Cava (bebida) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Cava catalão

Cava é um tipo de vinho espumante produzido segundo o método tradicional na Catalunha. Legalmente a União Europeia reconhece-o como um VEQPRD (Vinho Espumante de Qualidade Produzido em Região Determinada),[1] e a atividade do sector está regulada pelo Conselho Regulador da Denominação de Origem Cava.


O champanhe francês introduziu-se na Catalunha com a ocupação do exército francês em 1823 até 1827. Luis Justo y Villanueva, do Instituto Agrícola Catalão de Santo Isidro foi o impulsionador da elaboração de um vinho espumoso autóctono com o método champanhês (méthode champenoise) mas a partir das variedades brancas autóctonas do Penedés. A partir de uma reunião agrícola no ano de 1862, demarcou-se o repto de elaborar um espumante local de qualidade que se pudesse apresentar nas exposições internacionais. Na Exposição Universal de Paris de 1867 apresentaram-se os primeiros espumantes catalães. A empresa de Réus Soberano & Cia de Domènec Soberano i Maestras e Francesc Gil i Borràs foi a primeira a comercializar o que então se denominava champanhe de Réus. Na reunião do Instituto Santo Isidro de 1872 participou Josep Raventós i Fatjó, da Adega de Codorníu, que acabaria sendo decisivo na expansão do cava.[2]

Em 1887 chegou a praga da filoxera ao Penedés arruinando os cultivos de vinha. Isto trouxe uma renovação das variedades utilizadas, com a introdução de vinhas de qualidade. Devido à mudança do mercado, com uma forte concorrência internacional, as grandes empresas aproveitaram a oportunidade para elaborar produtos novos como o cava.[3]

O 1972, depois do conflito com a França pela denominação protegida champagne, constituiu-se o Conselho Regulador dos Vinhos Espumantes que lançou a marca Cava recolhendo o nome comum já utilizado desde 1959.[4]

Método Tradicional

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O método tradicional de elaboração do cava é o mesmo método champanhês (méthode champenoise) adaptado às variedades autóctonas da região do Penedès.

Variedades de uva

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As variedades principais utilizadas na elaboração do cava são: o macabeu, a parellada e o xarel·lo. Cada uma contribui ao cava umas características que se complementam:

  • o macabeu contribui com doçura e perfume,
  • a parellada contribui com um fino frescor e aroma, e
  • o xarel·lo contribui com corpo e estrutura.

Variedades secundárias são o chardonnay e o subirat. Para os cavas rosés utilizam-se também as variedades negras grenache, monestrell, pinot noire e trepat.

A partir destas variedades de uva elabora-se o vinho base, que se utilizará para elaborar o vinho espumante numa segunda fermentação. O processo de vinificação é o normal.

Referências

  1. «Cava o xampany». El Punt Avui (em catalão) 
  2. Raventós, Emili Giralt i (1 de janeiro de 2002). Empresaris, nobles i vinyaters: 50 anys de recerca històrica (em catalão). [S.l.]: Universitat de València. ISBN 9788437054926 
  3. Congost, Rosa; Alòs, Llorenç Ferrer i; Colomer, Rosa Congost i (1 de janeiro de 2004). Homenatge al Dr. Emili Giralt i Raventós (em catalão). [S.l.]: Edicions Universitat Barcelona. ISBN 9788447528738 
  4. «Historia del cava | Consejo Regulador del Cava». www.docava.es (em espanhol). Consultado em 7 de março de 2017 
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