Catacumba de Priscila – Wikipédia, a enciclopédia livre
As Catacumbas de Priscila, na Via Salária, no quartiere Trieste de Roma, estão situadas num local que foi uma pedreira na antiguidade. Ela foi utilizada para a realização de sepultamentos cristãos a partir do final do século II até o século IV. Acredita-se que o nome seja derivado de Priscila, um membro da família romana Acilia e que provavelmente era a esposa do cônsul Acílio (que se converteu ao cristianismo e foi executado por ordens de Domiciano).
Pinturas
[editar | editar código-fonte]As catacumbas contém numerosas pinturas de santos e símbolos cristãos primitivos. De particular interesse é a chamada "capela grega", uma câmara quadrada com um arco contendo afrescos geralmente interpretados como sendo cenas bíblicas, incluindo o fractio panis. Acima da abside está uma cena do juízo final. Pesquisas recentes — e controversas — interpretam as cenas tradicionalmente entendidas como sendo parte da deuterocanônica História de Susana (Adições em Daniel 13) como sendo cenas da vida de uma prestigiosa mulher cristã do século II.[1] Perto delas, há uma cena da Madona e do profeta Isaías, também do século II.
As catacumbas de Priscila contém as mais antigas cenas marianas, datando da metade do século II.[2]
Túmulos papais e outras relíquias
[editar | editar código-fonte]Dois papas foram enterrados nas catacumbas de Priscila: Papa Marcelino (296–304) e o Papa Marcelo I (308–309).[3]:p. 32
Supostas relíquias dos Papas Silvestre I, Estevão I e Dionísio foram exumadas e colocadas em veneração no altar de San Martino ai Monti (cujo nome original era Santi Silvestro e Martino ai Monti), no Esquilino, em Roma. Silvestre I foi provavelmente enterrado primeiro em San Martino, embora algumas fontes digam que seus restos tenha sido transferidos para lá. Um sarcófago papal não identificado foi descoberto durante a demolição da antiga Basílica de São Pedro, atribuído a Silvestre I e transportado para a Abadia de Nonantola, perto do altar que contém os restos do Papa Adriano III.[3]:p. 33-34
Os ossos de Santa Praxedes e de Santa Pudenciana estavam nas catacumbas até o século IX, quando foram transportadas, por ordem do Papa Pascoal I, para o altar da recém-reformada Santa Prassede.[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Denzey, Nicola (2007). The Bone Gatherers: The Lost Worlds of Early Christian Women (em inglês). Boston: Beacon Press
- ↑ I Daoust, Marie dans les catacombes 1983
- ↑ a b Reardon, Wendy J. (2004). The Deaths of the Popes (em inglês). [S.l.]: Macfarland & Company, Inc. ISBN 0786415274
- ↑ "Praxedes and Pudentia" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.