Código de três endereços – Wikipédia, a enciclopédia livre

Exemplo de Código de três endereços e um DAG correspondente para uma expressão aritmética

Em ciência da computação, o código de três endereços é uma forma de representar código intermediário usado por compiladores para auxiliar na implementação das transformações voltadas a melhorar o código.[1] Um código de três endereços é uma representação linear de um Grafo acíclico dirigido (DAG).[2] Cada instrução em um código de três endereços pode ser descrita como uma 4-tupla: (operador, operando1, operando2, resultado).

Cada declaração tem a forma geral de:

tal como:

onde x, y e z são variáveis, constantes ou variáveis temporárias geradas pelo compilador. op representa qualquer operador, por exemplo, um operador aritmético.

Expressões que contenham mais de uma operação fundamental, tais como:

não são representáveis em código de três endereços como uma única instrução. Em vez disso, elas são decompostas em uma série equivalente de instruções, tais como

O termo código de três endereços é usado, mesmo que algumas instruções usem mais ou menos de dois operandos. As principais características do código de três endereços são de que cada instrução implementa exatamente uma operação fundamental, e que a origem e o destino pode se referir a qualquer registro disponível.

 int main(void)  {      int i;      int b[10];      for (i = 0; i < 10; ++i) {          b[i] = i*i;      }  } 

O programa C anterior, traduzido em código de três endereços, poderia ser algo como o seguinte:

      i := 0                  ; atribuição L1:   if i >= 10 goto L2      ; salto condicional       t0 := i*i       t1 := &b                ; endereço da operação       t2 := t1 + i            ; t2 contém o endereço de b[i]       *t2 := t0               ; armazenamento através de ponteiro       i := i + 1       goto L1 L2: 

Outro exemplo:

if(a<b) { x=x+1;  } else if(c<d) { y=y+1 } 
1: if(a<b) then goto 4 2: if(c<d) then goto 7 3: go to next 4: t1=x+1 5: x=t1 6: go to next 7: t2=y+1 8: t2=y 9: go to next 10: ; next é a próxima linha após os comandos da instrução 


Referências

  1. Crespo, Rui Gustavo (1998). Processadores de Linguagens. da Concepção à Implementação. Lisboa, Portugal: IST Press. p. 247. 435 páginas. ISBN 972-8469-01-2 
  2. Aho, Alfred V.; Lam, Monica S.; Sethi, Ravi; Ullman, Jeffrey D. (2008). Compiladores. Princípios, técnicas e ferramentas 2ª ed. São Paulo: Addison Wesley (Pearson). p. 232. 634 páginas. ISBN 972-85-88639-24-9 Verifique |isbn= (ajuda) 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]