Cerco de Kiev (1240) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Cerco de Kiev | |||
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Representação do saque de Kiev | |||
Data | 28 de novembro - 6 de dezembro de 1240 | ||
Local | Kiev | ||
Desfecho | Vitória mongol | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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O Cerco de Kiev ou Quieve[1] pelo Império Mongol ocorreu entre 28 de novembro e 6 de dezembro de 1240 e resultou em vitória mongol. Foi pesado golpe à moral e tropas do Reino de Galícia-Volínia e permitiu ao general Batu Cã continuar a marcha à Europa.[2]
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Batu Cã e os mongóis começaram sua invasão no final de 1237 conquistando o Principado de Riazã no nordeste da Rússia de Kiev.[3] Em 1238, foram ao sudoeste e destruíram as cidades de Vladimir e Cozelsque, e Em 1239 capturaram Pereiaslave e Czernicóvia com os olhos postos na cidade de Kiev.[4][5] Quando os mongóis enviaram vários embaixadores a Kiev para exigir a submissão, foram executados por Miguel I de Czernicóvia e posteriormente por Demétrio.[6][7]
Cerco
[editar | editar código-fonte]O exército de vanguarda comandado pelo primo de Batu, Mangu, chegou perto da cidade em 1240. Aparentemente levado pelo esplendor dela, lhe ofereceu termos de rendição, mas os emissários foram mortos.[8] Então os mongóis decidiram sitiá-la. Batu destruiu as forças dos vassalos russos, os caracalpaques, que estavam a caminho para socorrê-la, e todo o exército mongol se preparou fora dos portões, juntando-se às tropas de Mangu.[9] Em 28 de novembro, prepararam suas catapultas e começaram um bombardeio que durou vários dias. Em 6 de dezembro, as muralhas foram rompidas[10] e o combate corpo a corpo seguiu nas ruas. Os quievanos sofreram pesadas perdas e Demétrio foi ferido por uma flecha.[5]
Quando a noite caiu, os mongóis mantiveram suas posições enquanto os quievanos se retiraram para as partes centrais da cidade. Muitas pessoas lotaram a Igreja dos Dízimos. No dia seguinte, quando os mongóis começaram o ataque final, a sacada da igreja desabou sob o peso das pessoas que estavam sobre ela, esmagando muitos. Depois que os mongóis venceram a batalha, saquearam Kiev. A maior parte da população foi massacrada.[5] Dos 50 000 habitantes antes da invasão, cerca de 2 000 sobreviveram.[11] A maior parte da cidade foi queimada e apenas seis dos quarenta edifícios principais permaneceram de pé. Demétrio, no entanto, teve misericórdia por sua bravura.[5] Após sua vitória em Kiev, os mongóis estavam livres para avançar à Hungria e Polônia.[4]
Referências
- ↑ «Quieve». Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa
- ↑ Martin 2007, p. 139.
- ↑ Dowling 2015, p. 537.
- ↑ a b Turnbull 2003, p. 45–49.
- ↑ a b c d Perfecky 1973, p. 43–49.
- ↑ Turnbull 2003, p. 81.
- ↑ Roux 2003, p. 131.
- ↑ Halperin 2008, p. 43.
- ↑ Minorksy 1952, p. 227.
- ↑ Maiorov 2016, p. 713-714.
- ↑ Martin 2017, p. 308.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Dowling, Timothy (2015). Russia at War: from the Mongol Conquest to Afghanistan, Chechnya, and Beyond. Santa Bárbara: ABC-CLIO
- Halperin, Charles J. (2008). The Tatar Yoke: The Image of the Mongols in Medieval Russia. Bloominton: Slavica Pub
- Maiorov, Alexander V. (2016). «The Mongolian Capture of Kiev: The Two Dates». The Slavonic and East European Review. 94 (4). ISSN 0037-6795. doi:10.5699/slaveasteurorev2.94.4.0702
- Martin, Janet (2007). Medieval Russia, 980-1584. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia
- Martin, Michael (2017). City of the Sun: Development and Popular Resistance in the Pre-Modern West. Nova Iorque: Algora Publishing
- Minorksy, V. (1952). «The Alān Capital *Magas and the Mongol Campaigns». Universidade de Londres. Boletim da Escola de Estudos Orientais e Africanos. 14 (2)
- Perfecky, George (1973). The Hypatian Codex. Munique: Wilhelm Fink Publishing House
- Roux, Jean-Paul (2003). Genghis Khan and the Mongol Empire. Nova Iorque: Harry N. Abrams
- Turnbull, Stephen (2003). Genghis Khan and the Mongol Conquests 1190-1400. Oxônia: Osprey Publishing