

2000-2009: expansão

[editar | editar código-fonte]

Em 2000, após o estouro da chamada Bolha da Internet, o Buscapé obteve um investimento de mais de US$ 6 milhões para crescer. Desse aporte, US$ 3 milhões provinham dos bancos Merrill Lynch (atualmente BAML) e Unibanco (atualmente Itaú Unibanco). Nessa época, tanto a internet quanto o comércio eletrônico cresciam no país. Em 2001, o negócio começou a gerar renda para os sócios[2].

Em 2005, o Buscapé inicia seu projeto de expansão internacional e se associa ao fundo norte-americano Great Hill Partners. O investimento permitiu que, em 2006, o Buscapé comprasse seu principal rival, o Bondfaro, dando origem à Buscapé Company.

2009-2015: compra pela Naspers e crise

[editar | editar código-fonte]

Em 2009, o grupo sul-africano Naspers compra, pela quantia de US$ 342 milhões, 91% das ações do Buscapé[3]. Buscando um crescimento agressivo, dentro de 4 anos, o Buscapé já tinha se juntado a 18 empresas, chegando a ter mais de 1.200 funcionários.

Nesta época, apesar da grande entrada de capital e aquisições, o Buscapé teve dificuldades em conseguir integrar as várias empresas compradas, e começou a ter perdas. Além disso, entre 2009 e 2015, todos os fundadores saíram da companhia.

2016: reconstrução

[editar | editar código-fonte]

Em março de 2016, Sandoval Martins – formado em Ciências Contábeis pela PUC-SP e Mestre em Administração de Negócios – assume como CEO da empresa, substituindo Rodrigo Borer[4]. Na ocasião, o Buscapé estava com tecnologia desatualizada, investidores pessimistas e corria o risco de ser vendido. Três meses após a chegada do novo presidente, a empresa já dava resultados positivos[5].

Em 2017, o site Buscapé recebia mais de 60 milhões de acessos mensalmente e tinha 25 milhões produtos para comparação, vindos de mais de 8.500 lojas. A plataforma era líder desse tipo de serviço no Brasil.

2019: novo dono

[editar | editar código-fonte]

Em 13 de maio de 2019, a plataforma de comércio eletrônico Zoom concretiza a compra do concorrente Buscapé e agrega também as marcas Bondfaro, QueBarato!, Moda It e SaveMe[6]. Com a fusão, as empresas deram origem ao grupo Mosaico Tecnologia ao Consumidor.

2021: novo posicionamento

[editar | editar código-fonte]

Em outubro de 2021, o Buscapé passou por um rebranding e anunciou seu novo posicionamento de marca: um assistente de compras inteligentes. A plataforma reúne tudo que o consumidor precisa em sua jornada de compras, organizando informações de centenas de lojistas e milhões de ofertas. Para essa fase, o Buscapé também ganhou novo logo e novas identidades visual e verbal[7].

Dia do Consumidor

[editar | editar código-fonte]

O Buscapé foi o responsável por incluir o Dia do Consumidor, comemorado no dia 15 de março, no calendário do segmento de varejo do Brasil. Em 2014, com o objetivo de elevar o número de vendas no mês de março, que não tem datas sazonais comemorativas, o Buscapé resolver realizar as promoções de Dia do Consumidor[8].

A data foi aderida pelo comércio, se tornando o segundo maior faturamento do segmento, perdendo apenas para a Black Friday.

Funcionalidades

[editar | editar código-fonte]

Com o propósito de ser um assistente de compras inteligentes, o Buscapé oferece diversos recursos e funcionalidades para ajudar na busca pelo produto ideal. O serviço atua em todas as etapas da jornada de compras, desde a escolha do produto, com conteúdo informativo e avaliação de especialistas, até o momento da compra. Entre os principais recursos do Buscapé, estão:

Cashback Buscapé

[editar | editar código-fonte]

Cashback é uma expressão em inglês que significa “dinheiro de volta”. Assim, o Cashback Buscapé é um serviço que devolve para o consumidor parte do dinheiro gasto na compra. O valor varia conforme a loja e o percentual em cima do produto. O serviço foi lançado no primeiro semestre de 2021, após a compra do Vigia de Preço pela Mosaico, detentora do Buscapé[9].

Histórico de Preços e Alerta de Preço

[editar | editar código-fonte]

Além de permitir comparar preços em diferentes lojas, o Buscapé tem a função de Histórico de Preços, que mostra a variação do valor de um produto nos últimos meses. O usuário ainda pode criar um Alerta de Preço e receber um aviso quando aquele item ficar mais barato.

Cupons de desconto

[editar | editar código-fonte]

No segundo semestre de 2022, o Buscapé apresentou sua plataforma exclusiva de cupons. O serviço é atualizado diariamente e promete ajudar a um novo perfil de público que começa sua compra pela escolha de descontos ou promoções[10].

Site, aplicativo e extensão

[editar | editar código-fonte]

As funcionalidades do Buscapé podem ser acessadas de diferentes formas.

No site, pelo PC ou celular, os consumidores podem saber informações dos produtos, pesquisar preços e realizar compras. No aplicativo, fazem o resgate do cashback e ainda têm acesso a promoções exclusivas, como acontece no App Day.

Já pela extensão para navegador, é possível comparar preços direto no site das lojas, oferecendo maior autonomia para o consumidor durante a compra.

  • 2º lugar no Prêmio Reclame Aqui 2022, na categoria Classificados e Comparadores Online[11]

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
  1. Courtney, Anthony Mc (27 de junho de 2017). «Startup Exit: Case do Buscapé comprado pela Naspers | EqSeed». EqSeed | Investimento em Startups. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  2. Mendonça, Heloísa (21 de dezembro de 2017). «Fue a comprar una impresora y fundó un imperio». Madrid. El País (em espanhol). ISSN 1134-6582. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  3. «Naspers compra BuscaPé por US$ 342 milhões». Exame. 29 de setembro de 2009. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  4. «Buscapé Company anuncia Sandoval Martins como CEO». E-Commerce Brasil - Artigos e Dicas sobre comércio eletrônico. 14 de março de 2016. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  5. Miozzo, Júlia (2 de maio de 2017). «Conheça Sandoval Martins, o CEO do Buscapé que não é empreendedor e que recriou a empresa». InfoMoney. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  6. TudoCelular.com (14 de maio de 2019). «Fim da concorrência? Zoom compra Buscapé e mais três marcas da Naspers». TudoCelular.com. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  7. Redação (26 de outubro de 2021). «Buscapé passa por rebranding e apresenta novo posicionamento da marca». Marcas pelo Mundo. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  8. «Dia do Consumidor: entenda a origem e como ele é comemorado». VEJA. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  9. Peixoto, Luis Fernando; Peixoto, Luis Fernando (11 de maio de 2021). «Mosaico compra Vigia de Preço e lança cashback». Brazil Journal. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  10. «Dona da Buscapé lança plataforma de promoções e aplicativo para navegadores». Valor Investe. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  11. «Prêmio Reclame Aqui 2022». Consultado em 6 de janeiro de 2023