Casa de Pensão – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Casa de Pensão
Autor Aluisío de Azevedo
Data de publicação 1884

Casa de Pensão é um livro de estilo naturalista escrito por Aluísio Azevedo em 1884. A história é baseada em um crime ocorrido na cidade do Rio de Janeiro em 1876 que ficou conhecido como Questão Capistrano.[1][2][3][4]

Desconfia de todo aquele que se arreceia da verdade.

Seriam onze horas da manhã.

O Campos, segundo o costume, acabava de descer do almoço e, a pena atrás da orelha, o lenço por dentro do colarinho, dispunha-se a prosseguir no trabalho interrompido pouco antes. Entrou no seu escritório e foi sentar-se à secretária.

Defronte dele, com uma gravidade oficial, empilhavam-se grandes livros de escrituração mercantil. Ao lado, uma prensa de copiar, um copo d água, sujo de pó, e um pincel chato; mais adiante, sobre um mocho de madeira preta, muito alto, via-se o Diário deitado de costas e aberto de par em par.

Tratava-se de fazer a correspondência para o Norte. Mal, porém, dava começo a uma nova carta, lançando cuidadosamente no papel a sua bonita letra, desenhada e grande, quando foi interrompido por um rapaz, que da porta do escritório lhe perguntou se podia falar com o Sr. Luís Batista de Campos.

- Tenha a bondade de entrar, disse este.

O rapaz aproximou-se das grades de cedro polido, que o separavam do comerciante. (…)”

Casa de Pensão - 1884

Narrado em terceira pessoa, Casa de Pensão inicia com a chegada do jovem maranhense Amâncio ao Rio De Janeiro, que para ali se muda no intuito de estudar medicina na Corte. Em busca de sua liberdade e independência passa a ser hóspede na pensão de João Coqueiro e de Madame Brizard. [1]

O livro trata de racismo, preconceitos, miséria e injustiças sociais.[5]

[6][7]

  • Amâncio: Jovem preguiçoso e mulherengo, sua vida se resumia em festas e badalações, e era muito rico;
  • Campos: Amigo do pai de Amâncio; primeiro que o acolhe em sua casa. Porém Amâncio abandona a casa, pois está atras de festas e soberba, na casa de Campos, isso era mal visto.
  • Hortênsia: mulher de Campos, se interessa por Amâncio; mas os dois não se envolvem.
  • João Coqueiro: dono da pensão, quer que Amâncio se case com Amélia por causa de seu dinheiro;
  • Amélia: irmã de João Coqueiro, jovem sedutora e que também tem interesse no dinheiro do jovem Amâncio.
  • Mme. Brizard: esposa de João Coqueiro, apóia o romance de Amélia com Amâncio,pois ele é um garoto rico.
  • Lúcia e Pereira: hóspedes da casa de pensão; Lúcia também é uma das pessoas que querem tomar o dinheiro de Amâncio, e Pereira é seu marido; o casal vive de golpes e enganações.
  • Paiva e Simões: "amigos" de João Coqueiro que só se interessam pelo dinheiro de Amâncio.

Referências

Ligações externas

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