Cane da presa – Wikipédia, a enciclopédia livre
Cane da presa | |
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Cane da presa(hoje mastim napolitano), anos 1950 | |
Nome original | Cane da presa meridionale |
Outros nomes | Cão de presa meridional Cane da presa Cão de presa sulista |
País de origem | Itália |
Características | |
Peso | 45 - 70 Kg |
Altura do macho | 65-75 cm na cernelha |
Altura da fêmea | 63-68 cm na cernelha |
Não é reconhecida por qualquer clube de cães |
Cane da presa meridionale (em italianoː "Cão de agarre meridional") é uma antiga raça de cães molossos originária da Itália em processo de recuperação.[1][2] É visto como uma variedade funcional, saudável e versão antiga do Mastim Napolitano. Estes cães pesam entre 45 e 70 Kg.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Um tipo de cão de presa e guarda de fazendas foi muito popular durante séculos na Itália. Porém após a Primeira Guerra Mundial, estes cães tornaram-se mais escassos, ao mesmo tempo que perdiam utilidade, e espaço para raças estrangeiras. Alguns historiadores mais antigos no século XX, como Piero Scanziani , consideravam-no o próprio Molossus, o "extinto" cão da Molóssia, citado por Aristóteles, no livro IX de A História dos Animais. Porém, foi apenas após a Segunda Guerra Mundial que este tipo de cão foi redescoberto numa exposição de cães pelo próprio Piero Scanziani. Ele adquiriu um cão de pelagem cinza, o qual chamou de Guaglione, e o identificou como o próprio Molossus, sobrevivente. Scanziani começou a criar e se empenhar no resgate da raça, a qual tinha muitos nomes regionais, como cane corso, cane da presa e mastino. Scanziani resolveu chamar a raça de Molosso Italiano.[3][4] Mais tarde, assumiu o nome de mastino napoletano. O primeiro padrão da raça citava os três principais nomes populares (cane corso, cane da presa e mastino). Com o passar dos anos, este cão foi adquirindo traços mais exóticos, se distanciando das características originais, e adotando o nome apenas de Mastim Napolitano. Nos anos 1970, Paolo Breber redescobriu cães mais parecidos com os antigos, e os nomeou oficialmente de Cane Corso, fazendo-o como raça separada do mastino.[5] Após este dado ano, estes cães passaram a serem organizados em duas raças puras separadas com padrões raciais distintos que se modificaram ao longo dos anos, agregando traços físicos exagerados e, segundo alguns, também perda de temperamento, a ambas, o que acabou quase extinguindo o cão molosso italiano original. Recentemente, aficionados pelos cães originais criaram uma organização que está a reunir os espécimes restantes que se encaixam no padrão antigo do Mastim napolitano de 1949, alegadamente tentando resgatar a raça em seu formato original e saudável. O nome Cane da presa meridionale (Cão de presa sulista) foi adotado.[6] Este é o segundo resgate que é feito desta proto-raça, após o cane corso.[7]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Associação Italiana do Cane da Presa Meridionale
- Padrão do Cane da Presa Meridionale (em italiano)
- Recrutamento de indivíduos elegíveis para ser admitido na seleção
Referências
- ↑ a b «Standard». Associazione Italiana Cane da Presa Meridionale (em italiano). Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ «Il progetto». Associazione Italiana Cane da Presa Meridionale (em italiano). Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ «Philosophy (English)». www.canedamasseria.it. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- ↑ «Un pagina di un libro di Piero Scanziani del 1952». www.difossombrone.it. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- ↑ «Accueil - Elevage du Temple des Brumes - eleveur de chiens Cane Corso». templedesbrumes.chiens-de-france.com (em francês). Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- ↑ «Neapolitan Mastiffs,Cane Corso and Cane Da Presa Meridionale is the Neapolitan Mastiff worth having?». Dogs Arena (em inglês). 11 de fevereiro de 2015
- ↑ Peri, Angelo (1847). Vocabolario cremonese italiano (em italiano). [S.l.]: Feraboli