Caraguatá – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaCaraguatá
Caraguatá com frutos
Caraguatá com frutos
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Subclasse: Commelinidae
Ordem: Poales
Família: Bromeliaceae
Subfamília: Bromelioideae
Género: Bromelia
Espécie: B. pinguin
Nome binomial
Bromelia pinguin
Linnaeus

Caraguatá (Bromelia balansae), gravatá, abacaxi-de-raposa, caravatá, caroá, caroatá, caruatá, caruatá-de-pau, coroá, coroatá, coroá-verdadeiro, craguatá, crauaçu, crauatá, crautá, cravatá, croá, curauá, curuá, curuatá, erva-do-gentio, erva-piteira, piñuela e gragoatá são designações comuns de várias espécies de plantas epífitas e terrestres da família das bromeliáceas.[1][2][3] O nome caraguatá e semelhantes se originam do tupi karaguatá, nome da planta naquela língua.[4]

A planta apresenta longas folhas com fortes espinhos nas bordas e de colorido vermelho-arroxeado quando em flor. As fibras contidas no fruto dessa planta servem para o preparo de roupas, cintos e bolsas. Tais fibras já foram motivo de tentativas de exploração comercial no Paraguai e na Argentina durante o século 19. [5] Os frutos, que são produzidos de março a junho, são apreciados crus, cozidos ou assados e eram importante na alimentação do povo indígena Bororo. Comem-se, também o rizoma, a inflorescência e o botão floral, geralmente crus ou cozidos.[6]

Quando ocupam grandes áreas, formam barreiras que servem de esconderijos para ninhos de jacarés e refúgios de cobras, tatus, porcos e tamanduás. Na medicina popular, seus frutos, fervidos, são utilizados para xaropes contra tosse, gripe e pneumonia. Geralmente, vivem no cerrado brasileiro e em matas ciliares. O xarope feito no Brasil possui um sabor distinto e delicioso sendo que popularmente se considera tóxico o abuso extremo principalmente por crianças.

Em Iucatã é usada conta a coqueluche, cozida com mentha, Melissa (género) e uma planta local do México. No final do século XVIII o botânico Vicente Cervantes dizia para usar o suco da parte carnuda do fruto maduro para fazer xarope contra o escorbuto, diabetes e embriaguez.

  1. Julio Seabra Inglez Souza,Enciclopédia agrícola brasileira: E-H, EdUSP, 1995
  2. «Flora do Brasil 2020». reflora.jbrj.gov.br. Consultado em 30 de maio de 2018 
  3. «Caroá». Cerratinga. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  4. NAVARRO, E. Dicionário de Tupi Antigo: a língua indígena clássica do Brasil. Editora Global, 2013
  5. «Caraguatá Fibre. (Bromelia argentina, Baker.)». Bulletin of Miscellaneous Information (Royal Botanic Gardens, Kew). 1892 (69): 191–195. 1892. doi:10.2307/4102553 
  6. «Caraguatá comum - Bromelia pinguin». www.agron.com.br. Consultado em 30 de maio de 2018 
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