Cergio Prudencio – Wikipédia, a enciclopédia livre

Cergio Prudencio
Informação geral
Nascimento 03 de novembro de 1955 (69 anos)
Local de nascimento La Paz
 Bolívia
Gênero(s) Música andina; Música Clássica
Ocupação(ões) maestro, compositor
Instrumento(s) piano, flauta, violão

Cergio Prudencio (La Paz, 3 de novembro de 1955) é um músico e compositor boliviano. É conhecido por seu trabalho com instrumentos nativos, tendo fundado uma orquestra experimental em que os utiliza, e também por suas composições para trilhas de diversos filmes.

Se formou em regência e composição pela Universidade Católica Boliviana. Tomou parte de uma das edições dos Cursos Latinoamericanos de Música Contemporânea. Completou sua formação na Orquestra Nacional Juvenil da Venezuela. Se dedicou em especial a estudar violão clássico, flauta transversal, piano e percussão. Foi influenciado por, entre outros, o uruguaio Coriún Aharonian, o venezuelano José Antonio Abreu e o boliviano Alberto Villalpando. Segundo o próprio músico, as suas influências poderiam ser resumidas às da vertente européia, clássica, e a da musicalidade do povo aimará que habita a região de La Paz.[1]

Fundou em 1980 a Orquestra Experimental de Instrumentos Nativos (OEIN), a qual dirige ainda hoje, dedicada à composição, exibição e difusão da música andina e de outros gêneros, utilizando os instrumentos típicos da região, aerófonos e de percussão. A OEIN percorreu palcos de vários países latinoamericanos e europeus. Também atua como compositor, diretor de orquestra, investigador e professor.[2] Em 2008 recebeu uma Bolsa Guggenheim.[3] Entre novembro de 2020 e março de 2021 desempenhou o cargo de vice-ministro de interculturalidade, durante a gestão de Luís Arce.

Entre suas obras se destacam La Ciudad (1980) Cantos de Tierra (1990), Cantos Meridianos (1996), Uyariwaycheq (1998), Cantos crepusculares (1999), entre outros.[3]

Trilhas para filmes

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Também compôs músicas para várias produções em vídeo (assim como para o teatro e espetáculos de dança), entre obras de ficção e documentários, curtas e longa-metragens. A destacar as trilhas que compôs para filmes de cineastas bolivianos renomados, como Paolo Agazzi, Jorge Sanjinés e Juan Carlos Valdivia. Em 2023 recebeu o prêmio de Melhor Música Original nos Prêmios Platino, pela trilha que fez para o filme Utama, estréia na direção de seu compatriota Alejandro Loayza.[4] A sua obra também foi premiada no Festival de Cinema de Málaga, na mesma categoria.

  1. «Cergio Prudencio». El Diario (em espanhol). 19 de outubro de 2022. Consultado em 26 de abril de 2023 
  2. «Cergio Prudencio, el músico». Hemeroteca Correo del Sur. 29 de janeiro de 2013. Consultado em 26 de abril de 2023 
  3. a b «Cergio Prudencio». John Simon Guggenheim Memorial Foundation... (em inglês). Consultado em 26 de abril de 2023 
  4. Machicado, Giannina (22 de abril de 2023). «Cergio Prudencio gana el premio Platino a la Mejor Música, con 'Utama'». La Razón (em espanhol). Consultado em 26 de abril de 2023 

Ligações Externas

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Registro de uma apresentação da OEIN para o o Festival Internacional de Música Contemporânea "Outono de Varsóvia", realizado na Polônia em setembro de 2014:

https://www.youtube.com/watch?v=OxqYdDgfvBA

Entrevista com o músico, para a Revista Ciencia y Cultura:

http://www.scielo.org.bo/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2077-33232002000200014

Trechos de algumas das músicas que compôs para o cinema

https://www.epdlp.com/compbso.php?id=5672