Capoeira (vegetação) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Capoeira é uma vegetação secundária composta por gramíneas e arbustos esparsos, que cresce após a derrubada da vegetação original. O termo, oriundo do tupi, designa o mato que nasceu no lugar de vegetação cortada. Significa, literalmente, "mato do passado", de ka'a ("mato") e uera ("do passado").[1][2]A capoeira se dá principalmente em áreas de atividade agrícolas , em especial áreas de pastagem. Por sofrer desgaste causado pelo homem não é considerada uma floresta primária. No Brasil, o termo é sinônimo de juquira.
Estágios de sucessão
[editar | editar código-fonte]Inicial
[editar | editar código-fonte]O estágio inicial da capoeira passa a existir em áreas onde houve superexploração dos recursos naturais, tais como, áreas degradadas para criação de gado ou áreas para fins agronômicos. Esse estágio de capoeira comumente dura cinco anos, podendo se prolongar por mais anos a depender do nível de degradação do solo. A vegetação tem o predomínio de plantas herbáceas anuais ou bianuais, havendo também algumas árvores pioneiras de poucas espécies como por exemplo,embaúbas (Cecropia sp.), lacres (Vismia sp.), e jurubebas (Solanum sp.).[3]
Secundário
[editar | editar código-fonte]O estágio intermediário da capoeira ocorre entre dez a 20 anos de idade. Nessa fase a vegetação chegam a uma altura média de 8 metros e há uma variedade de especies, contudo, há predominância de arvores pioneiras como os lacres, ingás (Inga sp.) e as embaúbas (Cecropia sp.) e poucas herbáceas. Ressaltando que essa variação de flora varia de região. [3]
Avançado
[editar | editar código-fonte]Inicia-se após 20 anos de regeneração natural da vegetação, nesse estágio avançado de sucessão as árvores atingem uma estatura média superior a 10 m. Essa vegetação é caracterizada por ser lenhosa, alta, tem folhas durante o ano inteiro, com algumas espécies que perder as folhas durante as estações mais secas do ano para evitar perda de água. Neste estágio também é possível observar algumas espécies climácicas.[3]
Referências
- ↑ FERREIRA, A.B.H. Novo dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.334
- ↑ IBGE (2012). Manual Técnico da Vegetação Brasileira. 2a ed. Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/vegetacao/manual_vegetacao.shtm>.
- ↑ a b c P., SALOMÃO, R. de; G., VIEIRA, I. C.; S., BRIENZA JUNIOR,; do., AMARAL, D. D.; de., SANTANA, A. C. (22 de fevereiro de 2013). «Sistema capoeira classe: uma proposta de sistema de classificação de estágios sucessionais de florestas secundárias para o estado do Pará.»
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- RIZZI, C. A. Investigações sobre a construção do fitônimo Capoeira: aspectos do campo léxico-semântico e geolinguistica indígenas. TradTerm, v. 19, p. 214-247, 2012, [1].
- SALOMÃO, R. P.; VIEIRA, I. C.; BRIENZA JÚNIOR, S.; AMARAL, D. D.; SANTANA, A. C. Sistema Capoeira Classe: uma proposta de sistema de classificação de estágios sucessionais de florestas secundárias para o Estado do Pará. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 7, n. 3, p.297-317, 2012. [2].