Cartesianismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
O cartesianismo é um movimento intelectual suscitado pelo pensamento filosófico de René Descartes (Cartesius) durante os séculos XVII e XVIII. Descartes é comumente considerado como o primeiro pensador a enfatizar o uso da razão para desenvolver as ciências naturais.[1] Para ele, a filosofia era um sistema de pensamento que encarna todo o conhecimento. Para os cartesianos, a mente está totalmente separada do corpo físico. A sensação e percepção da realidade são pensados como fontes de mentiras e ilusões, com as únicas verdades confiáveis para se ter na existência de uma mente centrada na metafísica. Tal mente pode eventualmente interagir com um corpo físico, contudo isso não existe no plano físico do corpo.[2][3] O termo "cartesianismo" é utilizado para designar coisas aparentadas, mas distintas:
- A filosofia de René Descartes;
- A filosofia influenciada por Descartes, principalmente ao que se convencionou chamar de racionalismo dos séculos XVII e XVIII;
- A característica fundamental da filosofia moderna - o foco na subjetividade;
- A epistemologia fundacionalista que busca refutar o ceticismo hiperbólico (também chamado de ceticismo cartesiano);
- O dualismo corpo-mente;
- A epistemologia que separa a mente do mundo (uma das principais críticas da filosofia analítica à filosofia moderna).
Cartesianos notáveis
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Emily Grosholz (1991). Cartesian method and the problem of reduction. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 0-19-824250-6
- ↑ René Descartes; Translator John Veitch. «Letter of the Author to the French Translator of the Principles of Philosophy serving for a preface». Consultado em 1 de agosto de 2013
- ↑ a b c d e f g h i j k Copleston, Frederick Charles (2003). A history of philosophy, Volume 4. [S.l.]: Continuum International. p. 174. ISBN 978-0-8264-6898-7
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Francisque Bouillier, Histoire de la philosophie cartésienne (2 volumes) Paris: Durand 1854 (reprint: BiblioBazaar 2010).
- Eduard Jan Dijksterhuis, Descartes et le cartésianisme hollandais. Études et documents Paris: PUF 1951.
- Tad M. Schmaltz (ed.), Receptions of Descartes. Cartesianism and Anti-Cartesianism in Early Modern Europe New Yoork: Routledge 2005.
- Richard A. Watson, The Downfall of Cartesianism 1673-1712. A Study of Epistemological Issues in Late 17th Century Cartesianism The Hague: Martinus Nijhoff 1966.