Carlo Alberto Guidobono Cavalchini – Wikipédia, a enciclopédia livre
Carlo Alberto Guidobono Cavalchini | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Decano do Colégio dos Cardeais Datário de Sua Santidade | |
Gravura de Giovanni Domenico Campiglia e Antonio Pazzi | |
Título | Cardeal-bispo de Óstia-Velletri |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Nomeação | 16 de maio de 1763 |
Predecessor | Giuseppe Spinelli |
Sucessor | Fabrizio Serbelloni |
Mandato | 1763 - 1774 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 24 de fevereiro de 1727[1][2] |
Nomeação episcopal | 10 de maio de 1728 |
Ordenação episcopal | 6 de junho de 1728 Basílica de São Pedro por Papa Bento XIII, O.P. |
Nomeado arcebispo | 10 de maio de 1728 |
Cardinalato | |
Criação | 9 de setembro de 1743 por Papa Bento XIV |
Ordem | Cardeal-presbítero (1743-1759) Cardeal-bispo (1759-1774) |
Título | Santa Maria da Paz (1743-1759) Albano (1759-1763) Óstia (1763-1774) |
Brasão | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Tortona 26 de julho de 1683 |
Morte | Roma 7 de março de 1774 (90 anos) |
Progenitores | Mãe: Lucrezia Passalacqua Pai: Pietro Antonio Guidobono Cavalchini |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Carlo Alberto Guidobono Cavalchini (26 de julho de 1683 - 7 de março de 1774[1]) foi um cardeal italiano, Datário de Sua Santidade e decano do Colégio dos Cardeais.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Pietro Antonio Guidobono Cavalchini, barão do Sacro Império Romano-Germânico e de Lucrezia Passalacqua.[1] Era tio-avô do também cardeal Francesco Guidobono Cavalchini.
Iniciou seus estudos em casa, mais tarde, frequentou a escola jesuíta em Tortona, em seguida, ele estudou na Universidade de Pavia, onde obteve o doutorado utroque iure, em direito canônico e direito civil, em 24 de julho de 1702. Seu pai o enviou a Roma para aperfeiçoar sua formação jurídica com os advogados mais conceituados da época.[1]
Devido à sua fama como advogado, ele foi admitido no Colégio dos defensores de Milão e foi-lhe concedida a cidadania em 1702. O Senado Milanês designou-o advogado consistorial para aquela cidade, em julho de 1716. Eleitor do Tribunal da Assinatura Apostólica de Justiça e referendário dos Tribunais da Assinatura Apostólica da Justiça e da Graça, em 15 de setembro de 1724.[1]
Vida religiosa
[editar | editar código-fonte]Foi ordenado padre em 24 de fevereiro de 1727. Eleito arcebispo-titular de Philippi em 10 de maio de 1728, foi consagrado em 6 de junho, na Basílica Patriarcal Vaticana, em Roma, pelo Papa Bento XIII, assistido por Giuseppe Maria Feroni, arcebispo-titular de Damasco, e por Bernardo Pizzella, bispo-titular de Constantina. Promotor da Fé em 19 de maio de 1728.[1]
Criado cardeal no consistório de 9 de setembro de 1743, pelo Papa Bento XIV, recebeu o barrete cardinalício em 12 de setembro e o título de Santa Maria da Paz em 23 de setembro. Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos e Regulares, em 2 de março de 1748, permanecendo no cargo até 24 de junho de 1752. Foi nomeado protetor da Ordem dos monges Celestinos, em novembro de 1752 e dos Frades Capuchinhos em março de 1753.[1]
No Conclave de 1758, o rei Luís XV da França apresentou o jus exclusivae, por meio do cardeal Paul d'Albert de Luynes, ao cardeal Guidobono Cavalchini, quando este estava a apenas um voto de ser eleito Papa. Segundo algumas fontes, no entanto, durante o conclave, Guidobono Cavalchini teria sido eleito, mas depois foi forçado a demitir-se pelo veto francês.[1] Esse veto foi motivado pela sua atitude em relação à promoção de Roberto Belarmino e nas questões relacionadas com a bula papal anti-jansenista Unigenitus.[3] A exclusão provocou fortes protestos, mas Cavalchini mesmo disse: "É uma prova evidente de que Deus me considera indigno de preencher as funções de seu vigário na Terra".[4]
Nomeado Datário de Sua Santidade, em 15 de julho de 1758, cargo que ocupou até sua morte. Passa para a ordem dos cardeais-bispos e assume a sé suburbicária de Albano em 12 de fevereiro de 1759. Em 16 de maio de 1763, assume a suburbicária de Ostia–Velletri, sé do decano do Sacro Colégio dos Cardeais. Ele visitou a diocese, erradicou os abusos, restaurou a disciplina eclesiástica, trabalhou para o bem público e foi generoso com os pobres.
Morreu em 7 de março de 1774, em Roma, com catarro, febre alta e devido à avançada idade. Foi velado na basílica de Ss. XII Apostoli, em Roma, onde o funeral ocorreu com a participação do papa e do Sacro Colégio dos Cardeais. Na ocasião, o Papa concedeu a absolvição final e foi enterrado, temporariamente, na mesma Basílica. Mais tarde, seus restos mortais foram transferidos para Tortona.[1]
Conclaves
[editar | editar código-fonte]- Conclave de 1758 - participou da eleição do Papa Clemente XIII[2]
- Conclave de 1769 - participou como deão da eleição do Papa Clemente XIV[2]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês)
- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)
- «Araldica Vaticana» (em italiano)
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Cardella, Lorenzo (1793). Memorie storiche de' cardinali della Santa Romana Chiesa (em italiano). Roma: Stamperia Pagliarini
- Beltrami, Giuseppe (1972). Notizie su prefetti e referendari della Segnatura Apostolica desunte dai brevi di nomina. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana. p. 131
- von Pastor, Ludwig (1941). History of the Popes. XXXVI. Londres: Routledge & Kegan Paul Ltd
Precedido por Giuseppe Accoramboni | Arcebispo-titular de Philippi 1728 — 1743 | Sucedido por Giovanni Archinto |
Precedido por Damian Hugo Philipp von Schönborn | Cardeal-presbítero de Santa Maria da Paz 1743 — 1759 | Sucedido por Antonio Maria Priuli |
Precedido por Raffaele Cosimo De Girolami | Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos e Regulares 1748 — 1752 | Sucedido por Francesco Carafa della Spina di Traetto |
Precedido por Pompeio Aldrovandi | Datário de Sua Santidade 1758 — 1774 | Sucedido por Vincenzo Malvezzi Bonfioli |
Precedido por Francesco Scipione Maria Borghese | Cardeal-bispo de Albano 1759 — 1763 | Sucedido por Fabrizio Serbelloni |
Precedido por: Giuseppe Spinelli | Cardeal-bispo de Óstia-Velletri | Sucedido por: Fabrizio Serbelloni |
Deão do Sacro Colégio Cardinalíco 1763 — 1774
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