Casa de Teles de Meneses – Wikipédia, a enciclopédia livre
Casa de Teles de Meneses | |
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Estado | Reino de Castela e Portugal |
Título | |
Origem | |
Fundador | Telo Peres de Meneses |
Fundação | Século XII |
Casa originária | Casa de Teles |
Atual soberano | |
Último soberano | Martim Gil de Albuquerque |
Linhagem secundária |
A Casa de Teles de Meneses foi uma família nobre de senhores, condes e marqueses de Castela e Portugal na idade média. A família tem origem em Telo Peres de Meneses, 1º Senhor de Meneses, magnata leonês e líder militar durante o reinado do rei Afonso VIII além de poderoso nobre na Tierra de Campos. Telo de Meneses ficou conhecido como um grande filantropo, patrono dos mosteiros e hospitais para cativos e leprosos e por meio do filho de Telo, Afonso os Teles de Meneses governaram várias tenências em diferentes períodos, incluindo Cea, Grajal, Madrid, Cabezón, Mayorga, Montealegre e Carrión de los Condes, esta última, partilhado com Gonçalo Rodrigues Girão.[1][2] Os membros dessa casa foram importantes figuras da história como administradores coloniais, militares, navegantes, etc além de uma monarca representada por Leonor Teles.
Ramos e títulos de nobreza
[editar | editar código-fonte]Senhor de Meneses
[editar | editar código-fonte]O título foi dado ao fundador da casa Telo Peres de Meneses. Era dono de vastas propriedades na parte leste de Tierra de Campos incluindo Meneses e Montealegre. Também era dono de terras no vale do rio Sequillo e outras propriedades ao longo do Caminho de Santiago, onde fundou hospitais para os peregrinos e os leprosos.[3] Foi tenente de Cea em 1181, a região onde ele também era dono de várias propriedades,[1] assim como em Meneses.[2] O último senhor foi Martim Gil de Albuquerque, 11º. Senhor de Meneses.
Senhor de Albuquerque
[editar | editar código-fonte]O filho de Telo Peres de Meneses, Afonso, recebeu o título de senhor de Albuquerque do rei Sancho I[4] depois de conquistar a vila de Albuquerque. Lá ele construiu o Castelo de Albuquerque. O último senhor foi Martim Gil de Albuquerque, 7.º senhor de Albuquerque.[4]
Conde de Ourém
[editar | editar código-fonte]O Condado de Ourém é dado pelo Rei D. Fernando I a D. João Afonso Telo de Menezes (1310-1381). Ainda que tenha tido descendentes, o título não foi hereditário e lhe foi tirado após sua morte.[5]
Conde de Vila Real
[editar | editar código-fonte]Pedro de Meneses, neto do 1º Conde de Ourém, recebeu o título de Conde em 1424 originando a Casa de Vila Real.[carece de fontes] Este foi a primeira atribuição deste título permanecendo na Casa de Teles de Meneses até Miguel Luís de Meneses, 2.º Duque de Caminha morrendo em 1641 sem deixar descendência extinguindo a linhagem.[6] A segunda atribuição do título ocorreu em 1823 em favor da Casa de Mateus.
Conde de Tarouca/Marquês de Penalva
[editar | editar código-fonte]João de Meneses é feito 1º conde de Tarouca em 24 de Abril de 1499, por carta de D. Manuel I, Almirante de Portugal,[7]por carta de 9 de Junho de 1489 é nomeado governador da casa do príncipe, servindo também junto a ele os ofícios de mordomo mor, vedor da fazenda, e escrivão da puridade.[8]Tal título permanece em sua linhagem até o fim da monarquia em Portugal (1910) com a última soberana sendo D. Eugénia Teles da Silva (1860-1946), 12º Condessa de Tarouca.
Teles de Meneses no Brasil
[editar | editar código-fonte]Luís Teles da Silva Caminha e Meneses acompanhou a comitiva de D. João VI em 1808, tendo se tornado, posteriormente governador do Rio Grande do Sul (1814-1818).[9]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Antônio Teles de Meneses
- Fernão Teles de Meneses
- Antônio José Teles de Meneses
- Rui Teles de Meneses
- João Afonso Teles de Meneses
- João Afonso Teles de Meneses, Conde de Ourém
- João Xavier Teles de Meneses
- Leonor Teles de Meneses
Referências
- ↑ a b Sánchez de Mora 2003, p. 478, Vol. I.
- ↑ a b Barón Faraldo 2006, p. 202.
- ↑ Barón Faraldo 2006, pp. 201-204.
- ↑ a b Barón Faraldo 2006, p. 207.
- ↑ «PORTUGAL NO MUNDO:». www.portugalweb.net. Consultado em 18 de fevereiro de 2018
- ↑ «D. Sebastião de Matos de Noronha - Portugal, Dicionário Histórico». www.arqnet.pt. Consultado em 18 de fevereiro de 2018
- ↑ «CM Tarouca / História». www.cm-tarouca.pt. Consultado em 18 de fevereiro de 2018
- ↑ CAETANO DE SOUSA, António: Memorias Historicas e Genealogicas dos Grandes de Portugal, pp. 189-190 (Marqueses de Penalva) e 567-582 (Condes de Tarouca).
- ↑ Riograndino da Costa e Silva, Notas à Margem da História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora Globo, 1968. Página 216
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Barón Faraldo, Andrés (2006). Grupos y dominios aristocráticos en la Tierra de Campos oriental, Siglos X-XIII (em espanhol). Palencia: Monografías. ISBN 84-8173-122-6
- Castán Lanaspa, Guillermo; Castán Lanaspa, Javier (1992). Documentos del Monasterio de Santa María de Trianos (Siglos XII-XIII) (em espanhol). Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca. ISBN 84-7481-713-7
- Salcedo Tapia, Modesto (1999). La familia Téllez de Meneses en los tronos de Castilla y Portugal (em espanhol). Palencia: Institución Tello Téllez de Meneses CECEL-CSIC, y Diputación de Palencia, Departamento de Cultura. ISBN 848173-070-X
- Sánchez de Mora, Antonio (2003). «La nobleza castellana en la plena Edad Media: el linaje de Lara. Tesis doctoral. Universidad de Sevilla» (em espanhol)
- Sotto Mayor Pizarro, José Augusto P. (1987). Os Patronos do Mosteiro de Grijo: Evolução e Estrutura da Familia Nobre Séculos XI a XIV. Oporto: [s.n.]