Cecília do Coração de Maria – Wikipédia, a enciclopédia livre

Cecília do Coração de Maria
Nome completo Antônia Martins de Macedo
Outros nomes Cecília do Coração de Maria
Nascimento 7 de julho de 1852
São Paulo
Morte 6 de setembro de 1950 (98 anos)
Piracicaba
Nacionalidade brasileira
Ocupação freira
Religião catolicismo

Cecília do Coração de Maria, nascida Antônia Martins de Macedo (São Paulo, 7 de julho de 1852Piracicaba, 6 de setembro de 1950), foi uma religiosa católica brasileira e fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria. É considerada serva de Deus.[1]

Antônia Martins de Macedo nasceu em 7 de julho de 1852, a quinta dos nove filhos do casal filha de Pedro Liberato de Macedo e Rosa Martins Bonilha. Desde pequena sentia-se chamada à vida religiosa, mas sem o apoio e autorização da família não conseguiu ingressar em nenhuma congregação. Por obediência ao pai, casou-se com um noivo que não conhecia e teve 3 filhos, João, Antônio e Rosa.[2]

Viúva, ingressou na Ordem Franciscana Secular, onde adotou por nome de Irmã Cecília do Coração de Maria.[3] Continuou a trabalhar como costureira para sustentar seus filhos, mas o desejo de agradar a Deus nunca a deixou.[4]

Em 6 de janeiro de 1896 partilhou: "Anda em minha mente uma ideia, que não sei se é inspiração ou tentação: Desejava muito abrir uma casa onde morando com algumas companheiras, pudéssemos viver na oração, no trabalho e no apostolado ajudando os Frades Capuchinhos nas missões". Suas colegas da oficina de costura abraçaram a proposta. O diretor da Ordem Franciscana Secular, Frei Luiz Maria de São Tiago aprovou a ideia, indicando que a Congregação se dedicasse a acolher meninas pobres e órfãs de Piracicaba.[5] Assim, em 1900 nasceu a Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria. E ali, irmã Cecília passou a ser também "Mamãe Cecília".[6]

Por determinação diocesana, em 1912, Irmã Cecília deixou a casa e passou a viver com sua filha e uma irmã na casa chamada Chalé. Ali passou 31 anos na pobreza, na oração, no trabalho e no abandono ao Imaculado Coração de Maria. Aos 95 anos, com saúde debilitada, ela retornou à casa que fundara. Sua vida teve fim em 6 de setembro de 1950, quando já contava seus 98 anos de idade.[4]

Beatificação

[editar | editar código-fonte]

Em 1991, seus restos mortais foram transladados para a capela do Lar Escola, que atuou.[2] No dia 6 de setembro de 1992, o então bispo de Diocese de Piracicaba, Dom Eduardo Koaik iniciou a fase diocesana de sua causa de beatificação, concluída em 1997.[7] Em 1998, o material foi aprovado pelo Dicastério para as Causas dos Santos para que se seguisse a fase romana.[8]

Referências

  1. «Nostalgia de Deus e o Acolhimento das Crianças: O legado de Mamãe Cecília do Coração de Maria». A Tribuna Piracicaba. 7 de junho de 2021. Consultado em 25 de setembro de 2024 
  2. a b «Madre Cecília: mãe, esposa, viúva e religiosa». Diocese de Piracicaba. Fevereiro de 2018. Consultado em 25 de setembro de 2024 
  3. «Vaticano analisa processo de canonização de religiosa brasileira». ACI Digital. 19 de janeiro de 2016. Consultado em 25 de setembro de 2024 
  4. a b «Madre Cecília, a mãe dos necessitados». Jornal do Brasil. 29 de janeiro de 2016. Consultado em 25 de setembro de 2024 
  5. «Canonização da Fundadora Madre Cecília». Irmãs Franciscanas do Coração de Maria. Consultado em 25 de setembro de 2024 
  6. «Franciscanas do Coração de Maria». Arquidiocese de Campinas. Consultado em 25 de setembro de 2024 
  7. «Vaticano analisa processo de canonização de religiosa de Piracicaba (SP)». Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. 15 de janeiro de 2016. Consultado em 25 de setembro de 2024 
  8. «1950» (em inglês). Hagiography Circle. Consultado em 25 de setembro de 2024 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.