Charles Henry Bennett – Wikipédia, a enciclopédia livre

Charles Henry Bennett
Charles Henry Bennett
Nascimento 1943 (81 anos)
Nova Iorque
Nacionalidade estadunidense
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
Ocupação físico, cientista de computação, físico teórico, criptógrafo
Distinções Prêmio Wolf de Física (2018), Prêmios Fundação BBVA Fronteiras do Conhecimento (2019), Prêmio Claude E. Shannon (2020)
Empregador(a) IBM, IBM Thomas J. Watson Research Center
Orientador(a)(es/s) David Turnbull e Berni Alder
Campo(s) física, criptografia
Religião ateísmo

Charles Henry Bennett (Nova Iorque, 1943) é um físico, criptógrafo e cientista da computação estadunidense. É um dos descobridores do teletransporte quântico.[1]

Nascido em 1943 em Nova Iorque, ele obteve o Bacharelado em química pela Brandeis University em 1964, e o Doutorado em Harvard em 1970 por estudos de dinâmica molecular (simulação computacional do movimento molecular) com David Turnbull e Berni Alder. Nos dois anos seguintes, ele continuou esta pesquisa com o físico indiano Aneesur Rahman (1927-1987) no Argonne National Laboratory.

Desempenhou um papel importante na elucidação das interconexões entre a física e a informação, em particular no campo da computação quântica, mas também em autômatos celulares e computação reversível. Ele descobriu, com Gilles Brassard, o conceito de criptografia quântica e é um dos fundadores da moderna teoria quântica da informação.[1]

Em 1972 ingressou na IBM Research, e em 1982, propôs uma re-interpretação do Demônio de Maxwell, atribuindo a sua incapacidade de quebrar a segunda lei da termodinâmica.[2]

Em colaboração com Gilles Brassard da Universidade de Montreal, ele desenvolveu um sistema prático de criptografia quântica, conhecido como BB84, que permite a comunicação segura entre as partes que, inicialmente, não compartilham nenhuma informação secreta, baseado no princípio da incerteza. Em 1989, com a ajuda de John A. Smolin, ele fez a primeira demonstração mundial do trabalho da criptografia quântica.[1]

Seus interesses de pesquisa incluem a teoria algorítmica da informação, na qual os conceitos de informação e aleatoriedade são desenvolvidos nos termos da relação input/output (entrada / saída) dos computadores universais (Máquina de Turing), e à utilização destes para definir a complexidade intrínseca ou "profundidade lógica" de um estado físico, como o tempo exigido por um computador universal para simular a evolução de um estado a partir de um estado aleatório inicial.[2]

Em 1993, Bennett e Brassard, em colaboração com outros pesquisadores, descobriram o "teletransporte quântico", no qual a informação completa em um estado quântico desconhecido é decomposta em informações puramente clássicas e puramente não-clássicas tendo em base as correlações do Paradoxo EPR, enviada por meio de dois canais separados, e mais tarde reunida em um novo local para produzir uma réplica exata do estado quântico original que foi destruído no processo de envio.

De 1995 a 1997, trabalhando com Smolin, William Wootters e David P. DiVincenzo da IBM, e outros colaboradores, ele apresentou várias técnicas para a transmissão fiel da informação clássica e quântica através de canais ruidosos.

Trabalhos recentes realizados por Bennett na IBM constituem uma revisão da base física da informação e a aplicação da física quântica para problemas de fluxo de informações. Sua obra teve um papel importante no desenvolvimento de uma interligação entre a física e a informação.

Referências

  1. a b c Simon Singh (2000). "O Livro dos Códigos". [S.l.]: Record. pp. 367–68. ISBN 8501055980 
  2. a b «IST - Information Science and Technology - Charles Bennett». www.ist.caltech.edu. Consultado em 10 de agosto de 2010 

Ligações externas

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