Castanea sativa – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaCastanheiro

Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Clado: rosídeas
Ordem: Fagales
Família: Fagaceae
Género: Castanea
Espécie: C. sativa
Nome binomial
Castanea sativa
Mill., 1768
Distribuição geográfica

Castanheiro, castanheira, castanheiro-bravo, castanheira-portuguesa (no Brasil), castinheiro (nome científico: Castanea sativa) é uma árvore de grande porte, muito abundante no interior norte e centro de Portugal,[1][2] cuja inflorescência (ouriço) contém a castanha, que formou, juntamente com o trigo, cevada e centeio, a base da alimentação em Portugal até ao século XVII. No sul é rara, apenas aparecendo em áreas muito elevadas como a Serra de São Mamede (Marvão).

O castanheiro produz também madeira de excelente qualidade, o castanho, muito usada no passado na construção em Portugal, nomeadamente na região norte do país. É ainda hoje muito utilizada em mobília e decoração interior. Desde tempos remotos que é conhecida na Península Ibérica.

Alberto Sampaio, referindo-se à alimentação do camponês nortenho na Idade Média, diz: «Os frutos, sobretudo as castanhas, encontravam-se num dia ou noutro na mesa do lavrador». As castanhas menores e tocadas pelos bichos serviam de ração para porcos. A partir da Idade Média, a introdução do pinheiro-bravo (Pinus pinaster) foi um dos grandes responsáveis pelo recuo desta espécie, bem como do carvalho. Mais tarde, a introdução do milho e da batata fizeram a castanha perder a importância que tinha na alimentação da população.

Hoje, a castanha está intimamente ligada às comemorações de São Martinho e ao Magusto, sendo consumida durante o outono, normalmente assada ou cozida. Apesar de a planta se encontrar em declínio, devido à concorrência de outras espécies florestais, à doença da tinta e ao abandono dos campos, o seu fruto ainda é uma exportação agrícola portuguesa importante (aproximadamente 4% da produção mundial).

Atualmente os concelhos de Vila Pouca de Aguiar e Valpaços, na província de Trás-os-Montes são os maiores produtores de castanha, e embora este fruto não seja, nos dias de hoje, a base da alimentação da população transmontana, é uma enorme fonte de rendimento em termos monetários, visto que o seu preço atinge muitas vezes valores superiores a 2,50 €uros por quilo.

A um conjunto de castanheiros chama-se souto, soito ou castinçal.

Produzem-se diferentes cultivares de Castanea sativa, entre outros:

Referências


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