Casa dos Azulejos (São Pedro da Aldeia) – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Casa dos Azulejos | |
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Tipo | Residência particular aberta a visitação |
Estilo dominante | Colonial |
Inauguração | 1847 |
Proprietário(a) atual | Família Rui Pinheiro |
Número de andares | 1 |
Geografia | |
País | Brasil |
Localização | São Pedro da Aldeia, Estado do Rio de Janeiro, Brasil |
A Casa dos Azulejos, localiza-se na cidade de São Pedro da Aldeia no estado do Rio de Janeiro. Trata-se de um imóvel em estilo colonial construído pela família do fazendeiro português de Feliciano Gonçalves Negreiro no ano de 1847. O material utilizado na construção foi argamassa de argila, conchas e óleo de baleia, com telhas do tipo que os escravos modelavam uma a uma sobre suas coxas, além de um revestimento em azulejos fabricados em Portugal, fato que tornou o imóvel característico e requintado. [1]
A residência, que lembra casas de fazenda e quintas portuguesas, possui 16 dependências, pátio interno com cisterna, quintal e um acesso a Laguna Araruama que se dá por uma escadaria e um portal também em estilo colonial.
O local foi considerado o único dotado de requinte e conforto adequados para recebimento de nobres viajantes, a casa recebeu ilustres visitantes e entre eles os herdeiros do trono do Império do Brasil, a Princesa Isabel e seu marido Gastão de Orléans, o Conde D'Eu.[2]
De acordo com registros, após o falecimento de Feliciano Negreiro, os herdeiros venderam a casa com tudo o que tinha dentro para Dona Lina Pinheiro, mãe do coronel Felipe Pinheiro, quem viria a ser o primeiro prefeito de São Pedro da Aldeia, por 5 contos de réis, o equivalente na época a 3 escravos "de qualidade".[2]
Em 2015, foi inaugurado um espaço cultural na Casa dos Azulejos, que foi completamente revitalizada, recebeu uma série de reparos e ganhou nova mobília histórica. Dentre as ações de recuperação da Casa estiveram a limpeza e pintura gerais, troca de telhas, consertos estruturais, jardinagem e paisagismo – uma série de reparos que colocaram o patrimônio aldeense apto à visitação. As ações receberam o aval do serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, respeitando a estrutura original.[2]
Valorizando os artistas locais, a Casa dos Azulejos agora abriga quadros do acervo municipal, expostos ao lado de retratos e registros que contam a história da família imperial e dos primeiros proprietários. Composto por mais de 10 cômodos, o imóvel conta com exposição de artefatos e móveis antigos de madeira maciça em estilo colonial português, dentre eles mesas, cadeiras e a célebre “cama da Princesa” em estilo Napoleão I, onde dormiu a Princesa Isabel e seu marido, o Conde d’Eu, durante visita à região em 1868. A Casa ganhou ainda novos mobiliários em estilo Chippendale, da década de 1950, cedidos pela família herdeira. Objetos como o oratório estilo D. João V, o relógio de pé que pertenceu à Câmara Municipal em 1892, a penteadeira estilo Napoleão I, a cristaleira de 1930 e o Canapé de palhinha estilo Luiz Felipe também são destaques da decoração.[2]
Referências
- ↑ «CASA DOS AZULEJOS». Mapa de Cultura RJ. 2011. Consultado em 5 de Janeiro de 2018
- ↑ a b c d «Prefeito Cláudio Chumbinho inaugura revitalização da Casa dos Azulejos». ASCOM PMSPA. 2015. Consultado em 5 de janeiro de 2018 [ligação inativa]