Tomás Caetano – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tommaso De Vio
Cardeal da Santa Igreja Romana
Bispo de Gaeta
Tomás Caetano
Martinho Lutero e o Cardeal Caetano, 1557
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem dos Pregadores
Diocese Arquidiocese de Gaeta
Nomeação 13 de abril de 1519
Predecessor Fernando Herrera
Sucessor Esteban Gabriel Cardeal Merino
Mandato 1519 - 1534
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 1491
Nomeação episcopal 8 de fevereiro de 1518
Ordenação episcopal 1 de maio de 1518
por Niccolò Cardeal Fieschi
Nomeado arcebispo 8 de fevereiro de 1518
Cardinalato
Criação 1 de maio de 1517
por Papa Leão X
Ordem Cardeal-presbítero
Título São Sisto (1517-1534)
Santa Praxedes (1534)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Gaeta
20 de fevereiro de 1469
Morte Roma
9 de agosto de 1534 (65 anos)
Nome religioso Frei Tommaso De Vio
Nome nascimento Jacobo ou Giacomo
Nacionalidade italiano
Funções exercidas -Mestre-geral da Ordem dos Pregadores (1509-1517)
-Arcebispo de Palermo (1518-1519)
Sepultado Santa Maria sopra Minerva
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Tommaso De Vio, conhecido como Caetano (Gaeta, 20 de Fevereiro de 1469Roma, 9 de Agosto de 1534) foi um frade dominicano, exegeta, filósofo, teólogo[1] e cardeal italiano.

De família nobre, nascido como Jacobo ou Giacomo, desde criança era muito devoto e amante do estudo. Entrou aos dezesseis anos para a Ordem dos Pregadores contra os desejos da sua família. Como estudante em Nápoles, Bolonha e Pádua era o preferido dos seus professores e colegas. Bacharel em teologia em 1492 e doutor em 1494.

Ordenado sacerdote em 1491, foi professor de «sentenças» e metafísica em 1493, em Pádua, professor de teologia em Brescia (1497). Foi nomeado procurador geral da sua ordem em 1501 e vigário-geral em 1507 por morte do então Mestre Geral. eleito como seu sucessor no Capítulo de 1509. Trabalhou para evitar o cisma provocado pelo Concílio de Pisa, convocado para deposição de Júlio II, defendeu o Papa redigindo a obra Tractatus de Comparatione auctoritatis Papæ et conciliorum ad invicem e defendeu a reforma da Igreja no V Concílio de Latrão tendo tido um papel primordial na defesa e reconhecimento da infalibilidade papal e na autoridade suprema do Bispo de Roma sobre os concílios.

Foi criado Cardeal no consistório de 1 de Julho de 1517 e eleito arcebispo de Palermo em 1518, do qual nunca chegou as tomar posse, por oposição do Senado da cidade, resignando em 1519 e sendo transferido para a diocese de Gaeta onde permaneceu até à sua morte.

Notável teólogo, opôs-se a Martinho Lutero e encontrou-se com ele, tentando que renunciasse ao cisma. De Vio ajudou na redação do projeto de excomunhão contra Lutero em 1519.[1] Votou favoravelmente pela validade do casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, primeira esposa do rei inglês. Escreveu comentários à Suma Teológica de Tomás de Aquino, que o Papa Leão XIII ordenou que fossem juntos à edição original para estudo e formação dos clérigos.

Mais de 115, das quais se destacam:

  • "Summa" (10 vol), Lyon, 1540, Roma, 1570; Veneza, 1596; Roma, 1773; Roma, 1888;
  • "Opuscula omnia tribus tomis distincta" (fol., Lyon, 1558; Veneza, 1558; Antuerpia, 1612);
  • "Commentaria super tractatum de ente et essentiâ Thomae de Aquino; super libros posteriorum Aristotelis et praedicamenta", etc. (fol., Veneza, 1506);
  • "In praedicabilia Porphyrii praedicamenta et libros posteriorum analyticorum Aristotelis castigatissima commentaria" (8 vol., Veneza, 1587, 1599);
  • "Super libros Aristotelis de Animâ", etc. (Roma, 1512; Veneza, 1514; Paris, 1539);
  • "Summula de peccatis" (Rome, 1525, etc.;
  • "Jentacula N.T., expositio literalis sexaginta quatuor notabilium sententiarum Novi Test.", etc. (Roma, 1525);
  • "In quinque libros Mosis juxta sensum lit. commentarii" (Roma, 1531, fol.; Paris, 1539);
  • "In libros Jehosuae, Judicum, Ruth, Regum, Paralipomenon, Hezrae, Nechemiae et Esther" (Roma, 1533; Paris, 1546);
  • "In librum Job" (Roma, 1535);
  • "In psalmos" (Veneza, 1530; Paris, 1532);
  • "In parabolas Salomonis, in Ecclesiasten, in Esaiae tria priora capita" (Roma, 1542; Lyon, 1545; Paris, 1587);
  • "In Evangelia Matt., Marci, Lucae, Joannis" (Veneza, 1530);
  • "In Acta Apostolorum" [Veneza, 1530; Paris, 1536];
  • "In Epistolas Pauli" (Paris, 1532);
  • "Opera omnia quotquot in sacrae Scripturae expositionem reperiuntur, curâ atque industriâ insignis collegii S. Thomae Complutensis, O.P." (5 vols. fol., Lyon, 1639).

Obras editadas em língua portuguesa

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  • "Comentário ao Do ente e da essência" (Editora Contra Errores, 2022)

Referências

  1. «Cajetan | Dominican Friar, Thomistic Philosophy, Renaissance Humanism | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 17 de janeiro de 2024 
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