Cajado e mangual – Wikipédia, a enciclopédia livre
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O cajado[1][2] (heka[3]) e o mangual[1][2] (nekhakha[4]) são símbolos usados na sociedade do Antigo Egito. Eram originalmente os atributos da divindade antiga Osíris[5] mas se tornaram insígnias da autoridade faraônica.[6][7] O cajado de pastor significa a realeza e o mangual a fertilidade da terra.[6]
Os únicos exemplos faraônicos existentes tanto do cajado quanto do mangual vêm do túmulo de Tutancâmon. Os cajados são feitos de bronze e cobertos com listras alternadas de vidro azul, obsidiana e ouro, enquanto as contas do mangual são feitas de madeira folheadas em ouro.[8]
Tradicionalmente são cruzados sobre o peito quando segurado, provavelmente representavam o governante como um pastor cuja benevolência é formidavelmente temperada com poder.[9]
Na interpretação de Toby Wilkinson, o mangual, usado para incitar o gado, era um símbolo do poder coercivo do governante: como pastor de seu rebanho, o governante encorajava seus súditos, assim como os restringia.[10]
Galeria
[editar | editar código-fonte]- Detalhe de um friso em uma parede do túmulo QV66, de Nefertari (c. 1295-1255 a.C.), caracterizando o deus egípcio Osiris.
- Osiris como um governante do além, detalhe da tumba de Senedjem
- Cajado e mangual encontrados na tumba de Tutancâmon
Referências
- ↑ a b Antonio Luiz M. C. Costa (5 de fevereiro de 2015). Armas Brancas: Lanças, espadas, maças e flechas – como lutar sem pólvora da pré-história ao século XXI. [S.l.]: Editora Draco. p. 101. ISBN 978-85-8243-094-1
- ↑ a b Clare Gibson. Como Compreender Símbolos. [S.l.]: SENAC SP. p. 65. ISBN 978-85-396-0173-8
- ↑ Mey Zaki (2008). Legacy of Tutankhamun: Art and History. [S.l.]: American Univ in Cairo Press. p. 120. ISBN 978-977-17-4930-1
- ↑ Brenda McKoy (2009). The Wings of Isis. [S.l.]: John Hunt Publishing. p. 28. ISBN 978-1-84694-218-1
- ↑ Khepra Ka-Re Amente Anu (6 de maio de 2012). Lifting the Spiritual Self-Esteem of the Lgbt Community: A Critique of Fabricated, Discriminatory, Judgmental, and Sexist World Religions. [S.l.]: iUniverse. p. 141. ISBN 978-1-4502-9936-7
- ↑ a b Steele, Philip (2002). Ancient Egypt. [S.l.]: The Rosen Publishing Group. p. 12. ISBN 1435851730
- ↑ Moustafa Gadalla (26 de fevereiro de 2018). O Antigo Egito As Raízes do Cristianismo. [S.l.]: Moustafa Gadalla. p. 72. GGKEY:RL665B9JTHP
- ↑ Allen, Susan (2006). Tutankhamun's Tomb: The Thrill of Discovery. [S.l.]: Metropolitan Museum of Art. p. 100. ISBN 1588391892
- ↑ «Tutankhamun "Wonderful Things" From The Pharaoh's Tomb» (PDF). Herkimer Community Museum. p. 75. Consultado em 10 de maio de 2014. Arquivado do original (PDF) em 3 de setembro de 2013
- ↑ Wilkinson, Toby A.H. (1999). Early Dynastic Egypt. [S.l.]: Routledge. p. 190. ISBN 0-415-18633-1