Caminho de Ferro de Luanda (empresa) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Caminho de Ferro de Luanda | |
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Atividade | Logística |
Fundação | 1938 |
Sede | Rua Major Canhangulo, n.º 1. Luanda, Angola. |
Proprietário(s) | Estado Angolano |
Pessoas-chave | Júlio Bango (CEO) |
Produtos | Transporte de cargas e pessoas |
Website oficial | cfl.co.ao |
Serviços CFL | |
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Serviço: Suburbano Linhas: ʟ Luanda • d Dondo |
Empresa do Caminho de Ferro de Luanda-E.P. (ECFL-EP), mais conhecia somente como Caminho de Ferro de Luanda, é uma empresa pública de administração indireta angolana, responsável pela operação dos serviços de carga e de passageiros no Caminho de Ferro de Luanda e Ramal do Dondo, servindo 30 estações localizadas em quatro províncias: Cuanza Norte, Malanje, Bengo e Luanda.
É, ainda, responsável pelos serviços suburbanos na capital de Angola, Luanda, onde liga a estação central à de Catete. Os serviços de médio e de longo curso destinam-se ao Dondo e a Malanje, respectivamente.[1] Liga ao Porto de Luanda, e futuramente servirá também o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, através de um ramal actualmente em construção.[2]
Historial
[editar | editar código-fonte]A empresa descende de duas companhias ferroviárias distintas, sendo a mais antiga a "Companhia do Caminho de Ferro Através de África" (CCFAA), formada pelo empresário português Alexandre Peres em 1885. A outra companhia, estatal, se chamava "Companhia dos Caminhos de Ferro de Ambaca–Malanje" (CCFAM), e foi formada em 13 de novembro de 1902.
Desacordos entre a estatal portuguesa CCFAM (controladora do trecho Lucala-Malanje) e a CCFAA — com esta última solicitando mais aporte financeiro da nação para manutenção do trecho Luanda–Lucala —, fizeram com que a operação dos trechos fosse totalmente independente.
Quando Portugal se viu obrigado a fazer o primeiro resgate financeiro da CCFAA, evitando sua falência total, a empresa privada passou por intervenção estatal. A questão só foi resolvida no Estado Novo, com a nacionalização da CCFAA, em 1938, onde também ocorreu a fusão desta com a CCFAM, formando a "Companhia dos Caminhos de Ferro de Luanda" (CCFL).
A empresa permaneceu na posse do Estado português até a independência angolana, quando foi expropriada e nacionalizada em favor de Angola. Em virtude da Guerra Civil, a empresa praticamente faliu, pois não conseguia operar o Caminho de Ferro de Luanda.
Em 2001 a CCFL passou por um processo de recapitalização para que pudesse participar da reforma e operação da ferrovia.
Serviços
[editar | editar código-fonte]Serviço | Terminais | Comprimento | Estações | Duração |
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Suburbano | Bungo ↔ Catete | 64 km | 14 | 2:01 |
Médio Curso | Musseques ↔ Dondo | 181 km | 14 | 3:28 |
Longo Curso | Musseques ↔ Malanje | 414 km | 24 | 11:44 |
Referências
- ↑ «Horário e Itinerários». Caminho de Ferro de Luanda. 2018. Consultado em 20 de março 2019
- ↑ «Construção do novo aeroporto de Luanda atrasada dois anos». Diário de Notícias. 29 outubro 2017. Consultado em 17 março 2019