Canato da Mongólia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Mongólia Монгол улс Canato da Mongólia | |||||
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Hino nacional Зуун лангийн жороо луус (Séculos de Povo de Rebanhos de Prata)
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Mongolia em 1914 | |||||
Continente | Ásia | ||||
Região | Ásia Central | ||||
País | Mongólia | ||||
Capital | Niislel Khüree (moderno Ulã Bator) | ||||
Língua oficial | Mongol | ||||
Religião | Budismo | ||||
Governo | monarquia absoluta, teocrática[1] | ||||
Cã | |||||
• 1911 - 1924 | Bogd Cã | ||||
Primeiro-ministro | |||||
• 1912 - 1919 | Shirindambyn Namnansüren | ||||
• 1919-1920 | Gonchigjalzangiin Badamdorj | ||||
Período histórico | Século XX | ||||
• 29 de dezembro de 1911 | Mongólia Exterior declara sua independência da Dinastia Qing | ||||
• 7 de junho de 1915 | Tratado de Kyakhta (1915) | ||||
• 23 de novembro de 1919 | Revogação do acordo com a República da China, posterior ocupação e abolição da autonomia da Mongólia pela República da China | ||||
• Outubro de 1920 | Invasão de Roman Ungern von Sternberg | ||||
• 11 de junho de 1921 | Estabelecimento do governo revolucionário popular | ||||
• 26 de novembro de 1924 | Estabelecimento da República Popular | ||||
Moeda | Dólar mongol |
O Canato da Mongólia ou Mongólia Autônoma[2][3] ou Mongólia de Bogd Cã[4] foi o período entre 1911 a 1924, com um interregno entre 1919 e 1920, durante o qual a Mongólia foi um canato independente sob a forma de governo teocrático.
Em 29 de dezembro de 1911, os Khalkhas da Mongólia Exterior declararam sua independência da Dinastia Chingue, e instalaram um líder teocrático, o 8ª Jebtsundamba Khutuktu, como Bogd Cã ou "Santo Imperador".[5] Isto marcou o início do período do Canato de Bogd[6] ou Mongólia Teocrática.[7]
Três correntes históricas trabalharam durante este período. A primeira foi a dos mongóis que se esforçaram para formar um estado independente e teocrático que abraçaria a Mongólia Interior, Barga (também conhecido como Hulunbuir), e Tannu Uriankhai ("pan-Mongólia"). A segunda foi a determinação da Rússia czarista para atingir um duplo objetivo de estabelecer a sua própria esfera de influência no país, mas, ao mesmo tempo garantir a autonomia da Mongólia, não uma independência, dentro do Estado chinês. O terceiro foi o último sucesso dos chineses com a eliminação da autonomia e restauração da soberania do país.
Revolução Nacional Mongol de Libertação de 1911
[editar | editar código-fonte]Em 2 de fevereiro de 1913, o Canato de Bogd enviou cavalarias mongóis para libertar a Mongólia Meridional da China. A Rússia se recusou a vender armas para o Canato de Bogd e o czar russo Nicolau II chamou-o como "O Imperialismo Mongol". 10.000 cavaleiros da Mongóis e sul-mongóis libertaram quase todo o sul da Mongólia, no entanto, o Exército mongol recuou devido à falta de armas em 1914. A Mongólia perderia o seu território do sul, em 1915.
Referências
- ↑ Timothy Michael May, Culture and customs of Mongolia, Greenwood Press, 2008, p. 22
- ↑ L'autonomie de la Mongolie extérieure, Annales de géographie, n°127
- ↑ Mongolie
- ↑ Brief history of Mongolia
- ↑ Thomas E. Ewing, Revolution on the Chinese Frontier: Outer Mongolia in 1911, Journal of Asian History (Wiesbaden), v. 12, pp. 101-119 (1978).
- ↑ William Elliott Butler-The Mongolian legal system: contemporary legislation and documentation, p.255
- ↑ Академия наук СССР-History of the Mongolian People's Republic, p.232