Cacalo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Cacalo | |
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Presidente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense | |
Período | 15 de dezembro de 1996 até 20 de dezembro de 1998 |
Antecessor(a) | Fábio Koff |
Sucessor(a) | José Alberto Machado Guerreiro |
Dados pessoais | |
Nome completo | Luiz Carlos Pereira Silveira Martins |
Nascimento | 27 de agosto de 1950 Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
Morte | 24 de agosto de 2024 (73 anos) Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
Profissão | Advogado, radialista e dirigente esportivo |
Luiz Carlos Pereira Silveira Martins, mais conhecido como Cacalo (Porto Alegre, 27 de agosto de 1950 – Porto Alegre, 24 de agosto de 2024), foi um advogado, radialista e dirigente esportivo brasileiro. Foi presidente do Grêmio de Porto Alegre no biênio 1997-1998. Possuía coluna no jornal Diário Gaúcho e também participava do programa de debates Sala de Redação, na Rádio Gaúcha, onde fazia comentários sobre futebol, principalmente sobre o Grêmio. Cacalo morreu quando estava internado no Hospital Moinhos de Vento, onde passou por um procedimento de transplante de rim.[1]
Trajetória
[editar | editar código-fonte]Foi presidente do Grêmio[2] nos anos de 1997 e 1998. Além disso, era diretor de futebol durante uma fase muito gloriosa do clube, quando era treinado por Luiz Felipe Scolari, e conquistou inúmeros títulos, como a Copa Libertadores da América, a Recopa Sul-Americana, o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Gaúcho.
Em setembro de 2012, recebeu o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, pela Câmara Municipal de Porto Alegre.[3]
No segundo semestre de 2014, no contexto dos insultos insultos racistas proferidos ao goleiro santista Aranha pela torcida do Grêmio, Cacalo afirmou que tais casos não passavam de "folclores do futebol":
“ | É um absurdo, revoltante o Grêmio poder ser punido por isso. Se você virar para um afrodescendente na rua e falar: 'ô negro macaco', você está praticando um ato de racismo, mas nesse contexto do futebol, dessa forma, é o fim do futebol. Essa menina está sendo tratada como assassina por ter feito um grito de folclore do futebol.[4] | ” |
No dia seguinte, diante da repercussão negativa de seu comentário, Cacalo fez outro pronunciamento, no qual disse que ele era contra a punição ao Grêmio, pois injuria racial é um crime personalíssimo e portanto seria uma grande injustiça com o clube Grêmio.
"A constituição federal brasileira prevê que nesse tipo de crime de racismo, que a pena, a punição, não pode ultrapassar a figura do agressor. Houve um ato de injúria racial da menina, eu disse vinte vezes ontem, mas o que eu disse um milhão de vezes ontem é que eu não admitia, sob hipótese alguma, que o Grêmio em face da constituição federal fosse punido pelo motivo que eu agora expliquei. A punição de um ato de racismo, que existiu, eu disse e repeti dez vezes ontem,a punição de um ato de racismo não pode ultrapassar a figura do agressor. Por isso eu acho um absurdo se o Grêmio FBPA for punido. E aqueles ouvintes civilizados que me mandaram correspondência não entendendo, eu to fazendo questão de dar esclarecimento e me penitenciar perante eles, porque talvez eu possa ter me expressado mal.[5]"
Referências
- ↑ «Hospital Moinhos de Vento». Wikipédia, a enciclopédia livre. 4 de agosto de 2024. Consultado em 25 de agosto de 2024
- ↑ «Notícias de Silveira Martins / Grêmio escapa de multa de R$ 82 milhões». Consultado em 17 de Maio de 2012
- ↑ Câmara Municipal de Porto Alegre (18 de setembro de 2012). «Cacalo é o novo cidadão emérito de Porto Alegre». Consultado em 9 de maio de 2018
- ↑ Terra: Racismo contra Aranha é "folclore", diz ex-cartola do Grêmio
- ↑ Cacalo (3 de setembro de 2014). «Cacalo explica declarações sobre racismo na Arena; ouça». Radio Gaucha. Consultado em 6 de setembro de 2014