Cólica equina – Wikipédia, a enciclopédia livre
A cólica equina é uma doença que afeta equinos, causando dores na região abdominal do animal.[1] Na maioria dos casos, está ligado ao aumento da pressão no sistema digestório do animal[2] e pode levar a morte se não for tratada de maneira rápida e efetiva.[3]Quando passam por esse mal e sentem cólica, os animais ficam inquietos, raspam o chão, sapateiam, dão coices, rolam no chão, deitam de costas, sentam igual aos cães e deitam e levantam com frequência. Os cavalos castrados expõem o pênis sem urinar. No início as dores são sentidas de dez em dez minutos, depois elas passam a ser frequentes.[4] A cólica pode ser descrita em dois tipo: A falsa e a verdadeira. A verdadeira é causada pelo acúmulo de alimento, gases ou líquidos no trato intestinal, já a falsa é causada modificações peritônio, baço, rins, outros órgãos ou intoxicação alimentar.[4]
Causas
[editar | editar código-fonte]De modo geral, o que causa a cólica é o manejo equivocado do animal e má alimentação.
No habitat natural, o animal raramente sofre de cólica, pois na natureza o animal come pouco, mas o humano ao domesticar o animal o fez comer mais do que o sistema do cavalo pode digerir. Alem disso, o mal trato dentário dificulta ainda mais a digestão.[5]
Ademais, má nutrição do animal pode causar cólica. Doenças parasitárias, qualidade da forragem e estresse ambiental são outros fatores que contribuem para o surgimento de problemas gastrointestinais, que se manifestam através da dor.[6]
A junção de todos esse fatos podem dificultar o tratamento clínico.[3]
Existem algumas patologias que causam cólica, são elas :
Sintomas
[editar | editar código-fonte]Independentemente da intensidade das dores o animal tende a olhar muito para os flancos, rolar na baia, levantar e deitar constantemente, cavar muito no chão , ficar em posições anômalas, como ficar na posição de " cachorro sentado ", falta de apetite (anorexia), baixar da cabeça para beber água sem fazê-lo, ausência de movimento visceral, ausência ou redução de sons digestivos, respiração ofegante e/ou narinas queimadas, batimento cardíaco elevado, suor excessivo, depressão, enrolar dos lábios (reação Flehmen) e extremidades frias. [7][8]
Tratamentos
[editar | editar código-fonte]O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico e a escolha da forma do tratamento é escolhido a partir da análise clinica do animal. O objetivo do tratamento é hidratar ou lubrificar o material compactado suficientemente para permitir que o intestino faça com que a massa reduza o tamanho e então possa ser eliminada pela motilidade gastrointestinal normal.[9]
De modo geral, o tratamento clínico é baseado na manutenção por sonda gastrointestinal e dependendo da compactação pode ser tratado com laxantes, fluidos intravenosos e analgésicos.[7]
Tipos de tratamentos
[editar | editar código-fonte]- Controle da Dor :é fundamental para uma abordagem segura do paciente com sinais de dores abdominal aguda e para que se possa realizar o transporte do animal para um centro medico especializado . E o controle da dor o seu controle auxilia na sustentação geral do organismo pelo fato de excluir a variável neurogênica do ciclo da insuficiência circulatória periférica, e consequentemente, nas respostas neuro-humorais da motilidade gastrintestinal.
- Laxantes: A obstrução luminal do intestino do equino tem sido tradicionalmente tratada com catárticos. Este método de tratamento tem um longo relato de trabalhos, entretanto, existem pesquisas recentes a respeito de lubrificantes ou catárticos.
- Fluidoterapia: O tratamento inicial para a compactação é a hidratação da ingesta desidratada para que o intestino possa alterar a forma da massa e movê-la através do trato gastrointestinal.
Referências
- ↑ Ávila, Flávia (20 de janeiro de 2014). «Cólica Equina». Website Ourofino
- ↑ Machado, Róbson Rogério (Outubro de 2011). «Cólica Equina» (PDF). www.unicruz.edu.br. Arquivado do original (PDF) em 5 de agosto de 2014
- ↑ a b Campelo, Jairo (janeiro de 2008). «Cólica equina» (PDF). Revista Científica eletônica de medicina Veterinária- Ano VI - Número 10. Consultado em 8 junho de 2017
- ↑ a b Pasqueto, Vitor Silva. «Cólica Equina: Causas,Tratamentos e Prevenção». rblvet
- ↑ Pedrosa, Ana Rita (2008). «Cólicas em equinos Tratamento médico vs cirúrgico critérios de decisão-Dissertação de mestrado integrado em Medicina Veterinária .» (PDF). Universidade Técnica de Lisboa. Consultado em 25 de maio de 2017
- ↑ CAMPELO, Jairo (Janeiro de 2008). «Cólica Equina» (PDF). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/ ACEG. Consultado em 8 de Junho de 2017
- ↑ a b «Cólica Equina - Causas, tratamento e prevenção .». JJVET. 27 de julho de 2011. Consultado em 31 de maio de 2017
- ↑ «Sitomas e cuidados com a cólica equina». Portal Escola do Cavalo - Revista veterinária. Consultado em 12 de Julho de 2017
- ↑ Godoy, Milena Cristina Leite. «Cólica por compactação em equinos» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2017[ligação inativa]